A Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMASA) anunciou nesta quarta-feira (30) o término da primeira etapa da dragagem do Rio Marambaia, cumprindo o acordo previsto em contrato, para retirada de 6mil m3 de lodo.
No entanto, o diretor geral da Emasa, Douglas Costa Beber anunciou em seguida que é preciso continuar a obra, porque ainda tem muito sedimento para retirar.
O serviço foi contratado e autorizado pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA/SC) para ajudar a despoluir o canal, clarear suas águas e acabar com o mau cheiro. A empresa cumpriu o prazo previsto de três meses
“Informamos ao IMA sobre a necessidade de continuar a retirada, apesar dos estudos anteriores indicarem que havia 6mil m3 de lodo, na prática a empresa logo percebeu que tinha mais lodo do que o previsto. Por este motivo, precisamos fazer um aditivo para complementar e chegar até a foz do rio”, explicou Douglas.
Lixo que não é lodo



O chefe da Emasa disse que o lodo já era esperado, mas o que surpreendeu mesmo foi o lixo jogado por pessoas no rio, como colchões, pneus, até fogão.
“Esse material foi colocado lá por pessoas e demonstra que é muito fácil cobrar do poder público, apontar o dedo, mas quando é hora de fazer a sua parte, não fazem e isso não acontece em outros setores também, como por exemplo, a Declaração de Regularidade Sanitária, tivemos que prorrogar o prazo para entrega quatro vezes e ainda não está resolvida a situação. Que tipo de consciência tem uma pessoa que se desfaz de um fogão jogando-o dentro do canal”, desabafou.
Na realidade, segue Douglas, é uma tentativa de achar uma solução não correspondida.
“Fico triste porque fazemos um trabalho tentando achar uma solução, todo um processo, licença ambiental, gasto de dinheiro público, obra, dragagem e aí nos deparamos com uma coisa dessas, que não tem cabimento”, concluiu.
De acordo com os técnicos da EMASA, com esta etapa concluída já é possível observar uma melhora na cor da água e no cheiro, mas ainda não em sua totalidade.
Mesmo durante a dragagem, e depois, o Programa Se Liga na Rede, responsável por verificar a situação das ligações hidrossanitárias dos imóveis atendidos pela rede coletora de esgoto da Emasa, segue com as fiscalizações para coibir ligações clandestinas e garantir a qualidade do saneamento e das águas de rios e mares de Balneário Camboriú.