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Desafio na direita para 2026 é manter unidade sem Bolsonaro na urna, dizem líderes

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(FOLHARPESS) – Com a quase certa ausência do inelegível Jair Bolsonaro (PL) da disputa presidencial, evitar a fragmentação da direita em várias candidaturas é o maior desafio para 2026, avaliam representantes desse campo ideológico.

O caminho que partidos do grupo devem tomar segue indefinido com a insistência do ex-presidente na candidatura.

Aliados dizem que ele está determinado a defender o próprio nome até o momento do registro da chapa eleitoral, poucos meses antes do pleito, apostando na pressão de movimentos de rua e de aliados internacionais, como o presidente dos EUA, Donald Trump.

Dirigentes partidários e parlamentares da direita e do centrão, porém, como mostrou a Folha, estão insatisfeitos com o cenário. Eles temem que a demora em admitir outra candidatura possa custar a eleição.

Para essas lideranças, o ideal seria aglutinar a direita em torno de um único candidato até o fim deste ano, a tempo de construir uma candidatura nacional.

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O preferido para a missão é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Um dos argumentos para convencer Bolsonaro a apoiar o afilhado político é o de que, caso eleito, Tarcísio poderia conceder a ele o perdão presidencial, livrando-o de uma prisão hoje tida como provável.

A direita considera o governador um candidato forte por manter uma gestão bem avaliada à frente do maior colégio eleitoral do país e por ser visto como uma alternativa aglutinadora.

Em 2026, Tarcísio poderia contar com os votos dos bolsonaristas e de setores de centro, que o enxergam como representante de uma direita moderada, apesar da linha dura adotada na segurança pública e de falas por vezes alinhadas à radicalidade do bolsonarismo.

Por outro lado, há obstáculos à sua candidatura. Concorrer à Presidência seria abrir mão de uma reeleição praticamente certa em São Paulo. Tarcísio correria o risco de perder contra o presidente Lula (PT) ou seu sucessor e acabar sem cargo.

Além disso, segundo a lei eleitoral, para disputar o Planalto, ele teria que se afastar do governo em abril de 2026.

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“Sem Bolsonaro, Tarcísio tenderia a unificar todo mundo do nosso campo. Mas, se ele não quiser, aí [Ronaldo] Caiado, Ratinho Jr., [Romeu] Zema e outros têm de sentar para decidir quem será. A única coisa que eu sei é que a direita não deveria lançar mais de um nome”, diz o deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da bancada ruralista no Congresso.

Como revelou a Folha, Tarcísio admitiu recentemente a aliados que poderá concorrer à Presidência se Bolsonaro pedir, ainda que prefira disputar a reeleição em São Paulo. Oficialmente, porém, o governador nega a possibilidade.

Enquanto qualquer movimento de Tarcísio depende da decisão do padrinho político, outras opções não diretamente ligadas ao ex-presidente se apresentam.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), anunciou que lançará sua pré-candidatura no dia 4 de abril. Políticos da direita afirmam que, aos 75 anos e finalizando a segunda gestão à frente do estado, está determinado a seguir na disputa.

Para isso, porém, ele precisará recorrer à Justiça Eleitoral, já que está inelegível em razão de condenação por abuso de poder político nas eleições municipais do ano passado.

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Sua relação com Bolsonaro, marcada por rusgas, também pode ser um impedimento para que a direita se una em torno de sua candidatura. O ex-presidente considera que Caiado o traiu na pandemia da Covid, quando criticou a gestão federal, e no pleito de 2024, quando ficaram em lados opostos na disputa na capital goiana.

Além disso, não é certo que o União Brasil levará até o fim a candidatura do governador. O partido conta com três ministérios no governo Lula e ainda é possível que decida apoiar a continuidade da gestão.

Também devem se filiar em breve à legenda o influenciador Pablo Marçal (PRTB), este inelegível, e o cantor Gusttavo Lima (sem partido) —ambos já anunciaram suas aspirações presidenciais.

Outros dois governadores frequentemente citados como opções para uma candidatura de direita são Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais. Já Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, teria perfil mais de centro-direita.

Ratinho poderia acenar a setores mais moderados, ao mesmo tempo que já foi elogiado por Bolsonaro. Porém, seu partido, o PSD, compõe o governo Lula e ainda não há decisão sobre o posicionamento para 2026.

Zema, por sua vez, apesar de bem avaliado em sua gestão, é considerado um candidato mais fraco por ainda ser desconhecido pela maioria dos brasileiros e integrar um partido pequeno.

“A direita tem vários bons nomes, posso citar uns dez. Bem diferente da esquerda. Quem seria o nome lá?Fernando Haddad, que não conseguiu conduzir a economia do país?”, diz a senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

Segundo ela, a direita precisa primeiro se unificar e depois juntar setores mais ao centro. “A gente se dá muito bem com o centro, o próprio presidente Bolsonaro acenou muito para o centro em seu governo, chamando pessoas como [o senador] Ciro Nogueira, por exemplo.”

Há também a chance de que um membro da família Bolsonaro, provavelmente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que tem ganhado projeção com suas ligações com o trumpismo, possa capitanear uma candidatura de direita na ausência do pai, mantendo a liderança no clã.

Para isso, entretanto, ele precisaria abrir mão de uma eleição bem encaminhada para o Senado em São Paulo. E não seria fácil convencer o centrão de que ele seria o melhor nome para a direita: Eduardo é visto como inexperiente e desperta a mesma rejeição do pai.

Correndo por fora, há ainda a possibilidade de que o Missão, partido que o MBL tenta criar, também tenha um candidato em 2026. O nome do apresentador Danilo Gentili (sem partido) já foi ventilado, mas há dúvidas sobre como seria seu engajamento com a legenda. Outra opção seria uma candidatura liderada por um membro orgânico do grupo.

POSSÍVEIS CANDIDATOS DA DIREITA PARA 2026

1) Tarcísio de Freitas (Republicanos)

Governador de São Paulo

A favor: Bem avaliado, governa o maior colégio eleitoral do país. Teria votos dos bolsonaristas e setores de centro, que o veem como representante de uma direita moderada

Contra: Abriria mão de uma reeleição considerada tranquila em SP em nome de uma disputa incerta contra Lula ou seu candidato

2) Romeu Zema (Novo)

Governador de Minas Gerais

A favor: Está à frente do segundo maior colégio eleitoral do país e tem a melhora nas contas públicas do estado como seu cartão de visitas

Contra: Ainda desconhecido pela maioria dos brasileiros; pertence a um partido pequeno

3) Ronaldo Caiado (União Brasil)

Governador de Goiás

A favor: Está em seu segundo mandato no Executivo e tem três décadas de experiência na política; fez da segurança pública uma marca

Contra: Tem rusgas com Bolsonaro, o que pode atrapalhar seus planos. Foi decretado inelegível pela Justiça Eleitoral e precisará recorrer

4) Ratinho Jr. (PSD)

Governador do Paraná

A favor: Está no segundo mandato e é bem avaliado. Pertence a um partido de centro e poderia acenar a setores mais moderados, além da direita. Já foi elogiado por Bolsonaro

Contra: O PSD compõe o governo Lula e ainda não há decisão sobre com quem caminhará em 2026, ou se haverá candidatura própria

5) Eduardo Leite (PSDB)

Governador do Rio Grande do Sul

A favor: Poderia ser um nome de centro-direita, da “terceira via”; saneou as contas do estado

Contra: Pertence a um partido que está se esfacelando e pode até ser extinto em breve

6) Eduardo Bolsonaro (PL)

Deputado federal por São Paulo

A favor: Tem ganhado projeção no clã como representante junto ao trumpismo e à direita internacional em geral

Contra: Desperta a mesma rejeição do pai, e é visto como inexperiente; teria de abrir mão de uma eleição bem encaminhada para o Senado

7) Flávio Bolsonaro (PL)

Senador pelo Rio de Janeiro

A favor: Considerado o filho mais habilidoso politicamente de Jair Bolsonaro

Contra: Envolvido em escândalos de corrupção, como o caso da “rachadinha”; abriria mão de reeleição bem encaminhada ao Senado

8) Michelle Bolsonaro (PL)

Ex-primeira-dama

A favor: Vai bem nas pesquisas, é evangélica e vista pelo PL como um ativo para conquistar o eleitorado feminino

Contra: O próprio Bolsonaro é resistente à candidatura e já disse que ela deve concorrer ao Senado pelo Distrito Federal

9) Pablo Marçal (PRTB)

Influenciador

A favor: Conta com ampla presença digital e teve atuação marcante nas eleições municipais de 2024, o que o ajudou a se tornar ainda mais conhecido

Contra: Está inelegível e responde a ações na Justiça Eleitoral. Deve se filiar ao União Brasil, partido pelo qual Caiado lançará candidatura. Mantém relação tensa com bolsonaristas

10) Gusttavo Lima (sem partido)

Cantor

A favor: Muito conhecido em todo o Brasil pela carreira artística

Contra: Não tem experiência em cargo público; foi envolvido em escândalo sobre bets

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