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Cineclube Filosofia apresenta ‘Como era gostoso o meu francês’ nesta quarta em Balneário Camboriú

Emblemático filme de Nelson Pereira dos Santos será projetado a partir das 19h30, na Arthousebc, de graça

O Cineclube Filosofia realiza sua primeira exibição nesta quarta-feira (25), a partir das 19h30, na tela grande de cinema da ArthouseBC. O projeto foi selecionado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Balneário Camboriú (LIC 2022), da Fundação Cultural de Balneário Camboriú.

O filme “Como Era Gostoso o Meu Francês” de Nelson Pereira dos Santos, propõe uma reflexão ao confronto de crônicas do século XVI acerca da colonização huguenote liderada por Durand de Villegaignon em uma ilha da baía da Guanabara. 

Nelson Pereira dos Santos reinventa o sentido da antropofagia enquanto destino histórico do Brasil moderno. 

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O texto narrado, baseado em uma carta de Villegaignon a João Calvino, é frequentemente contradito pelas imagens do filme que representam a versão conflitante de Jean de Léry contra a versão idílica da empreitada de Villegaignon no Brasil. 

Em vez da barbárie indígena, a barbárie européia; em vez de governo justo, regime autoritário. Sobre esse fundo histórico, irrompe a figura do protagonista Jean, sob influência de outra crônica, agora a de Hans Staden, que descreveu sua experiência no cativeiro dos tupinambás. Mas, mais uma vez, a imagem é a contrafação da narrativa de Staden que se torna pouco convincente.

Através desse perspectivismo histórico, o cineasta ataca frontalmente os planos de expansão do Brasil para o interior, iniciado por JK e tornado uma obsessão da Ditadura militar, que avançava perpetuando a devastação das florestas e dos povos originários remanescentes que terminam como uma incógnita. 

Vale ressaltar que o filme foi primeiramente censurado, não por sua carga política, mas pela nudez de Jean, ostensivamente mostrada junto com a nudez dos indígenas, à qual os militares ficaram indiferentes: corpos, sem identidade, cujo valor reside em serem explorados e nada mais.

O filme

“Como Era Gostoso o Meu Francês”, de Nelson Pereira dos Santos (Aventura, Drama- 84 min – 16 anos – Brasil – 1971 – Condor filmes)**

Sinopse: No Brasil de 1594, um aventureiro francês fica prisioneiro dos Tupinambás. Enquanto aguarda para ser executado, o estrangeiro aprende os hábitos dos índios e se une a uma selvagem, que tenta ajudá-lo a fugir. No Brasil de 1594, um aventureiro francês fica prisioneiro dos Tupinambás. Enquanto aguarda para ser executado, o estrangeiro aprende os hábitos dos índios e se une a uma selvagem, que tenta ajudá-lo a fugir. 

Trailer

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Curiosidade: Quase todos os diálogos são escritos e falados na língua indígena nativa brasileira Tupi, conforme traduzido pelo cineasta pioneiro brasileiro Humberto Mauro, e também o filme foi ameaçado de ser vetado pela censura brasileira por retratar abundante nudez frontal, uma questão que foi ridicularizada por historiadores e pesquisadores de povos nativos brasileiros.

Direção: Nelson Pereira dos Santos / Roteiro: Humberto Mauro e Nelson Pereira dos Santos/ Direção de Fotografia: Dib Lutfi / Produção: Luiz Carlos Barreto, Cesar Thedim / Trilha Sonora: Guilherme Magalhães Vaz / Montagem: Carlos Alberto Camuyrano

Assista ao vídeo de introdução pelo link

O Cineclube Filosofia

O Cineclube Filosofia tem como tema “Identidades, fronteiras e alteridades”. Seu objetivo é de exibir filmes em que a identidade surge como problema. Não há identidade que não se constitua sem violência e que, não determine o que deve permanecer fora, não integrado, a identidade do outro lançada à margem da inteligibilidade como alteridade.

Sob vários níveis, o Cineclube traz filmes em que a identidade se torna um problema tanto como cultura, como sociedade quanto como indivíduo que se defronta com uma sociedade já constituída. 

Desde o corte do primeiro século da América aos dilemas existenciais contemporâneos, as temáticas se entrecruzam até extravasar os limites e os recortes narrativos sobre identidade e diferença. Como a montagem, que para Eisenstein definia o que é o cinema como uma relação social, o cineclube entrará na montagem maior das narrativas para marcar suas descontinuidades contra o contínuo cronológico imperante que condena as vivências à amnésia.

O evento é totalmente gratuito e voltado ao público em geral, sem restrições, senão quando houver alguma do material selecionado quanto à faixa etária. O público participa do cineclube junto a convidados de diversas áreas, de professores a psicólogos e artistas.

Vídeo de abertura:

Os filmes programados

(informações completas dos filmes no site www.arthousebc.com)

25/05 – 19h30 – Como Era Gostoso o Meu Francês (Nelson Pereira dos Santos, 1971, 84m.)

15/06 – 19h30 – Profissão: Repórter (The passanger, Michelangelo Antonioni, 1975, 126m.)

6/07 – 19h30 – O Planeta Selvagem (La planète sauvage, René Laloux, 1973, 72m.)

27/07 – 19h30 – Sermões: A História do Padre Antônio Vieira (Júlio Bressane, 1989, 78m.)

17/08 – 19h30 – O Inquilino (Le locataire, Roman Polanski, 1976, 126m.)

7/09 – 19h30 –  Aguirre: A Cólera dos Deuses (Aguirre: der Zorn Gottes, 1972, Werner Herzog, 95m.)

28/09 – 19h30 – Persona (Ingmar Bergman, 1966, 85m.)

19/10 – 19h30 – Mary e Max: Uma Amizade Diferente (Mary and Max, Adam Elliot, 2009, 92m.)

Serviço

Quando: 25/05 às 19h30

Onde: Arthousebc / Rua São Paulo 581-1 / Bairro dos Estados / Balneário Camboriú / SC

Ingressos: Gratuitos a retirar na entrada do cinema

Inscrições: https://forms.gle/AuMdbFH74SMXdHko7

Informações: www.arthousebc.com

Patrocínio: Projeto realizado por meio de recursos da Lei de Incentivo à Cultura de Balneário Camboriú 2022, da Fundação Cultural de Balneário Camboriú

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