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Adriana Alcântara, bailarina e coreógrafa fala sobre sua realização na escola que completou três décadas

Em novembro de 1993, a bailarina, professora e coreógrafa Adriana Alcântara, com 22 anos, inaugurou uma escola que tornou-se referência em diversas modalidades de dança em Balneário Camboriú e em Santa Catarina. 

Neste mês de novembro de 2023, o Studio de Dança Adriana Alcântara comemorou 30 anos.

Adriana é graduada em pedagogia pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e Pós-graduada em Dança Cênica com especialização no Jazz Dance pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). É formada pela metodologia para professores de balé clássico da Escola Nacional de Ballet da República de Cuba, ministrado pela renomada Maestra Ramona de Saá Bello – programa aplicado no seu Studio, com a realização de exames anuais entre suas bailarinas e mestres.

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(Foto Alceu Bett)

Em união estável com Roberval Jensen e mãe de Ana Luiza Alcântara de Melo, 16 anos, que segue os passos da mãe, é a entrevistada do Página 3, para falar sobre uma história de sucesso reconhecido.

Acompanhe:

JP3 – O Stúdio Adriana Alcântara comemorou 30 anos em Balneário Camboriú. Como começou esta história?

Adriana – Essa história começou na garagem da casa dos meus pais, com um sonho de ter um espaço voltado exclusivamente a aulas de dança. Comecei muito jovem e posso dizer que fui aprendendo e evoluindo com meus alunos sempre buscando a formação e aperfeiçoamento na área fui crescendo e aprimorando meus conhecimentos conforme os alunos também evoluíam.

Adriana comemorando 30 anos de Stúdio (Foto Dalla Noras)

Em 1994 fui a NY em busca de conhecimentos, uma experiência muito importante para minha carreira que abriu horizontes e caminhos para minha evolução como professora e coreógrafa. Em 1999/2000 fiz minha pós graduação em Dança cênica na Udesc, visando sempre o cuidado e o conhecimento para trabalhar  com os alunos. A vontade de buscar e aprender sempre me motivaram muito, minha primeira formação é em Pedagogia na Univali.

Com a equipe na comemoração dos 30 anos (Foto Dalla Noras)

JP3 – Desde quando a dança faz parte da sua vida? Ela surgiu por vocação ou curiosidade mesmo?

Adriana – Desde pequena sempre fiz aulas de dança com diversos profissionais que vinham para lecionar em BC iniciei no ballet  clássico. Quando adolescente participei de um Grupo de Dança que ensaiava na academia ritmo- grupo pose, na época dirigido e coreografado por Joel Raio (in memoriam) esse grupo era formado por meninas talentosas que eram selecionadas dentro da academia, viajamos muito e participamos de eventos e festivais, nesse grupo fiz amigas que tenho convivência até hoje. Posso dizer que esse grupo foi o precursor de levar a dança que era feita aqui em BC para o Brasil e também a alguns países do Mercosul. 

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(Foto Alceu Bett)

JP3 – Como foi a sua trajetória como bailarina?

Adriana – Fiz ballet clássico quando pequena até os 14, 15 anos, quando conheci a modalidade jazz dance, na época era o lançamento do filme Flash Dance, me apaixonei pela energia e dinâmica das aulas e  coreografias. De lá pra cá não parei mais de buscar profissionais e estilos diferentes dessa modalidade. Quando fiz minha pós graduação desenvolvi em minha monografia um estudo dessa modalidade. Como bailarina dancei muito em festivais e eventos pelo Brasil e Mercosul. 

JP3  – Desde quando tornou-se coreógrafa?

Adriana – Minhas investigações coreográficas começaram de forma bem lúdica, fazendo coreografias para as escolinhas que dava aula e academias que lecionava, comecei a dar aulas muito cedo (18 anos) e com isso a necessidade de uma aprofundamento na arte de coreografar me fez buscar cursos em várias áreas desde a composição coreográfica, iluminação até chegar aos estudos na minha graduação. 

Fui inicialmente fazendo instintivamente minhas pesquisas coreográficas, no inicio escolhia uma música que fosse adequada à faixa etária dos alunos e desenvolvia uma coreografia para as apresentações. Com o estudo e cursos fui me aperfeiçoando em composição coreográfica para buscar caminhos e aprimorar a criação. Não existe uma fórmula certa para a criação de uma trabalho coreográfico, ele pode partir de uma proposta para depois achar um música, ou ao contrário. Muitas vezes pesquisando ouvindo uma música vem o insat de uma proposta coreográfica uma temática interessante…meu instrumento de trabalho é o corpo dos meus alunos, procuro ter muito cuidado e respeito para que durante o processo de investigação de movimentos não tenhamos lesões, a experimentação de movimentos aliados à técnica específica que cada modalidade necessita é a parte que tenho sempre uma atenção especial para preservar meu aluno. 

JP3 – Quais são os primeiros ‘passos’ para tornar-se um profissional da dança?

Adriana – Eu diria que o primeiro passo para um profissional da arte em nosso país e a persistência, não é fácil… diria que é para os fortes, como em qualquer área, a busca insistente pelo conhecimento acredito ser um passo muito importante para você trilhar um caminho correto e que venha a se orgulhar. A arte de ensinar é coisa séria, requer muito estudo e preparo, além de que você tem que ser apaixonado por aquilo que faz o caminho mais leve, se realmente nos realizamos naquilo que fazemos.

(Foto Dalla Noras)

JP3 – Como era e como evoluiu esse mercado em Balneário Camboriú?

Adriana – O mercado da dança desde 1993 até aqui segue em uma constante crescente, hoje temos vários espaços que trabalham a arte da dança, temos um Teatro na cidade que facilita a formação de platéia e a produção local. Lembro de um tempo que para fazer um espetáculo, tínhamos  que montar palco, coxias fazer tudo para conseguir deixar os espaços adequados para que os bailarinos tivessem realmente a sensação de um palco, um espaço cênico adequado. 

Fizemos diversos eventos na cidade, o Balneário Camboriú Dança foi realizado por 11 anos consecutivos e com ele, fizemos uma grande mudança no olhar da nossa cidade para a dança, idealizamos um festival nacional de dança que trouxe muitos benefícios para os praticantes da dança, crescimento, aperfeiçoamento, além de contribuir para a formação de plateia, trouxemos  centenas de bailarinos e profissionais  de vários lugares do país, fazendo um grande intercâmbio entre bailarinos, contribuindo para o turismo da cidade e o crescimento cultural, um orgulho ter conseguido realizar estes eventos por 11 anos consecutivos. 

JP3 – Quais foram suas principais conquistas como bailarina?

Adriana – Como bailarina eu dancei em muitos festivais, com o meu Grupo de Dança viajamos e nos apresentamos em diversas cidades de Santa Catarina, Festival de Joinville e também viajamos para Argentina, Paraguai, para participar de um projeto que divulgava nossa cidade nesses países do  Mercosul.

JP3 – É fácil aprender a dançar? Há uma idade certa para isso?

Adriana – Tem uma citação que amo que diz: No momento que uma criança consegue ficar em pé, ela dança, a dança é um movimento natural do ser humano, não existe idade basta você se permitir é uma atividade física completa.

Muitas são as modalidades existentes para a prática da dança, o que garante abranger um público amplo e diverso. É quase que impossível ouvirmos uma música e não mexermos o corpo, o que comprova ainda mais a sua popularidade e bem estar para quem pratica. 

JP3 – Quais são os principais benefícios da dança?

Adriana – 

  • Estímulo para o cérebro e para a memória. Os movimentos realizados no decorrer de uma dança trazem uma série de efeitos benéficos para o cérebro …
  • Combate a depressão. …
  • Melhora a postura. …
  • Tonifica os músculos. …
  • Favorece a perda de calorias.
  • Eleva a auto estima, porque aulas de dança trabalham a sociabilização, as aulas são coletivas compostas por alunos com pelo menos um interesse em comum escolhido. Progredir junto com as colegas, ensaiar para apresentações externas e compartilhar informações sobre a dança e adquirir conhecimentos técnicos e artísticos.

JP3 – Quais foram as principais conquistas do Stúdio até hoje?

Adriana – A maior conquista é manter um espaço na cidade por 30 anos…formar alunos passando esse amor pela arte da dança, e pensar na contribuição cultural que essa geração de praticantes da dança está deixando para cidade.

Além das conquistas de premiação de primeiro lugar e diversas classificações durante os anos de 2001 até hoje nas modalidades jazz e dança contemporânea, no maior Festival de Dança do mundo, o Festival de Dança de Joinville; participar de eventos internacionais, como Valentina Koslova em Nova Iorque, projetos da Disney Springs; ter minha assinatura coreográfica no espetáculo Madagascar do Parque Beto Carrero World e conquistar prêmios em diversos festivais com as mais diversas gerações de bailarinos que passam pelo Studio, mantendo um nível técnico  e artístico elevado.

Disney Performing Arts (Divulgação)

JP3 – Quantos profissionais já passaram pela escola?

Adriana – Durante os últimos dez anos cerca de 10 a 15 profissionais por ano, atualmente contamos com uma equipe de 13 profissionais, cada um especializado em uma área específica da dança. 

JP3 – Quanto tempo para formar um bailarino?

Adriana – A formação é de aproximadamente 8 a 10 anos para que o aluno passe por todos os níveis,  nossa escola conta com a Metodologia da Escola Nacional de Ballet de Cuba, uma das escolas mais importantes na formação clássico do mundo, os bailarinos da modalidade ballet clássico, prestam exames anuais com examinadora vindo de Cuba, para aplicar um teste e certificar os bailarinos graduando para o próximo nível. Somos a única escola com essa certificação na cidade e região. 

JP3 -Quais os principais bailarinos que já passaram pelo grupo ou que ainda fazem parte?

Adriana – Muitos bailarinos por aqui passaram e se formaram muitos hoje tem destaque nacional e internacional: Fernando Dalla Nora, Juliano Alcântara, Lurdiana Tejas, Tiago Weber e muitos outros que se destacam como professores e grandes profissionais da dança. 

JP3 – Quantos alunos frequentam o Stúdio hoje?

Adriana – Nossa nunca parei para fazer essa estatística, a cada ano centenas de bailarinos passam pelo Studio a cada ano uma recebemos mais praticantes e muitos permanecem, fazendo assim um crescimento sempre expressivo nos praticantes de dança. 

JP3 – Quantos professores trabalham no Stúdio? 

Adriana – Hoje temos uma equipe de 13 profissionais nas mais diversas modalidades, acho que o sucesso do Studio está na seleção e capacidade técnica específica de cada profissional. Temos um profissional especializado para cada modalidade, pois acreditamos que é quase impossível um mesmo profissional conseguir um aprimoramento para lecionar diversas modalidades com qualidade em conhecimento.

JP3 – Qual foi a melhor coreografia que você assinou nestas três décadas?

Adriana – São tantos trabalhos que enchem meu coração, posso destacar alguns que foram muito premiados: Puft, paft…puf, Entre Olhares, Evolução, Xote das Meninas, o Espetáculo Meu Sertão que coreografei com Caio Nunes e levamos para Disney em 2019, a coreografia do Madagascar Circus Show para o Parque Beto Carrero

Espetáculo Meu sertão (Foto Alceu Bett)

Não posso esquecer de falar de um projeto que desenvolvi com minha equipe e bailarinos e ganhou meu coração. Na pandemia idealizei o projeto Dançando por Balneário Camboriú, mapeamos diversos pontos turísticos da cidade e criamos  coreografias para serem dançadas nesses espaços, que foram gravadas e transformadas em um material lindo de vídeo dança. Dançamos na Ilha das Cabras, no heliponto, na passarela da Barra, na praia de Taquaras e muitos outros,  o projeto teve repercussão internacional sendo divulgado em vários programas de tv. 

Dançando por Balneário Camboriú, na Ilha das Cabras (Foto Dalla Noras)

JP3 – Planos, novos projetos…

Adriana – Em 2024 em janeiro estarei ministrando workshop em um evento em São Paulo, Energy Experience. Neste mesmo período estará acontecendo um super evento aqui no Studio, organizado pelo meu sobrinho Juliano Alcântara, o Summer Dance, com diversos profissionais nacionais e internacionais. Em maio de 2024 levaremos um grande espetáculo para os palcos da Disney com 25 bailarinos, mostrando a nossa dança para os palcos americanos. 

JP3 – Espaço aberto para o que mais considerar importante colocar…

Com a filha que herdou o dom da mãe (Foto Dalla Noras)

Adriana -Importante ressaltar que esses 30 anos representam um momento de extrema gratidão à minha família (aqueles que já não estão mais aqui em corpo, mas sempre em coração pai, mãe, mana)que me ajudaram a construir esse espaço; aos familiares que estão aqui, a mana Jucira e meus sobrinhos  Fernando, Juliano, que são profissionais maravilhosos da dança; minha filha que está trilhando um lindo caminho na dança; meu esposo Roberval, parceiro de todas as horas; minha equipe do Studio, professores, alunos e os pais maravilhosos que acreditam na dança como instrumento fundamental na formação de seus filhos; meus amigos queridos; as empresas que sempre me ajudam, investem e apoiam a cultura e a parceria desse jornal, sempre divulgando e nos ajudando na divulgação de todas as nossas ações e também à toda comunidade, que sempre apoia e prestigia nossos eventos e apresentações”.

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