Este 2021 foi um ano que dá vontade de esquecer, pois a pandemia -a primeira vivida por minha geração (sou de 1954)- matou quase 5 milhões de pessoas, sendo 519 mil apenas no Brasil.
Matou pessoas do outro lado do mundo e também ao lado das nossas casas.
Vizinhos, conhecidos e amigos morreram, enquanto parte dos políticos do País, principalmente o Presidente Jair Bolsonaro, desdenharam a doença e sabotaram os esforços para vencer a pandemia.
Por isso, o grande destaque do ano, muito além de quaisquer outras realizações, são os profissionais de saúde.
Enquanto a maioria das pessoas se resguardava em isolamento, os motoristas de ambulâncias, auxiliares de enfermagem, enfermeiras, pessoal de apoio administrativo, psicólogos, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos (espero não ter esquecido alguém), atuando em hospitais e postos de saúde, foram para a linha de frente contra a doença, colocando suas vidas em risco para salvar a de desconhecidos.
Por sua vez, os cientistas deram uma resposta como nunca foi vista na história da humanidade, desenvolvendo com enorme rapidez as vacinas que finalmente detiveram a mortandade.
Ainda do lado dos bons exemplos na pandemia, estão o ex-ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta e o governador do Estado de São Paulo, João Dória.
Se as autoridades tivessem escutado Mandetta e Dória, provavelmente as mortes no país seriam em menor quantidade, a população teria sido orientada para a boa luta e não para o negacionismo sociopata.
JUDICIÁRIO
No Judiciário, considero destaque o ministro do STF Alexandre de Moraes que não se intimidou com ameaças golpistas e colocou na cadeia quem deveria ser colocado. Em verdade todo o Supremo, assim como as lideranças lúcidas da sociedade deram um basta, colocaram um marco para o golpismo de Jair Bolsonaro que começou o governo com apoio da maioria dos cidadãos e hoje -por seus próprios deméritos- tem o repúdio de dois terços dos brasileiros.
NA CIDADE
O grande destaque em Balneário Camboriú foi o prefeito Fabrício Oliveira, que concretizou o alargamento da praia central, obra sonhada há décadas para colocar a cidade em outro patamar na disputa pelo dinheiro dos turistas.
Mas, não é só o dinheiro. Nas cidades com faixa de areia larga, os moradores desenvolvem outra relação com a praia, ela se torna o lugar preferencial, do esporte à paquera, o povo fica mais “leve” porque a praia cura tudo e isso se consolidará ao longo do tempo.
Fabrício, portanto, de quem discordo frontalmente por suas atuais opções políticas, para mim foi o destaque do ano, alargou a praia e concretizou outras obras e ações de maneira positiva.
Finalizando, deixo um abraço às famílias dos amigos e de todos que perderam a vida na pandemia, vamos seguir em frente com os bons exemplos daqueles que se foram.