Apesar de todas as dificuldades impostas pela pandemia, a AMA Litoral de Balneário Camboriú está atendendo 94 crianças e adolescentes, em sua sede no Bairro dos Estados.
Cátia Franzoi, coordenadora administrativa da AMA Litoral disse que o momento é complicado, porque a instituição sempre conseguia reforçar o caixa com eventos sociais, pedágios, que não estão acontecendo há um ano. Além da ‘ginástica’ para manter o atendimento, há uma outra grande preocupação: a demanda, a crescente procura por vagas e a impossibilidade de oferecer esse atendimento no momento por falta de espaço físico.
Cátia expôs toda esta situação em reunião com o prefeito Fabrício Oliveira esta semana. No encontro fez um relato sobre o ano de 2020 e falou também sobre futuros projetos.
Cátia explicou que no início de 2020 a AMA estava atendendo 54 crianças e adolescentes. A partir de junho através de um Termo de Aditivo, conseguiu incluir mais 40. O atendimento inclui também às famílias destes 94, que precisam ser estimuladas e orientadas para a continuidade do tratamento em casa.
“A fila de espera é uma preocupação constante. Temos hoje 78 crianças aguardando vaga. A maioria, 85% são crianças até 6 anos, o que aumenta a preocupação, porque sabemos da importância da estimulação precoce, que faz toda diferença na vida destas crianças e por isso precisamos agir rápido”, destacou Cátia.
Atualmente a instituição está tentando junto ao governo do Estado, a liberação para ocupar o imóvel da antiga Exatoria Estadual, na Rua Alvim Bauer, abandonado há muitos anos e servindo de abrigo para andarilhos. O projeto encaminhado ao governo estadual sugere realizar naquele local um espaço para avaliar as crianças com suspeita mas ainda não diagnosticadas com autismo e também ali oferecer a estimulação precoce, até 5, 6 anos. Não há nada de concreto ainda, mas se o sinal verde chegar, será um grande avanço, comentou Cátia.
Itapema
A AMA Litoral de Balneário Camboriú é uma das únicas no Estado que tem uma filial. Ela fica em Itapema e agora está mudando de endereço, porque o imóvel foi vendido.
“Estamos buscando recursos para reformar, estruturar um novo espaço para dar continuidade aos atendimentos lá”, disse Cátia.