A Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú, através da Comissão Parlamentar Especial (CPE) da Micromobilidade Urbana do Legislativo, promoverá, no próximo dia 22, uma audiência pública para falar sobre micromobilidade no município.
O tema envolve o uso de veículos leves, como bicicletas, patinetes elétricos e ciclomotores, geralmente para percorrer distâncias curtas e vem gerando muitos debates na cidade por causa dos perigos e falta de regras, apesar da lei aprovada no início do ano.
A audiência acontecerá às 18h30, e é organizada pela CPE que tem como integrantes os vereadores Anderson Santos (PL), presidente; Aldemar Bola Pereira (PSD), relator, e Guilherme Cardoso (PL), membro.

Guilherme foi o proponente da CPE e destacou que a comissão tem feito um trabalho de escutar alguns representantes como Secretário de Segurança (Evaldo Hoffmann) e autoridades de trânsito, para compreender o que a legislação tem para amparar e o que está faltando na cidade para garantir uma segurança real e uma estruturação da micromobilidade.
“Porque o intuito da criação da comissão quando eu propus era que não acabasse com a micromobilidade urbana, que ela fosse realmente incentivada com segurança e melhor estrutura, porque hoje a extensão das ciclofaixas é horrível – não são conectadas e a cidade está mal nesse sentido e não é de hoje”, diz.
O vereador comenta que na audiência pública pretendem ter a presença dos empreendedores que alugam e comercializam esses equipamentos e também os usuários, já que é muito comum ver esses modais em cima das calçadas ou sendo estacionados em qualquer lugar, mesmo com as ações de fiscalização da BC Trânsito.
Também há a preocupação com os adolescentes que utilizam, e por isso a expectativa é de que os pais e/ou responsáveis e também representantes das escolas do município participem, para levar a informação para esse público.
“Temos preocupação porque, por exemplo, se tiver uma criança de 8 anos em cima de um autopropelido (patinete), que não esteja em cima da calçada ou quando ela não está em uma ciclofaixa ou esteja no bordo direito da rua, ela não está infringindo nenhuma regra, e nos preocupamos, porque acidentes podem acontecer. É para o uso individual, não dá para ter quatro pessoas da mesma família em cima de um patinete. Eu uso o patinete para trabalhar e sei que existe um limite de velocidade e que existe o local adequado para andar, mas sei que nem todo mundo sabe ou respeita”, acrescenta.
Guilherme também diz que já é notável que a lei aprovada pela Câmara precisará de ajustes e que o próprio governo municipal está ciente disso.
Eledisse que, apesar de o vereador não poder legislar sobre norma de trânsito, o código de postura e BC Trânsito, podem.
“Eu indiquei que colocassem placas sobre a velocidade dos patinetes, que é 20km, e isso pode ser feito. Tudo que a cidade puder fazer para deixar mais claro para as pessoas o que pode ou não pode, tanto para o pedestre, para o motorista, quanto para quem utiliza a micromobilidade, vai dar muito mais segurança para cobrar. As pessoas precisam ser educadas e saber o que pode ou não pode, temos que ser parceiros do cidadão”, completa.