A nova avenida é discutida desde 2008, mas para sair do papel 53 imóveis precisam ser desapropriados
A Via Ecopark que ligará a Alameda Delfim de Pádua Peixoto Filho, onde fica o Parque Ecológico da cidade, e a Sexta Avenida, no Bairro dos Municípios, foi um dos principais assuntos da reunião do Conselho da Cidade, na segunda-feira (23).
O projeto é esperado desde 2008, mas continua no papel e os moradores estão cobrando.
Em 2019 a prefeitura assinou um decreto que permite a criação da nova avenida, que terá mais de 800 metros de extensão e pretende melhorar a fluidez do trânsito no bairro.
A vereadora Juliana Pavan divulgou em suas redes sociais que participou da reunião e disse que logo que assumiu a Câmara, em 2021, começou a cobrar a questão da Ecopark, porque moradores a questionavam.
“No ano passado, quando foi para votação as obras que aconteceriam na cidade, eu percebi que não estava destinado recurso para a Ecopark. Na época foi uma confusão e a prefeitura enviou uma emenda, que tratava do valor para a obra. E então foi tratado dela [da Ecopark] no Conselho da Cidade”, disse ao jornal.
Segundo Juliana, na reunião foi definida a criação da operação urbana para que a obra da Ecopark inicie.
“Não foi falado quando começará, mas detalharam como será, e que inclusive haverá uma praça na Rua Corupá (localizada no trecho da avenida entre as ruas Bom Retiro, Corupá, Campo Erê e Campos Novos, sendo circundada pelas pistas), que servirá como área de lazer para a comunidade, além de ciclofaixas e nova iluminação. É algo muito esperado, desde 2008”, apontou.
Prefeitura precisa de valor para desapropriações
O engenheiro e ex-prefeito de Balneário, Rubens Spernau, que atua na Secretaria de Planejamento Urbano, conta que na reunião discutiram como custear a obra, que possui, segundo ele, viés social e urbano.
“Não é apenas para melhoria da mobilidade, mas se criará uma área de convivência. Aos nossos olhos, deverá melhorar muito a condição social do Bairro dos Municípios”, explicou.
Rubens salientou também que o maior problema são as 53 desapropriações que precisarão ser feitas para que a Via Ecopark torne-se realidade.
“O maior custo que teremos são as desapropriações, em torno de R$ 28,9 milhões (a obra custará R$ 11 milhões, contrapartida social R$ 4,4 milhões, totalizando R$ 44,7 milhões). Mas o primeiro passo foi dado segunda-feira, com a reunião do Conselho da Cidade. Agora avançaremos para o Legislativo, enviando nos próximos dias o projeto, que deve ter tranquilidade, porque é uma obra de interesse geral da sociedade”, disse.
A partir da aprovação do projeto na Câmara, a prefeitura irá focar em arrecadar o valor para as desapropriações e para a obra.
“O ponto mais difícil são as indenizações, a obra vai ser bem rápida. Dependemos da concordância dos proprietários, a exemplo do que aconteceu no prolongamento da Quarta Avenida e na Avenida Martin Luther. O processo pode demorar um pouco, mas acreditamos que vamos ter apoio porque é uma obra importante sob o ponto de vista social e de mobilidade, dois componentes importantes em qualquer cidade”, completou.