O espetáculo ‘Para Édith Piaf, com carinho’ estreia em Balneário Camboriú, no próximo dia 25, em três sessões no Teatro Municipal Bruno Nitz, apresentando a atriz Júlia Batschauer em monólogos que abordam a solidão e a relação entre amores impossíveis.
O espetáculo já foi apresentado em Navegantes e Blumenau.
A Companhia Artística Arteatroz levará ao público histórias sobre a cantora e atriz Édith Piaf, escritas pelo poeta e dramaturgo francês, Jean Cocteau.
Serão três sessões: às 10h; às 15h; e às 20h.
A peça narra a história de Iolanda, camareira da diva francesa que se aproveita do fato de estar sozinha no camarim para interpretar alguns papéis, e inclusive, dramatiza uma passagem de sua própria vida.
“Todas as vezes que interpreto este monólogo é como se fosse a primeira vez, receber o retorno do público é imensurável”, disse a atriz e produtora, Julia Caldas Batschauer Santana.
A cantora, atriz e compositora Édith Piaf era amiga de Jean Cocteau. O diretor e dramaturgo Giba de Oliveira é responsável pela adaptação do texto original francês.
Palavra de atriz
A reportagem conversou com a atriz Júlia Batschauer sobre o espetáculo. Acompanhe:
JP3 – O que motivou a escolha da peça?
Júlia – Em 2019 estávamos montando o musical ‘A Família Addams’ aqui mesmo em Balneário Camboriú com direção do meu pai, Juca Batschauer com a Cia. Ensamble. Foi durante este período que tive a oportunidade de trabalhar com o Giba de Oliveira. Foi nessa época que ele trouxe a adaptação que havia feito dos textos de Jean Cocteau para um monólogo com três histórias ligadas entre si em homenagem à Édith Piaf. Fiquei encantada pela ideia de fazer um monólogo como atriz e então começamos as primeiras leituras de texto.
JP3 – Quando iniciou o trabalho?
Júlia – O trabalho na prática mesmo começou em 2020 com ensaios na casa do meu pai e também na casa do Giba em Navegantes. Ensaiamos nas salas e também na garagem. Quando a peça ficou pronta já era mais da metade do ano e queríamos estrear em 2021, mas tivemos que parar tudo por conta da pandemia e do isolamento social. Foi somente em 2022 que retomamos o trabalho e graças ao edital de auxílio emergencial, através da Lei Aldir Blanc lançado pelo governo do Estado, conseguimos fazer a nossa estréia no mês de março daquele ano. A Fundação Cultural de Navegantes nos cedeu um local para ensaiarmos com mais amplitude e foi no CEU das ARTES de Navegantes que fizemos nossa estréia. Foram quatro apresentações. Em seguida apresentamos em Blumenau no Centro Cultural 25 de Julho por conta própria, e depois na Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionais durante o FENATIB – Festival Nacional de Teatro para Jovens e Crianças promovido pelo INARTI – Instituto de Artes Integradas de Blumenau.
JP3 – Como é o desafio de fazer um monólogo, manter a platéia ligada o tempo todo…
Júlia – Fazer teatro sempre dá frio na barriga de qualquer artista, porque é ao vivo e, em tese, não se pode errar. Mesmo quando a gente contracena com outros atores/atrizes sempre corre o risco de errar uma marcação ou mesmo se perder no texto. Monólogo é ainda mais complicado porque você está sozinha no palco e não tem ninguém para ‘salvar a cena’. É só você, o palco e a platéia. É uma experiência fantástica!
JP3 – Como iniciou tua carreira?
Júlia – Comecei no teatro e no circo bem cedo, acho até que eu nasci treinando e ensaiando, desde pequena acompanhava meu pai e sua trupe nos festivais de teatro e apresentações circenses. Essa influência familiar fez com que minha primeira apresentação teatral circense fosse em 2006, aos 8 anos de idade, daí em diante não parei mais de treinar e participar de espetáculos com a companhia Ensamble, foram dois musicais e diversas peças circenses teatrais, fiquei na companhia até o ano de 2020. Adquiri meu registro profissional e agora estou na companhia Arteatroz.
JP3 – Depois das apresentações em Balneário Camboriú, o espetáculo seguirá para outras cidades?
Júlia – Depois das apresentações aqui nós estamos querendo apresentar em outras cidades e também em outros espaços. O espetáculo foi concebido para ser encenado em salas de aula para público pequeno e de forma intimista com possibilidade de debates ao final da peça. Estamos trabalhando neste sentido e estamos aceitando convites.
JP3 – Por que o público deve assistir o espetáculo?
Júlia – É uma peça com um texto extremamente contemporâneo e muito delicado por abordar a solidão do ser humano e seus amores impossíveis com um toque de lirismo.
Tenho certeza que quem assistir vai sair encantado. Dia 25 estaremos esperando por todos no Teatro Municipal Bruno Nitz.
Serviço
Os ingressos custam R$40,00 a inteira e R$20,00 meia entrada. Para mais informações e compras do ingresso, entrar em contato pelos telefones:(47) 99684-5157, com Júlia ou (47) 99665-1018 com Talisson.
O Teatro Municipal Bruno Nitz fica na Avenida Central, esquina com Rua 300, Centro.