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Secretária da Educação esteve na Câmara Municipal “Não respondeu minhas perguntas”, disse o vereador que a convidou

Depois de alguns meses, a secretária de Educação Marilene Cardoso, atendeu pedido do vereador Nilson Probst e compareceu à Câmara de Vereadores nesta semana (26) para falar sobre vários assuntos, principalmente as ações de combate ao Covid-19 que vêm sendo realizadas pela Secretaria, junto das escolas e creches, como sanitização, centro de testagem focado nos profissionais da rede [localizado na Secretaria], formações sobre inteligência emocional, e mais recentemente (iniciou na quarta-feira, 27) a vacinação dos professores e servidores.

Os vereadores Nilson e Juliana Pavan questionaram sobre a alimentação dos alunos – que vêm sendo alvo de denúncias por parte da comunidade.

“Minhas perguntas não foram respondidas”

Nilson Probst disse que a secretária Marilene não respondeu nenhum de seus questionamentos acerca da alimentação – problemas que vêm sendo denunciados pela comunidade tanto para ele como para a vereadora Juliana Pavan.

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“Nos informam que a alimentação está muito ruim, que não tem iogurte, peixe, que há vários alimentos faltando. Ela [a secretária] rodeou, rodeou e não respondeu. Disse que estão se adequando, que tem licitação acontecendo… mas passou todo esse tempo, pandemia, e eles não se prepararam?”, pontua.

Probst aponta que questionou Marilene sobre as crianças que não estão indo para a aula [ensino híbrido ou 100% online, optado por algumas famílias] e que não estão recebendo o Kit Merenda.

“Ela também não respondeu. Perguntei sobre quantas vagas há hoje nos Núcleos de Educação Infantil para portadores de deficiência e ela também não respondeu. Eu falei pra ela, depois da sessão, que se eles não se adequarem, ela vai ser penalizada também, e falo isso porque quero ajudar. Ficamos sabendo de mil quilos de feijão e mil quilos de trigo que estragaram, assim como a situação do CIAD (Centro Integrado de Armazenagem e Distribuição), que foi alvo de fiscalização por parte da Vigilância Sanitária de Camboriú e que se não se adequassem seriam interditados. Minhas perguntas não foram respondidas. Perguntei sobre quem pagou, se realmente é verdade que falta comida e que tem alimento estragando, mas nada ela respondeu”, explica.

O vereador acrescenta que ficou sabendo que a responsável pelo controle dos alimentos que chegam no CIAD foi demitida nesta semana, o que o deixou de ‘orelha em pé’.

“A secretária Marilene foi bastante solícita, pediu que eu a visitasse. Quero ajudá-la, mas precisamos de informações. Não sei se ela não sabia responder ou então foi orientada a não responder… o ‘bê-á-bá’ ela respondeu, mas os assuntos delicados não. Ficou em aberto, por isso não considerei satisfatória a ida dela à Câmara”, completa.

“O problema da fome está em todo lugar, e em Balneário também”

A vereadora Juliana Pavan foi pessoalmente até o CIAD na terça-feira da última semana (18), onde foi recebida por um funcionário efetivo da prefeitura (identificado como Franciel), para saber se estava de fato faltando alimento. Lá, ela viu que tudo estava ‘muito bem organizado’ e que havia bastante comida, tanto no departamento da Educação quanto para a Assistência Social.

“Eu não podia ficar ‘fuçando’ em todos os corredores, mas tem muito alimento lá. Talvez eles possam ter se organizado porque sabiam que eu ia, marquei na sexta e fui na terça. Mas moradores que assistiram o posicionamento da secretária me falaram que talvez ela possa não estar sabendo da realidade, porque realmente está faltando comida nas escolas”, segue.

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Juliana diz que recebe constantemente reclamações sobre o Kit Merenda [para as crianças que não estão indo no presencial, com comorbidade ou por opção dos pais] e que não está sendo entregue em nenhuma das unidades de Balneário – ela tem provas disso, inclusive um print de uma mãe questionando uma gestora em um grupo de WhatsApp, e a resposta foi que eles não estão entregando o Kit.

“Ela disse que não receberam nenhum questionamento. Eu quase me levantei e mostrei o print. E a secretária fugiu da pergunta também, disse que estão fazendo trabalho para as crianças retornarem à escola, mas não foi o que eu perguntei, perguntei sobre a falta de alimento nas escolas. Ela disse que houve problema de licitação, mas precisa ser resolvido porque muitas crianças dependem da escola para se alimentarem bem. Servidores da Educação também nos relatam que isso está acontecendo, assim como pais. O problema da fome está em todo lugar, e em Balneário também, não é para mim que a secretária tem que prometer, é a comunidade que está esperando uma resposta”, afirma.

Segurança também foi pauta

Outro tema que Juliana abordou foi sobre a segurança nas escolas, mais especificamente sobre alarmes e travas elétricas nos portões. Segundo Juliana, nas últimas semanas a escola Ivo Silveira foi furtada três vezes.

“A secretária disse que estão vendo algo sobre inteligência artificial, mas servidoras me falaram que não procede, que ninguém está sabendo sobre. Junto da Secretaria de Segurança fui informada que as câmeras e alarmes de nossas escolas não funcionam… é revoltante, com a arrecadação que temos, a prefeitura ainda não ter investido nisso. Precisa ser feito algo sobre essa situação logo”, completa.

O que disse a secretária

Marilene disse ter ficado ‘muito feliz’ com a oportunidade de apresentar os resultados alcançados de janeiro até terça-feira por meio do trabalho desenvolvido por toda equipe de profissionais da educação municipal.

“Resultado esse que foi reconhecido pelos vereadores que aplaudiram de pé”, disse.

Referente aos Kits Merenda, a secretária informou que a equipe de Nutrição destaca o importante papel do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) como um programa de Segurança Alimentar e Nutricional e de caráter suplementar à educação.

“Mais que ofertar refeições que cubram as necessidades nutricionais dos estudantes durante o período letivo, o PNAE contribui para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de práticas alimentares saudáveis dos alunos por meio das refeições e de ações de educação alimentar e nutricional (Resolução n°6/2020). Referente à qualidade nutricional, acreditamos que, é na escola onde a criança recebe um cardápio variado, nesse sentido. A oferta do kit não é garantia de que o aluno consumirá uma refeição adequada nutricionalmente, pois não há o controle do que realmente é servido para as crianças em casa”, explicou.

Ela citou que muitos alimentos disponibilizados no kit podem não fazer parte do hábito alimentar da família, e portanto, não oferecido aos alunos, já a refeição preparada na escola garante o fornecimento de uma alimentação equilibrada, contemplando os grupos alimentares, respeitando a variabilidade e atendendo as necessidades do aluno referente ao momento em que este estaria na unidade escolar.

Segundo Marilene, a Secretaria de Educação juntamente com as equipes gestoras e as assistentes sociais estariam atentas e realizando acompanhamento dos alunos para identificar as famílias em vulnerabilidade social.

“As quais serão acompanhadas na Secretaria de Educação e encaminhadas para os programas da assistência social”, afirma.

A secretária negou a falta de alimentos nas escolas e creches e disse que ‘foram realizadas algumas substituições’, pois o processo de chamada pública da agricultura familiar sofreu atraso para ser finalizada.

“Em função de todos os trâmites legais devido a situação que o país vive na pandemia. Os itens que são contemplados pela agricultura familiar foram substituídos por outros para suprir as necessidades das unidades e atender o cardápio elaborado pelo Setor de Nutrição.

Nas próximas semanas as Unidades Escolares estarão recebendo os itens de agricultura familiar”, informou.

Situação do CIAD

Sobre o CIAD, a secretária Marilene enviou uma nota ao jornal, em nome da Secretaria de Administração, onde é citado que em 2019 a prefeitura recebeu um auto de infração da Vigilância Sanitária de Camboriú sobre a necessidade de adequações na climatização.

“Logo em seguida promovemos as adequações com a instalação dos equipamentos necessários, e recentemente teve uma nova inspeção, que confirmou a regularização. Inclusive, a Vigilância Sanitária elogiou o procedimento feito”, diz a publicação.

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