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19.3 C
Balneário Camboriú
Fernando Baumann
Fernando Baumann
Filho, esposo e pai Caminhante, pedalante e motociclista Jardineiro nas horas vagas Empresário e aprendiz
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Vale quanto pesa

Balneário Camboriú teve desde o início uma coisa muito legal que era a denominação das ruas por número, tendo ao norte os ímpares e ao sul os pares, e as avenidas com nomes comuns e de domínio público. 

Além de facilitar a localização pela sequência numérica lógica, impediria a Câmara legislativa de homenagear pessoas das quais nem sempre o critério de escolha seria comum. Algumas famílias ficariam felizes enquanto muitas outras injustiçadas.

Infelizmente de uns anos para cá, acho que desde a troca da Rua 400 por Alvin Bauer ou antes, esse esquartejamento da lógica numérica abriu espaço para alocação desenfreada de nomes, alguns com envolvimento na cidade e outros nem tanto, mas o caso aqui não é o mérito do escolhido, pois nem cabe a mim tal equação.

É Avenida do Estado fulano, Quarta Avenida ciclano, binário beltrano, Centro de Eventos blá blá …e assim vai. 

Fico pensando aqui quantos nomes do passado, muito importantes para a cidade ser hoje o que é, e que nunca foram sequer lembrados. 

Cadê suas placas e estátuas? Ah sim, este é um fato, os heróis são temporais, valem no tempo que vivem. Depois já era.

A família Delatorre com seu luxuoso cinema e Autocine vocês lembram?

O Dimas Campos e o inoxidável Baturité, que animou gerações e trouxe os jovens e seus pais para Balneário Camboriú?

O Mário Morelli com seus famosos restaurantes e a barulhenta Montesa 360cc?

Família Fonseca e a praia do Pinho, entre outras coisas?

E o Gilberto Américo Meirinho que abriu as principais vias da cidade, sem falar de quando, com máquinas da prefeitura, derrubou o muro das casas e alargou a avenida Atlântica na marra? Claro, tem um viaduto com o nome dele, boa homenagem (você sabe porque viadutos tem nome de pessoas?).

Aqui falo só daqueles que conheci ou ouvi meu pai falar, fora outros tantos.

A questão final é a seguinte, não existem heróis, nem pessoas melhores ou piores. 

O que existe são empreendedores visionários que chegaram aqui e aproveitaram a oportunidade de crescer na vida e se deram bem. 

Mérito pelo trabalho e dedicação de cada um, só isso. 

Dizer que tal pessoa foi muito importante para o desenvolvimento da cidade e que ela merece destaque é um equívoco, porque é a fotografia de um período de tempo e não da história da cidade, e ninguém se faz sozinho. 

A cidade vale ao longo do tempo pelo conjunto das pessoas e suas obras. 

É constelação estúpido!

Por Fernando Baumann

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