RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) – Atual vice-prefeito de Jundiaí, Gustavo Martinelli (União Brasil), 38, foi eleito prefeito neste domingo (27) ao derrotar o administrador José Antonio Parimoschi (PL), 58.
Martinelli recebeu 58,87% dos votos válidos, conforme o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), enquanto seu adversário teve 41,13% dos votos.
Mesmo sendo o mais votado no segundo turno, Martinelli ainda não está com a vaga de prefeito garantida. Ele depende de decisão da Justiça para assumir o cargo, pois está com o registro sob apreciação judicial por ter tido as contas da sua gestão como presidente da Câmara Municipal rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado.
Se até o fim do ano ele tiver uma decisão favorável, assume. Se for desfavorável, a legislação prevê a realização de novas eleições. E se até o fim de dezembro os processos não tiverem um desfecho, quem assumirá interinamente será o presidente da Câmara Municipal.
A eleição na cidade foi marcada por um racha na base governista, já que o candidato derrotado foi apoiado pelo prefeito Luiz Fernando Machado (PL), de quem Martinelli é vice. No primeiro turno, Parimoschi obteve 48,07%, ante os 43,34% de Martinelli.
Sem poder disputar a reeleição está em seu segundo mandato, depois de ter sido eleito em 2016 e 2020, Luiz Fernando deixou o PSDB pelo qual se elegeu e migrou no ano passado para o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro em cerimônia que contou também com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
Ali estava desenhado o cenário para a eleição deste ano, já que Parimoschi também se mudou para o partido de Bolsonaro.
Sem contar com o apoio governista, Martinelli se candidatou com uma coligação que incluía ainda o Agir, o Novo e o PMB, enquanto do outro lado Parimoschi foi apoiado por oito partidos (PSDB, Cidadania, PSD, PP, Avante, Republicanos e Podemos, além do PL).
O prefeito eleito entrou na vida política em 2004, aos 19 anos, quando candidatou-se a vereador pelo PSDB, mas não se elegeu. Nas três eleições municipais seguintes, em 2008, 2012 e 2016, sempre pelo PSDB, obteve uma cadeira na Câmara de Jundiaí.
Pelo partido, também foi candidato a deputado estadual em 2018, sem sucesso. Migrou para o DEM, pelo qual foi eleito há quatro anos vice-prefeito de Luiz Fernando.
Também disputaram o primeiro turno em Jundiaí Professor Higor Codarin (PSOL), que obteve 4,93% dos votos válidos, Ricardo Bocalon (PSB), 2,49%, e Silas Feitosa (PRTB), 1,17%.