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Univali apresentou programa para preservação do rio Camboriú a longo prazo

Diretor da Emasa diz que ações paliativas estão acontecendo e definitivas tem alto custo, na ordem de R$ 300 milhões

Um estudo sobre o Rio Camboriú e o projeto ‘Programa Estuário do Rio Camboriú 2030”, desenvolvido pela Univali, sob coordenação do professor Marcus Poletti, foram apresentados à direção da Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMASA). O professor e pesquisador da Univali, Paulo Schwingel, membro do Comitê do Rio Camboriú e o diretor da Escola do Mar, Ciência e Tecnologia da Univali, Luís Carlos Martins participaram da reunião na Emasa.

O diretor-geral da Emasa, Douglas Costa Beber disse que o projeto Rio Camboriú 2030 é muito amplo, contempla várias áreas e que parte das ações ali sugeridas, principalmente as que referem infra-estrutura, estão acontecendo na prática. Disse também que o programa prevê a limpeza do rio, a recuperação da água do rio, mas enfatizou que tudo isso passa muito pelas ações do município de Camboriú que hoje não conta com nenhum metro de rede coletora de esgoto.

Sobre a aplicação do programa Douglas destacou três pontos. Acompanhe:

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Primeiro ponto

“A Emasa já está trabalhando com esta questão na prática, que é a implementação de 100% da rede coletora na cidade. Quando fazemos infra-estrutura, por exemplo, a colocação do sistema de esgotamento sanitário na cidade inteira, principalmente nos bairros que acabam despejando esgoto no rio, já estamos implementando na prática boa parte das ações deste programa”.

Segundo ponto

“O que foi nos apresentado também demonstra uma preocupação futura com o rio Camboriú. Já fiz uma reunião  com os técnicos da Emasa e com os contadores para que fosse incluída uma rubrica, uma ação dentro do PPA e destinasse um valor que no começo não seria tão significativo, mas já teria uma ação específica que estabelecesse a  participação dentro deste projeto. Ou seja, a Emasa vai ter uma ação, uma rubrica dentro do orçamento para os próximos quatro anos que vai destinar recursos, podendo ser suplementada à medida da necessidade, mas já vai ter isso neste governo e para os próximos também. Ou seja, quem não quiser participar, vai ter que no próximo PPA, daqui a 4 anos, retirar. Mas acredito que não vai acontecer”.

Terceiro ponto 

“Foi uma cobrança do próprio Comitê do Rio Camboriú e da Univali com relação à crise hídrica. A Emasa hoje já toma algumas medidas: ampliamos nossa reservação, melhoramos o sistema de captação de água bruta com novas bombas, melhoramos o sistema de distribuição de água tratada, isso tudo são ações junto com a locação que fizemos das áreas dos rizicultores, especialmente no período do verão, ações que tratam da questão hídrica. Porém de forma muito paliativa. Não é definitiva. Além disso, temos um protocolo no Instituto do Meio Ambiente. Desde novembro de 2019, está lá  protocolado o projeto do programa do Parque Inundado, para avaliação ambiental”.

Ações definitivas: alto custo

“O que a Emasa vai fazer nesse sentido a partir da cobrança, desse estudo, efetivamente avaliar quais são os próximos passos para que tenhamos uma ação definitiva. A ação definitiva será a implementação do Parque Inundável, o reuso do efluente tratado na Estação de Tratamento  de Esgoto, são ações efetivas porém carecem de investimento de mais R$ 300 milhões e a Emasa hoje não tem condições de fazer com seus recursos, até porque oneraria muito o nosso cliente, a tarifa triplicaria, quadriplicaria de preço, então temos que achar alternativas e é isso que nós nos comprometemos com eles”.

O Programa

De acordo com o diagnóstico retratando a real situação que se encontra o rio, o programa visa a Recuperação; Revitalização; Restauração; e Proteção do Rio Camboriú. 

O professor Marcus Poletti disse que é o maior diagnóstico socioambiental já feito até o momento e que pretende ser um modelo inédito de monitoramento nos estuários brasileiros. 

“Contempla os 14 hectares de manguezais; a avifauna com 93 espécies de aves; os costões da Barra e algo muito importante, a qualidade do rio, bem prejudicada atualmente”, acrescentou. Ele explicou que o programa será baseado nos objetivos de desenvolvimento sustentável, com a oportunidade de integrá-lo a proposta do Masterplan, tornando-se um marco para o município. 

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Poletti destacou os passos planejados para o desenvolvimento do programa: monitoramento constante do estuário e enseada; desenvolvimento de sistema de indicadores para acompanhamento e tomada de decisão; e um programa de comunicação e educação ambiental. 

“Teremos um programa integrado de monitoramento, para entendermos quais são os desafios do poder público municipal das duas cidades, com possíveis soluções e medidas que precisam ser tomadas pelos próximos 10 anos, para garantia dos recursos hídricos”, destacou o responsável.

O professor e pesquisador da Univali, Paulo Schwingel, membro do Comitê do Rio Camboriú, participou da reunião e lembrou que há duas décadas são feitas pesquisas sobre o rio, que abastece mais de 200 mil pessoas nos dois municípios e destacou a importância de ações definitivas para preservar a bacia.

“Temos a previsão de que a partir de 2025 teremos maior demanda, do que a disponibilidade hídrica, por isso, a importância urgente do monitoramento, para que os dados nos tragam embasamentos de como fazer a gestão adequada desse ecossistema”, menciona.

Envolvidos no estudo

O Programa Estuário do Rio Camboriú 2030 foi desenvolvido em 10 meses, com a participação de três escolas de conhecimento da Univali; seis áreas de conhecimento; composto por 19 projetos; 41 pesquisadores técnicos e bolsistas. Com apoio do Comitê do Rio Camboriú e técnicos da Epagri. O estudo também será apresentado as entidades que compõem o Comitê do Rio Camboriú e ao Governo Municipal de Camboriú. A ideia é que todos os entes envolvidos nesse processo, assinem um termo de “Compromisso com a sustentabilidade do Rio Camboriú”, sendo também responsável por sua conservação e cuidado.

Douglas com os pesquisadores da Univali (Foto Renata Furlanetto)
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