Um imóvel em Balneário Camboriú poderá valer metade do que vale hoje se a ação nefasta de diversas pessoas, incluindo grandes construtores, prevalecer no processo de revisão do Plano Diretor que está em andamento.
Esses insensatos foram apelidados de “garimpeiros”, pois seu objetivo é extrair o máximo de lucro que a terra possa proporcionar, sem se preocupar com as consequências porque depois irão garimpar em outras cidades.
A ideia desses garimpeiros é construir prédios em todos os lugares da cidade, com apartamentos de qualquer tamanho, numa exploração irresponsável em busca de dinheiro.
É o contrário dos fundamentos do Plano Diretor de 2008 que trouxeram fama, progresso e riqueza à cidade.
Se os garimpeiros prevalecerem, o preço dos imóveis vai cair muito e o motivo é simples: se existem muitos tomates para vender (oferta), o preço reduz até abaixo da metade. E quando a produção (oferta) é equilibrada com a vontade dos consumidores de comprar (demanda) o preço se mantém estável e até sobe quando se agrega qualidade ao produto.
Para imóveis essa regra também vale e Balneário Camboriú, em várias ocasiões ao longo dos anos, pagou um alto preço pelo desequilíbrio na oferta e na demanda, na ocupação e uso do solo, a ponto de quase todas as construtoras da primeira e segunda ondas de desenvolvimento imobiliário da cidade falirem.
Porém, os efeitos negativos de um Plano Diretor predatório são muito mais amplos, porque haverá inúmeros problemas de difícil solução como maior pressão por serviços de saúde e educação, segurança pública, trânsito, abastecimento de água e tratamento de esgoto que tendem a levar Balneário Camboriú, uma cidade com excelente qualidade de vida e orçamento equilibrado, a reproduzir o que aconteceu em balneários antes ricos e famosos como Angra dos Reis e Guarujá.
O prefeito e outras pessoas estão segurando o andamento do Plano Diretor para evitar esse desastre que acontecerá se prevalecer o interesse de transformar isso aqui num garimpo.
Matar a qualidade de vida de Balneário Camboriú e liquidar com parte do patrimônio das pessoas que já compraram apartamentos aqui é um risco real, e quem não acredita pode ver nos textos abaixo o que ocorreu nas já citadas Angra dos Reis e Guarujá.
Guarujá – Anda difícil vender casas na praia; entenda por quê
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Decadente – Avaliação sobre Praia da Enseada
Publicada 6 de outubro de 2019
Passei minha infância e adolescência aqui. Mas agora é uma cidade decadente, abandonada e perigosa. As prefeituras largaram tudo. Milhares de imóveis a venda, com desvalorização de 50%
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Os apartamentos novos no Guarujá baixaram de preço
04/12/2015
Os apartamentos novos no Guarujá baixaram de preço, de acordo com a avaliação de diretores de imobiliárias e construtoras. Atualmente, é possível comprar um imóvel pagando R$ 6,5 mil ou R$ 7 mil por metro quadrado. Três anos atrás, o valor variava entre R$ 9,5 mil e R$ 10 mil o m². O diretor da Campi praia Empreendimentos Imobiliários, Silvio Camargo, reforça que hoje o valor do m² é menor do que na época de lançamento…
https://www.abecip.org.br/imprensa/noticias/executivo-diz-que-preco-do-imovel-caiu-no-guaruja
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Como destruímos o Guarujá, a ex-pérola do Atlântico
1942, o primeiro prédio. Salte no tempo… População atual, 311 mil habitantes, 40 mil em favelas.
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Decadência à beira-mar: Baixada Santista enfrenta problemas
A região luta contra violência, tráfico de drogas, poluição da água e elefantes brancos da época em que a exploração do pré-sal iria estoura…
Leia mais em: https://vejasp.abril.com.br/cidades/capa-baixada-santista
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O que vai restar do Guarujá?
Nov/2023
Infelizmente, a bela cidade do Guarujá, outrora refúgio de verão da elite paulistana, que lá ergueu centenas de mansões dentro e fora de condomínios, nos últimos anos vem sofrendo com constantes assaltos na orla, que têm provocado a debandada de turistas e moradores para opções mais seguras. Muita gente quer vender, poucos se aventuram a comprar imóvel de lazer ou para curtir aposentadoria nessa que foi uma das melhores cidades litorâneas de nosso Estado.
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Agosto 2008
Guarujá vive ao sabor da maré do tempo
Depois, no final dos anos 1980, a construção civil desordenada verticalizou de vez a região e o Guarujá começou a enfrentar a decadência decorrente da favelização, da falta de planejamento urbano e de saneamento básico, da poluição do mar e das praias e, pior ainda, dos assaltos e da violência contra turistas à luz do dia.
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2108200801.htm
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Setembro / 2017
O TRISTE FIM DO GUARUJÁ
1- a corrupção histórica inoculada na prefeitura (seja qual for a gestão), que transformou o controle do uso do solo da cidade num leilão de interesses e compadrios;
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Guarujá: como destruir um paraíso
Morando aqui, vi morros sendo cortados ao meio para dar lugar a espigões e vi demais as leis do zoneamento sendo infringidas para edificações fora do gabarito. Enfim, desde a década de 70 promove-se aqui um massacre ambiental, consentido pelas diversas administrações, e sempre com o mesmo pretexto: “há muito desemprego, não se pode desestimular a construção civil, etc. ” Capitalismo selvagem, para definir em duas palavras.
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A guerra do tráfico de drogas em Angra dos Reis…
Maio/ 20-2019
A guerra do tráfico de drogas em Angra dos Reis, na Costa Verde, desencadeou uma onda de violência que já tem impacto no mercado imobiliário do balneário. Levantamento feito pelo Sindicato da Habitação (Secovi-Rio), a pedido do GLOBO, revela que o valor das casas de rua no município caiu 32% este ano, em comparação com 2016. O preço do metro quadrado passou de R$7.723 para R$ 5.251.