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Balneário Camboriú

Programa de Educação Fiscal para formar cidadãos mais conscientes e críticos desde a infância escolar

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O Programa Municipal de Educação Fiscal e Financeira, lançado esta semana (26), no Teatro Municipal Bruno Nitz, entra em funcionamento a partir de agosto, em duas escolas municipais.

O destaque do programa está em sua proposta pedagógica.

Não é uma disciplina específica nem faz parte da grade curricular, mas faz parte do currículo escolar da Educação Infantil e do Ensino Fundamental.

Lançamento do programa no Municipal esta semana (Divulgação/PMBC)

Na presença de autoridades, representantes da Receita Federal, da Câmara de Vereadores, das Secretarias de Educação e Fazenda do Estado e do Observatório Social de Balneário Camboriú, a prefeita Juliana Pavan disse no lançamento do programa que ele representa um passo à frente e será lembrado como um ‘marco de responsabilidade e transparência’.

“O cidadão que paga seus impostos tem o direito de saber para onde seu dinheiro está indo e de que maneira ele está sendo usado. Esse trabalho é fundamental para formar uma nova geração de cidadãos conscientes e plenamente inseridos na sociedade”, discursou.

A diretora do programa, Angela Maria Simão Hoemke, concedeu entrevista ao Página 3 explicando os pilares, objetivos e metodologia do projeto, que nasce com forte caráter educativo, cidadão e multidisciplinar.

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Acompanhe:

Educação cidadã desde os primeiros anos

(Arquivo Pessoal)

Segundo Ângela, o programa de Educação Fiscal já existe no Brasil desde 2002, com a proposta de ser incorporado ao currículo escolar, ainda que não esteja na grade como disciplina fixa. 

“Ele pode ser trabalhado como tema transversal na educação infantil, no ensino fundamental e médio. Isso significa que vai perpassar por todas as áreas do conhecimento — como, por exemplo, matemática, língua portuguesa e biologia — por ser um tema pertinente”, afirmou.

O objetivo principal é formar cidadãos críticos, éticos, participativos e conscientes do seu papel social. 

“Se queremos esse tipo de sujeito, precisamos tocar em certos temas. Essa é uma cultura a ser trabalhada a longo prazo, e não algo que terá efeitos imediatos”, acrescentou.


Projeto piloto será iniciado no próximo semestre

Projeto piloto será no NEI Dona Maria Francisca…
CEM Prof. Armando César Ghislandi

Duas escolas foram convidadas para iniciar o projeto-piloto no segundo semestre, em agosto: o NEI Dona Maria Francisca Siqueira, no Bairro Nova Esperança, e o CEM Professor Armando César Ghislandi, na Vila Real. 

Ambas aceitaram participar voluntariamente, sendo que as direções estão organizando as turmas que iniciarão a proposta. 

“No Ghislandi, a ideia é começar com as turmas do 5º ano e no NEI, provavelmente começaremos com as turmas de 5 anos, ainda estamos alinhando. As escolas têm autonomia para decidir se vão aplicar o projeto com todos os alunos ou com algumas turmas, gradualmente”, explicou Ângela.

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Metodologia construída em conjunto com a comunidade escolar

A diretora destaca que a construção do projeto será feita com calma e com a participação ativa de professores, diretores, supervisores e representantes das Secretarias da Educação e da Fazenda. 

“Estamos construindo uma instrução normativa que vai orientar a aplicação. A proposta é envolver toda a comunidade escolar, para que o material tenha sentido e seja feito a partir das vivências dos estudantes e dos professores”, disse.

A metodologia prevê a realização de seminários, oficinas, atividades de campo e produção de materiais. Na educação infantil, a abordagem poderá ser feita por meio de brincadeiras, interações e experiências práticas. 

“Não adianta entregar um material pronto. O que realmente funciona é aquilo que é construído coletivamente e faz sentido para a realidade da escola”, pontuou.


Uma abordagem transversal

Angela reforça que o programa não se limita ao ensino sobre impostos. A proposta é muito mais ampla e envolve temas como cidadania, ética, direitos humanos e desenvolvimento sustentável. 

“Vamos trabalhar todas as ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) também — como educação de qualidade, consumo e produção responsável, combate à sonegação e à pirataria”, explicou.

Um dos principais focos é a formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. 

“Queremos que as pessoas entendam o funcionamento da cidade. Eu comparo com um condomínio – no prédio onde você mora, há um síndico, regras, e é preciso pagar condomínio para garantir limpeza, segurança, manutenção. Com a cidade é igual. A prefeita é como a síndica, e os impostos são o ‘condomínio’ que garante os serviços públicos”, exemplificou.


Educação fiscal aliada à educação financeira

O diferencial do programa em Balneário Camboriú é que ele integra também a educação financeira. 

“Não basta apenas ensinar sobre impostos. É preciso ensinar a entender o valor do dinheiro, para que as crianças e adolescentes aprendam a consumir com critério e responsabilidade”, explicou Angela.

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Além disso, os estudantes irão também até o Paço Municipal.

“Eles vão conhecer de perto a estrutura da prefeitura, saber o que faz a Secretaria da Fazenda, como ocorre a fiscalização, conversar com técnicos e até mesmo com a prefeita Juliana Pavan e o vice Nilson Probst. É uma aproximação prática com o funcionamento da gestão pública”, relatou.


Programa pode (e deve) envolver outras escolas

A diretora lembra que o programa já é consolidado em âmbito nacional, com apoio do Grupo de Trabalho 66 (GT66), ligado ao Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), e que reúne representantes das Secretarias da Fazenda e da Educação de todos os estados brasileiros. 

“Nós não criamos esse programa, nós o instituímos localmente. Ele já existe e tem uma estrutura muito bem organizada”, destacou.

Santa Catarina, inclusive, foi destaque no último prêmio nacional do Programa de Educação Fiscal, com mais de 90% dos trabalhos apresentados vindos do estado. 

“Isso mostra o engajamento das nossas escolas e o quanto esse tema é potente. Esperamos envolver também escolas estaduais e particulares de Balneário Camboriú, porque todas podem e devem participar”, completou Angela.


Potencial de mudança real na sociedade

Angela finaliza destacando que a educação fiscal e financeira é uma ferramenta concreta de transformação. 

“Um exemplo é uma escola de Blumenau, onde os estudantes perceberam desperdício na merenda escolar — fizeram mudanças e atingiram o desperdício zero”, contou.

Para ela, o programa tem potencial para impactar profundamente o futuro da cidade. 

“O que acontece na escola reverbera na sociedade. Educar é investir em mudança real e duradoura”, completou.

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