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Fritar miolos alheios

Raul Tartarotti* 

Frederick Douglass foi um afro-americano, escravo que em 1855 que se tornou abolicionista. Reconhecido como o pai do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos da América, incluindo o direito ao voto, militou a favor dos direitos femininos, reforma agrária, paz e abolição da pena de morte.

Proferiu a célebre frase que navegou pelos tempos: “É mais fácil construir filhos fortes do que reparar homens quebrados”.

Se formos instruídos desde pequenos por nossos pais, ou um bom tutor, que decidir nos ensinar um rumo saudável até seus últimos dias, teremos uma chance a caminho do bem comum.

Nossa dedicação saudável à sociedade poderá dar frutos ou flores, a serem colhidas em seus tempos de maturação.

Porém, atitudes que correm na contramão do bem-estar, como falta de sensatez, e má formação pregressa, podendo demonstrar conduta inaceitável e inadequada à sociedade, acabam por levar um indivíduo ao isolamento.

Casos considerados fora da curva, como o do deputado federal pelo Rio de Janeiro, Daniel Silveira, escancaram um tipo de comportamento desagradável.

Consequência do histórico de atitudes malfeitoras, e desrespeito ao próximo. 

Defende o AI5 que não permite garantias pessoais, foi investigado no inquérito das fake news,e punido 60 vezes quando estava na PM.

Recentemente apresentou vídeo com fala ácida, agressiva e chula no tocante às instituições, além de ter se portado como um neandertal.

Com um passado desagradável e presente social inapropriado, observamos a construção do mal chegando ao topo de sua meta, a prisão. Esse é o fundo do poço humano, que se origina na extrema libertinagem da retórica livre.

Não tão diferente da forma de condenação brasileira, a prisão, um gênio da retórica nipônica declarou que as mulheres falavam muito durante reuniões de conselho administrativo, o que para ele era irritante.

Esse Japonês mostrou ao mundo que a falta de respeito na administração dos Jogos Olímpicos, é levada muito a sério.

Mesmo sendo um homem idoso (83 anos), de elevada sapiência em terras orientais, não está autorizado a arguir quaisquer maledicências ao vento.

Desejando se utilizar dessa prerrogativa longeva lá no oriente, bateu de frente com a sociedade que não permitiu que disparasse comentários machistas discriminatórios e covardes.

Por fim, Yoshiro Mori, renunciou ao cargo de presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio. 

A ignorância traz o caos não o conhecimento. Eventualmente podemos proferir asneiras maldosas e provocativas aos ouvidos de alguém, e talvez um honesto pedido de desculpas bem elaborado possa resolver a aventura descabida.

Porém, a frequência do dolo, e a maledicência repetitiva, fritam miolos alheios. Tornam indivíduos incapazes de abrir seus ouvidos à tolerância, ou a um pedido de escusas educado.

A demissão, prisão, ou retiro do front, é o que resta a esses pretensiosos sábios da maledicência, como opção por sua língua azeda.

*Raul Tartarotti é engenheiro biomédico e cronista.

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