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Série da Netflix retoma trajetória de Hitler e mostra pesadelo que ele causou

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"Vamos ser muito compreensivos em termos de talvez deixar esse fazendeiro, você sabe, ele é meio que responsável, e nós vamos fazer com que esse fazendeiro assuma a responsabilidade", prosseguiu, em uma fala confusa.
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Adolf Hitler e os crimes do nazismo são temas infindáveis. Funcionam para lembrar os horrores de 60 milhões de mortos na Segunda Guerra Mundial e o genocídio programado contra 6 milhões de judeus.

A Netflix volta ao assunto com “Hitler e o Nazismo: Começo, Meio e Fim”. O documentário em seis episódios é uma produção americana dirigida por Joe Berlinger e traz como autor paralelo o jornalista William Shirer, que cobriu na Alemanha os primeiros anos do nazismo para a mídia dos Estados Unidos.

Morto em 1992, Shirer publicou em 1960 “Ascensão e Queda do Terceiro Reich” -traduzido no Brasil em 1964-, que não foi um trabalho exemplar e exaustivo de historiografia. Dava pouco peso à economia, trabalhada pelos acadêmicos marxistas, ou desconhecia as fontes que se abriram ao Ocidente após o fim da União Soviética. Mas Shirer compensa tais lacunas com uma profunda indignação de quem presenciava um dos maiores crimes perpetrados pela extrema direita alemã contra a humanidade.

O documentário não é original ao intercalar longas cenas de arquivo com entrevistas, que podem ser de historiadores pouco conhecidos de pequenas universidades americanas, ou personagens que se tornaram anódinos. Como a alemã Traudl Junge, uma das secretárias de Hitler, ao lembrar o 56º e último bolo de aniversário que ele recebeu, em 20 de abril de 1945, em clima patético e dias antes de ele se suicidar.

A série acerta ao colocar em primeiro plano um Führer ensandecido por seus planos de grandeza, misturando um antissemitismo simplista com a ideia de que só as chamadas raças superiores teriam lugar no comando futuro da Europa.

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As convicções de Hitler são de um primarismo tosco, como ao atribuir ao “judaísmo bolchevista” as manobras que levaram o Reich a perder um terço de seus 3 milhões de soldados na frente oeste, ao não chegar a Moscou e não manter a posse de Leningrado. O que seriam sintomas de que a guerra caminhava para a derrota para Hitler se traduzia pela crença de que os EUA, um país “de raças misturadas”, pouco teria a se opor, com os aliados, contra o Reich.

Bem antes disso, Hitler não devia a um empenho pessoal todas as circunstâncias que o levaram à ascensão. A Primeira Guerra acabou em derrota para o Império alemão e no Tratado de Versalhes, que bloqueou a reconstrução do país. A República de Weimar assustava a classe média urbana, e o antissemitismo confuso embaralhava a procura pelos verdadeiros culpados por tantos desencontros sociais e políticos. Hitler é o produto dessa confusão, acelerada no início de 1933, quando a ideia de grandeza e reconstrução deixou de passar pela ideia de democracia.

Berlim se rearma, contrariando Versalhes, e elabora de forma marota a ideia de que precisaria de mais espaço dentro da Europa para exercer seu destino. A Polônia e a Tchecoslováquia entram na linha de mira. A covardia russa e o neutralismo americano ajeitam as peças que estavam faltando.

Hitler via na guerra um instrumento épico de conquista, um molde a partir do qual emergiria o “novo homem” calcado nos valores altamente conservadores e racistas do nacional-socialismo.

Vieram a reação soviética na frente oriental, a entrada dos EUA na Guerra, o desembarque na Normandia em junho de 1944 e um conjunto de fatores que encolhia geograficamente o Terceiro Reich e desenhava o caminho para a entrada dos russos em Berlim.

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Hitler em nenhum momento acreditava ter cometido erros estratégicos e estar pagando por eles. Sua crença era a de estar rodeado por oficiais nos quais não poderia confiar -dos 17 generais estrategistas, um único permaneceu ao seu lado até o fim–, o que colocava em suas costas todas as decisões de comando.

E se ao fim as coisas não dessem certo o único fator carregado de suposta racionalidade estaria nos resultados de uma conspiração judaica que a psicose nazista enxergava como força motriz de destruição de uma Alemanha onírica e que jamais chegou a existir fora dos sonhos doentes de seus ideólogos.

O final desse pesadelo é trabalhado com extremo didatismo pelo documentário. A aviação aliada bombardeia de modo impiedoso as cidades alemãs -inclusive Dresden, que não traz unanimidade entre os aliados– que se tornam montanhas de entulho e cadáveres.

A última aparição pública de Hitler se dá numa Berlim já cercada e na qual adolescentes e soldados veteranos e já idosos formam milícias, as quais o Führer encontrou energia para decorar com a cruz de ferro. É um Hitler com as mãos trêmulas que se recolheria ao bunker do qual sairia para ter o cadáver, o dele e o da amante Eva Braun, queimado com gasolina. Os russos, e isso o documentário não conta, retiraram seu cérebro e o levaram para ser autopsiado em Moscou.

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