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O Mundo e a Páscoa, por Luiz Carlos Amorim 

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 A Páscoa está chegando e chega bem a propósito, pois o mundo está precisando de renovação, de renascimento, de libertação, tudo o que ela significa. 

O mundo está por demais conturbado, está doente, está em quarentena. O mundo está parando. Muitas guerras, doenças, conflitos, tragédias climáticas. 

Chance para nós, seres humanos, nos revisitarmos e nos reconstruirmos, pensarmos em nós e no que estamos fazendo.

O ser humano está perdendo a sua essência, o seu rumo, a sua humanidade, e a violência e o ódio estão tentando calar a voz da paz, da harmonia, da tolerância. 

Então precisamos, todos, refletir sobre o sentido da Páscoa e procurar o caminho do renascimento deste nosso mundo, o caminho da união e do perdão, da capacidade que ainda temos de sermos generosos, da conscientização de que precisamos mudar. 

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Precisamos mudar, porque até na desgraça maior, uma pandemia que assola os quatro cantos do mundo, as pessoas estão brigando por diferenças políticas. 

Apesar de tudo isso, Páscoa me traz a lembrança boa, mais uma vez do meu avô Lúcio. 

Digo que a Páscoa faz com que ele se faça mais presente na lembrança, porque ele morava em Corupá, quando eu era criança, mas quando eu tinha uns 6 ou 7 anos ele mudou-se para Joinville. Ele era ferroviário, assim como quase todos na família, e a imagem dele chegando a nossa casa com uma cesta de vime pendurada no braço direito não me sai da memoria. 

Nossa casa ficava distante da estação ferroviária, em Corupá, mais ou menos uns dois quilômetros. Mas lá vinha ele, a pé, com a cesta cheia de guloseimas para nós, os netos. 

Ele trazia aquelas balas grandes e coloridas, do tamanho de um ovo de galinha, que hoje já não existem mais, trazia babaçu maduro, um coco amarelo do tamanho de um ovo de galinha, também, com uma ou duas amêndoas dentro, do tamanho de uma castanha do Pará, talvez, coisa que já não vejo há décadas por aqui, infelizmente. Trazia tucum maduro – uma fruta parecida com butiá, mas preta – a gente come a casca e o coquinho que tem dentro da semente. Trazia goiabas, trazia maria-mole, trazia aquelas balas coloridas que eram cortadas em fatias grossas, que tinham um desenho no interior, nem sei se elas ainda existem.Era uma festa a chegada do meu avô a nossa casa em Corupá. 

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Acho que ele ficava colecionando todas essas frutas e doces para encher a cesta e, no seu dia de folga, tocar para Corupá para entregar tudo aquilo pra gente. Coisas simples, mas que eram oferecidas com carinho e tinham um valor incomensurável. 

Tinham um gosto de Páscoa, pois ele provava e renovava o seu carinho pelos netos.

Hoje os avôs não dão, absolutamente, esse tipo de presente. Hoje os avôs dão brinquedos eletrônicos, como jogos, smartfones, tablets, consoles, etc. Mas aqueles tempos do meu avô eram felizes e dá uma saudade muito grande. Não lembro mais do rosto do meu avô, só lembro que ele era careca, tinha apenas uma coroa ao redor da cabeça. Acho que lembro disso porque também estou ficando careca e talvez fique igual a ele. E, engraçado, apesar de não lembrar do rosto dele, eu ainda o vejo chegando com a cesta no braço, cheia de oferendas. Como se fosse a Páscoa chegando. Saudade. 

Luiz Carlos Amorim é escritor, editor e revisor – Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, completando 45 anos de trajetória em 2025, Cadeira 19 na Academia Sulbrasileira de Letras e cadeira 19 da Academia Desterrense de Letras.

http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br – http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

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