O síndico Carlos Cesar Spillere, fundador da Associação dos Síndicos de Balneário Camboriú, veio ao Página 3 entregar uma nota de repúdio à forma como eu e o jornal Página 3 tratamos um projeto que tramita na Câmara, para prorrogar mais uma vez o prazo para entrega da Declaração de Regularidade Sanitária.
Os responsáveis por edifícios e outros imóveis, exceto os unifamiliares, precisam comprovar a regular ligação à rede de esgotos.
O Sr. Carlos Cesar Spillere me disse que eu não entendo nada do problema. E alegou que a pandemia atrasou o cumprimento da exigência por parte dos condomínios da cidade.
Ao contrário do que esse mal informado senhor afirma, eu entendo do problema e sei quem o causa, porque participei do pequeno grupo que promoveu a criação dessa lei e a implantação de outras medidas urgentes para despoluição dos rios Camboriú e Marambaia que ameaçavam e ainda ameaçam o futuro de Balneário Camboriú.
Além disso, ao longo do tempo sempre me posicionei claramente contra as prorrogações de prazo e pretendo continuar me posicionando desta forma, pois pouco me interessa se o Sr. Carlos Cesar Spillere gosta ou deixa de gostar do meu posicionamento.
Repudio o repúdio do Sr. Carlos Cesar Spillere à minha pessoa, porque suas alegações são falsas, não foi a pandemia que impediu o cumprimento da lei e sim a irresponsabilidade de diversos responsáveis por condomínios que tinham obrigação de comprovar que estão regularmente ligados à rede de esgotos da cidade e não o fizeram.
As alegações responsabilizando a pandemia são falsas, porque o prazo para comprovar a regular ligação à rede de esgotos foi 30 de outubro de 2019 e a pandemia só surgiu no Brasil em fevereiro de 2020.
A lei teve o prazo prorrogado duas vezes, para 30 de junho de 2020 e 30 de abril de 2021, mas mesmo assim cerca de 40% dos edifícios não cumpriram. O Sr. Carlos Cesar Spillere defende nova prorrogação e se sente no direito de me atacar por eu defender que a lei seja cumprida.
O Sr. Carlos Cesar Spiller precisa definir em que tipo de cidade deseja viver, se numa onde a poluição por esgotos clandestinos dos rios Marambaia e Camboriú é tratada com a leniência até então demonstrada por alguns, ou em uma comunidade que respeita o meio ambiente e exige o cumprimento das leis ambientais.