Neste domingo, 14h30, empresários de setores considerados não essenciais sairão em carreata de Itajaí até Balneário Camboriú, para defender seu suposto direito de trabalhar.
Se tiverem tempo, poderão passar por quatro hospitais lotados, onde mais de 300 pessoas lutam pela vida em decorrência de uma doença extremamente contagiosa; enquanto outras 400, no Estado, esperam a chance de conseguir um leito e tentar se salvar.
Os não essenciais ficaram dois finais de semana sem trabalhar devido a um decreto burro de um governador que para inteligente não serve.
A questão é mais ampla -e mais simples- do que ser ou não um serviço essencial e sim o risco de contágio que oferece se continuar funcionando.
Qual o risco, por exemplo, da Casa dos Parafusos continuar aberta se aquele estabelecimento limita a entrada a quatro pessoas por vez; tem álcool gel à vontade, as pessoas usam máscaras e mantêm distanciamento?
Eu respondo: muito baixo, assim como é muito baixo em centenas, milhares de outras empresas na região.
Porém, é evidente que bares, restaurantes, bufês, boates, salões de festas, igrejas, academias, cinemas, transporte coletivo e algumas outras poucas atividades oferecem alto risco e precisam fechar em momento de pandemia aguda como agora.
É lastimável? É.
Tem outra alternativa? Não.
Então tem que fechar por duas semanas porque a pandemia não vai ceder, só irá crescer, com carreata ou sem carreata.
Estender essa agonia, como está sendo feito, não funciona, tanto que de domingo até esta sexta-feira acumulamos em Santa Catarina mais 413 mortes.
Não é hora de ir a bares, restaurantes, bufês, boates, salões de festas, igrejas, academias, cinemas… e de transporte coletivo funcionar, o momento é de domar a pandemia.