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Dia Nacional do Livro Infantil: autores de Balneário Camboriú dizem como manter o interesse pela leitura na era digital

O Dia Nacional do Livro também conhecido como Dia de Monteiro Lobato, porque é comemorado no dia em que o principal representante da literatura infantil no Brasil nasceu, 18 de abril, é uma data lembrada há 22 anos pelos brasileiros.

Uma época em que o mundo imaginário das crianças estava impresso nas páginas coloridas de um livro, mas a tecnologia já estava chegando, ainda cheia de restrições para os pequenos.

Hoje o contato das crianças com as telas começa cada vez mais cedo. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças entre 2 e 5 anos acessem as telas uma hora por dia, mas também sabemos que até bebês já conhecem o caminho e surpreendem os pais com suas ‘manobras’ no celular.

Ao mesmo tempo, os produtores de livros, os autores de literatura infantil, seguem produzindo, escrevendo e estimulando pais a lerem as histórias que escrevem para seus filhos desde cedo e assim criar o hábito da leitura na vida deles. 

Para marcar a data, a reportagem perguntou a escritores de livros infantis como manter aceso o gosto pela leitura.

A tecnologia está cada dia mais presente na vida das crianças. Diante desta realidade, como manter o interesse delas pelos livros?

(Arquivo Pessoal)

Rosana Ouriquesescritora e professora, 16 livros publicados

A tecnologia faz parte da vida das crianças e oferece estímulos instantâneos. Ainda assim o livro continua encantando as crianças e os adolescentes. Livros com histórias de aventura, mistérios e ficção científica, por exemplo, despertam a imaginação e instigam a curiosidade. O livro físico continua sendo o queridinho do público jovem. Recomendo que os pais levem seus filhos para as livrarias e bibliotecas; que presenteiem seus filhos com livros e que leiam com eles”.


(Foto Mohamed Birami)

Miriam Ramoniga, escritora e membro da Academia de Letras  de BC, na cadeira de Monteiro Lobato, tem mais de mil histórias, são mais de 100 e-book, livros digitais e livros físicos publicados junto com sua filha escritora desde os 6 anos, a Manoela Ramoniga Furtado

“Para manter o interesse pelos livros devemos despertar o interesse pelas histórias. O verdadeiro amor pelos livros nasce quando despertamos esse amor desde cedo. Contar histórias todos os dias, cria uma conexão afetiva entre pais e filhos, além  do hábito  saudável. Para auxiliar nessa tarefa, nós temos um programa “Hora da História” para a família leitora, em que ela recebe todos os  dias pelo whats um áudio book histórias com princípios e valores fundamentais para ouvir  por um minuto.  Assim juntamos a tecnologia e despertamos a imaginação e a criatividade da criança, criamos um repertório de palavras e gosto pela leitura com livros variados acontecerá de forma natural. 

Para participar do grupo VIP, é só enviar uma mensagem para 47 999724907 para informações. Se inscreva no meu canal do you tube Miriam Ramoniga e compartilhe com as mães e professoras. Todos os sábados às 15h faço Contação de Histórias na Livraria Catarinense do Balneário Shopping, gratuita. Viva a leitura viva o livro infantil”.


(Arquivo Pessoal)

Aline Borba, escritora, tem seis livros publicados, psicoterapeuta, educadora parental

“Estimular, incentivar, engajar a criança nesta realidade. Quando nós pais percebermos que somos nós, os adultos que proporcionamos o uso de telas ou alimentação não saudável, a realidade começará a mudar. Nos dias de hoje com a correria e as demandas que temos a cumprir, deixar a criança com telas nos permite momentos de liberdade para fazer tudo o que precisamos enquanto a criança fica anestesiada atrás de um celular. Não estou falando em não ir junto com a tecnologia, e não estou instalando culpa nos pais por quererem um tempo livre, mas sim, de que devemos ter equilíbrio em usar telas com nossas crianças. Para ser saudável a uma criança pequena, 20 minutos é o bastante. Quem fica só 20 min? Quando vê já se passou 1 hora, e o vício começa a se instalar, pois, dá a sensação de prazer rápido, entorpece o cérebro. Quando vamos tirar a tela da criança ela “explode”, briga, chora, grita, pois seu corpo está cheio de cortisol gerado pelo excesso de brilho, mesmo tom de voz, troca de página aleatoriamente, deixando a criança em um estado alterado de consciência, gerando a ansiedade. Momentos de presença é o que precisamos com nossas crianças. 

Pegar um livro para ler com ela antes de dormir, se aninhar na cama, abraçar, rir, contar a história, ver as figuras, comentar sobre a história. Isso vai gerar um ritual noturno, momentos únicos em família, momentos de qualidade, de presença, de acolhimento. E quando a criança for crescendo e aprendendo a ler, ela vai ter como normal escolher um livro, ler um pouco por dia. E sem falar que, quanto mais estimulamos lendo para elas, mais vamos a auxiliando para que a criança se desenvolva, aprenda a falar e escrever corretamente, a pensar, a ter empatia, a interpretar a mensagem. 

A criança vai se interessar cada vez mais pelos livros, pela leitura, pois ela tem criado em suas memórias um sentimento de alegria, de acolhimento, de amor em família. Eu me lembro que quando criança eu amava pegar um livro na biblioteca da escola, levar para casa e ler. Ou entrar em uma livraria, aquele cheiro de livro novo, um mundo dentro de páginas a ser desvendado e vivido na imaginação. 

Quanto mais lemos, mais imaginação conseguimos ter, mais criatividade, mais livres somos, pois podemos viajar pelo mundo da imaginação e criar uma realidade positiva em nossas vidas. 

Histórias conectam as pessoas e essas conexões nos fazem mais humanos, empáticos, corajosos”.


(Arquivo Pessoal)

Monique Neves, escritora, roteirista, atriz, professora de teatro, palhaça e produtora cultural, dois livros publicados e diversos roteiros teatrais

“A tecnologia realmente se tornou uma parte fundamental na vida das crianças nos dias de hoje, oferecendo uma infinidade de possibilidades e entretenimento instantâneo. No entanto, acredito firmemente que os livros continuam sendo uma fonte inestimável de conhecimento, imaginação e conexão afetiva e emocional.

Como escritora, atriz e professora de teatro, sempre busquei integrar a tecnologia de forma criativa e complementar ao mundo dos livros. Por exemplo, ao escrever roteiros para meu Curso de Teatro Primo Atto, tento trazer histórias cativantes e relevantes que incentivem os alunos a explorar diferentes universos literários e que se conectam com a realidade deles atualmente.

Além disso, realizamos atividades práticas que conectam as narrativas dos livros com as experiências pessoais dos alunos, tornando a leitura uma experiência viva e envolvente, cujo conteúdo pode ser acessado através dos apoios tecnológicos. Criando narrativas e textos que norteiam o universo infantil, ou do leitor e aquilo com que se identificam, com certeza podemos utilizar a tecnologia para despertar o interesse literário, linkando os dois mundos.

Também é importante lembrar que os livros infantis podem se adaptar à era digital de diversas maneiras, seja através de aplicativos interativos, ebooks ou até mesmo leituras online. Essas ferramentas podem tornar a experiência de leitura mais dinâmica e acessível para as crianças, mantendo-as engajadas e interessadas.

Em suma, acredito que o segredo para manter o interesse das crianças pelos livros em uma era digital é combinar a tecnologia de forma criativa e complementar, proporcionando experiências de leitura que sejam envolventes, relevantes e acessíveis.

Podemos utilizar a tecnologia para aproximar e despertar o desejo da criança de ter contato também com as obras literárias físicas, que também têm toda sua magia e despertam benefícios sensoriais diferentes dos digitais. Ambas as vertentes podem andar de mãos dadas para a construção do conhecimento humano, formando uma parceria poderosa”.


(Arquivo Pessoal)

Didiê Kinsey, escritor e professor, tem dois livros publicados

“A criança que tem contato com os livros infantis na escola, que ouve as histórias das professoras, que ouve as histórias do pais antes de dormir, com toda certeza será um grande leitor. Tenho fé na Literatura, tenho fé na tecnologia como aliada. Em meus livros, sempre crio audiobooks, ou outro recurso que além da acessibilidade, pode oferecer uma experiência que une o livro à tecnologia. 

O próximo passo, dentro da minha poética, será criar um livro infantil/jogo. Promovendo a interatividade, este talvez seja o grande segredo para manter o interesse pelos livros, também. Vencendo barreiras. Com a Literatura e a Tecnologia andando de mãos dadas. Claro, que todo este processo deve ser bem pensado. Ter bom senso para avaliar as individualidades de cada criança”.


(Foto Flávio Fernandes)

Fábio Aurélio Castilho. professor, escritor e contador de histórias,  tem quatro livros publicados

“Acredito que a principal maneira de incentivarmos as crianças é por meio do exemplo, quando os adultos lêem, as crianças também se empolgam a ler.

Outra maneira é apresentar uma variedade de livros e frequentar eventos e espaços que possibilitam esse contato, como Bibliotecas, Livrarias, Feiras de Livros e aqui em Balneário Camboriú, em especial, no ônibus de Histórias Conta pra Mim, do qual tenho a alegria de participar através do CEAC Projeto Oficinas”.


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