Dois projetos do CAIC Ayrton Senna da Silva receberam destaque nacional este ano: “Pensamento Computacional para crianças: olhares para a Cultura Oceânica” e “Cuidando do Rio Peroba: Formação de Sujeitos Ecológicos para um Futuro Sustentável”.
A professora de Ciências da escola, Vanessa Bertolazzi Simon explicou que o projeto do Pensamento Computacional foi um dos aprovados na Feira Regional de Matemática, também teve aprovação na Feira de Iniciação Científica e Extensão (FICE), do Instituto Federal e foi medalhista de ouro nas Olimpíadas do Oceano.
O projeto do Rio Peroba participou da Liga STEAM e no Premio PI (Propriedade intelectual nas escolas) foi vencedor da categoria Séries Iniciais e Planeta como primeiro lugar da região Sul
Vanessa explicou sobre os dois projetos vencedores do CAIC.
“Pensamento Computacional para crianças: olhares para a Cultura Oceânica”
“O oceano cobre 70% da superfície terrestre, sendo o maior bioma do planeta e crucial para a regulação do clima e produção de oxigênio.
Contudo, a conscientização e preservação desse ecossistema são frequentemente negligenciadas.
Para abordar essa lacuna, o movimento da Cultura Oceânica visa aproximar as pessoas das águas salgadas, destacando a interdependência entre humanos e o ambiente marinho, promovendo a educação ambiental desde a infância (UNESCO, 2020).
O estudo discute a integração da Cultura Oceânica com o pensamento computacional no ensino fundamental, utilizando como base o livro “Marvin, o Amigo do Oceano” (SIMON; SIMON, 2023).
A proposta combina a sensibilização ambiental com o desenvolvimento de habilidades como decomposição, reconhecimento de padrões, abstração e algoritmos.
Essas competências não apenas aprimoram a capacidade dos alunos em resolver problemas complexos de forma estruturada, mas também fortalecem a compreensão dos ecossistemas marinhos.
O projeto foi realizado na escola CAIC Ayrton Senna da Silva, envolvendo quatro turmas do 2º Ano do ensino fundamental, sob a orientação das professoras Adriana Costa Vieira e Roselei Zaions.
Durante o projeto, a autora do livro, Juliana Bertolazi Simon, visitou a escola para discutir a integração entre Cultura Oceânica e pensamento computacional, apresentando a história da baleia Blue e destacando os impactos da poluição sonora de navios cargueiros sobre o krill, alimento principal das baleias.
Além da contação de histórias, as crianças participaram de uma atividade prática que envolvia a confecção de uma baleia em origami, utilizando uma folha de sulfite de 15 cm². Durante a atividade, foram explorados conceitos de pensamento computacional: abstração (compreensão dos impactos da poluição sonora sem se perder em detalhes técnicos), decomposição (divisão de problemas como poluição plástica em partes menores e gerenciáveis), reconhecimento de padrões (identificação de comportamentos que levam à poluição) e algoritmos (seguindo passos lógicos para criar origamis).
O estudo conclui que a combinação da Cultura Oceânica com o pensamento computacional, através de recursos didáticos lúdicos como o livro “Marvin, o Amigo do Oceano”, é eficaz para aumentar a conscientização ambiental entre crianças e desenvolver suas habilidades de resolução de problemas.
As crianças foram capazes de aplicar os pilares do pensamento computacional de maneira prática e relevante, o que proporcionou uma compreensão mais profunda dos problemas ambientais e das estratégias para resolvê-los”.
Medalhistas de ouro regional e nacional em Projetos Socioambientais, única escola de Santa Catarina a ganhar esta premiação. Única Escola Azul de ensino fundamental em Balneário Camboriú.
“Cuidando do Rio Peroba: Formação de Sujeitos Ecológicos para um Futuro Sustentável”
“O projeto buscou envolver as crianças para atuarem como agentes de transformação ambiental, promovendo a formação de sujeitos ecológicos conscientes (CARVALHO, 2004), com foco na preservação do Rio Peroba.
Este rio, em estado crítico, afeta o Rio Camboriú e, consequentemente, o oceano, prejudicando tanto a biodiversidade quanto a vida das comunidades locais.
A iniciativa buscou sensibilizar alunos do 2º ano do ensino fundamental da escola CAIC Ayrton Senna da Silva, de Balneário Camboriú, sobre a importância da conservação dos ecossistemas aquáticos, destacando seu papel vital na regulação do clima e no equilíbrio ambiental.
Por meio de uma abordagem interdisciplinar, os estudantes estudaram as causas e consequências da degradação ambiental e aplicaram esses conhecimentos em práticas de preservação (CARVALHO, 2005).
O projeto utilizou a metodologia STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática), promovendo atividades práticas e colaborativas, sendo o principal objetivo promover uma aprendizagem ativa e interdisciplinar, preparando os alunos para resolver problemas do mundo real de forma criativa e colaborativa.
Cada área contribui com uma perspectiva única para a formação de competências essenciais no século XXI, como pensamento crítico, inovação, e habilidades técnicas e socioemocional (BERGAMASCHI et. al., 2022).
Os alunos realizaram pesquisas nos laboratórios de Ciências, Informática e no Espaço Maker, onde criaram materiais educativos e desenvolveram propostas criativas para a recuperação do Rio Peroba.
A interdisciplinaridade permitiu que os estudantes explorassem as questões ambientais de forma ampla, aplicando conceitos de diferentes áreas do conhecimento em contextos reais. A integração de atividades práticas ao currículo escolar permite que as crianças desenvolvam tanto habilidades cognitivas quanto atitudes ecológicas.
A metodologia STEAM proporcionou uma abordagem inovadora para a educação ambiental, estimulando o pensamento crítico, a resolução de problemas e a criatividade dos alunos.
A conexão direta com o Rio Peroba, um recurso natural de importância local, facilitou o engajamento emocional das crianças, fortalecendo seu senso de responsabilidade ambiental.
O projeto integrou a educação ambiental com a metodologia STEAM, auxiliando na formação de sujeitos ecológicos comprometidos com a preservação dos recursos naturais.
Ao final, as crianças não só podem compreender a importância dos rios e oceanos para o equilíbrio climático, como também se tornam cidadãos ativos, engajados na preservação do meio ambiente.
O projeto buscou impactar tanto na formação dos alunos quanto na sensibilização da comunidade em relação à preservação do Rio Peroba e dos ecossistemas aquáticos.
Este trabalho foi uma colaboração entre o Laboratório de Ciências (professora Vanessa Bertolazi Simon), Laboratório de Informática (professor Odilon Honorato), Espaço Maker (professora Marjane Nava de Souza) e Adriana Costa Vieira ( professora Regente).
O prêmio que participamos visa premiar professores e gestores por fomentar a propriedade intelectual. Nós fomos agraciados com o primeiro lugar na região sul na categoria Planeta”.
(Divulgação/CAIC)