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Balneário Camboriú
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Armandinho: “Eu queria ter um disco romântico e ecológico”

O cantor Armandinho é um ‘símbolo’ de Balneário Camboriú e região – mais especificamente da Praia Brava de Itajaí, que foi inspiração para muitos de seus sucessos. Atualmente, o gaúcho mora em Garopaba, mas ainda tem a Brava como sua eterna casa. Em meio a isso, surgiu a parceria com a marca local Santacosta, e nesta sexta-feira (27) ele lançou a quinta collab com a marca (saiba mais aqui). No lançamento, em evento fechado para a imprensa, ele conversou com o Página 3 e falou um pouco sobre amor, natureza, os fãs e política. Acompanhe.

JP3: São 12 camisetas nesta nova collab com a Santacosta, muitas peças para a alegria dos fãs. Pode falar um pouco sobre isso?

Armandinho: Esse encontro Armandinho e Santacosta deixou de ser um encontro só de mídia, de um verão ou dois. Já virou uma carreira. Nesse meio tempo a gente passou a ter a percepção do que a galera queria e do que gostam mais nas camisetas, quais são as músicas que pediam mais… músicas que faltavam em coleções estão vindo agora, outras que já foram e vamos mesclando. 

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Tem muito do momento que estamos vivendo também. Essa coleção está linda, foi a primeira que passamos a criar camisetas com motivos pessoais meus – o meu violão, a minha prancha… fugindo um pouco só da letra ou das músicas. Incrível, porque a Santacosta começou divulgando os nomes das praias catarinenses, dos nossos paraísos, e abraçou várias coisas, entre elas o meu trabalho. Está linda a coleção.

JP3: O12 é proposital, também é o Dia dos Namorados, o ensaio da coleção foi com a Carla, sua esposa, as suas músicas são também muito românticas…

Com a esposa Carla (Foto Osvaldo Pok)

Armandinho: Sim, eu sempre fui essa pessoa muito sensível, muito explosiva. Tive várias ondas. Mas entre isso sempre foi uma explosão de amor, de criatividade envolta do amor. Quando eu sofria, sofria, sofria igual um adolescente, mesmo já estando com 20 e poucos. Colocava música para sofrer. Sempre foi uma característica da minha pessoa e que eu acabei conseguindo passar essa forma de falar de amor sendo uma forma popular e ao mesmo tempo literária e eu acho isso bacana.

JP3: Você acabou de voltar da Europa, onde fez shows, e também está voltando a se apresentar pelo Brasil. Como tem sido voltar aos palcos?

Armandinho: Eu comecei a ir para a Europa em 2008, quando rolou o primeiro estouro nacional com ‘Desenho de Deus’, chegou lá. Toquei em um festival gigante, mas como era mídia teve o seu pico e depois caiu. Só que eu sempre ia lá, consegui ter a humildade de reduzir a minha banda para um formato pequeno e conseguir manter o fogo sempre aceso. Acho que a pandemia deu uma saudade de shows ao vivo, estou sentindo que ano que vem vou conseguir voltar para Portugal com a banda e com a estrutura toda. Mas sobre os shows aqui, eu estou um pouco tio e não faço mais do que três por semana (risos). Não dá, não tem como. O físico aguenta, mas a voz não entrega mais do que três. Me frustra, mas não posso. Não vou por ganância.

Armandinho está de volta aos palcos (Foto Miguel Schmitt)

JP3: O seu público é fiel, gosta das músicas clássicas… mas como está o ‘espírito criativo’? Há músicas novas vindo por aí?

Armandinho: Eu ando com uma eterna dúvida porque eu tenho a minha cabeça muito jovem, eu convivo com jovens, sou casado com uma menina praticamente… a gente vai se reinventando. Só que, cara, chega um momento que eu escuto do meu público ‘a gente não quer nada novo, a gente quer aquelas’. 

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Eu queria mudar o show, oferecer coisas novas e não, falam que se eu não tocar as de sempre, vão pedir o dinheiro de volta. Estava com um projeto de 10 músicas autorais novas, não vou lançar, porque acho que vai música fora. Vou lançar três músicas autorais novas por ano, só três. Vou colocar essas três novas no show, mas com aquela base antiga de sempre.

JP3: E o que você gostaria de mudar? Experimentar algo novo musicalmente falando…?

Armandinho: Eu acho que nesse meio tempo foram muitos anos de aprendizado, de convívio com a natureza. É o momento em que o oceano precisa de mais ajuda e apoio. A gente não pode se virar para o oceano e aplaudir uma piscina de plástico que constroem. Vai morrer todo mundo, as pessoas não se dão conta, acham que a prefeitura vai ali e vai tirar todo o lixo e não vai. 

Então, eu acho que eu queria ter um disco romântico e ecológico. Não um ecológico chato, mas com romantismo. Eu estava pronto para introduzir isso. Quando o oceano mais precisa, não podemos fingir que não está acontecendo nada. Esse trabalho ia ser uma continuação do ‘Eu sou do mar’, que é uma música minha que a galera curte para caramba.

JP3: Alguém muito próximo seu, que você ajudou muito no início, é o Vitor Kley, que agora está grande nacionalmente… como é para você ver isso? Lembrando do começo…

Armandinho foi grande incentivador de Vitor Kley (Divulgação)

Armandinho: Minha relação com o Vitor foi intensa quando ele era menino, estava descobrindo as coisas e acabava indo ali para a minha casa, ficava vendo a gente gravar e tal. Depois a vida levou ele para o rumo dele. A gente se fala, mas ele mora em São Paulo, e eu aqui em Garopaba. A gente não se vê mais como antes, só aquilo de ‘oi, um beijo, como está?’, mas o Vitor tem muito talento, né! Vai muito longe ainda. Quem me dera ter a idade dele para começar tudo de novo (risos).

JP3: Você fala bastante da natureza, do futuro… como você vê 2022 e as eleições?

Armandinho: Esse ano eu acho que já está definida a eleição e eu acho que só vou começar a me manifestar quando for para ajudar mesmo o meu candidato, e que ele esteja precisando. Eu acho que o resultado a gente já sabe, acho que a gente vai ter que retroceder muito na vida, as coisas que a gente conquistou a gente vai ter que conquistar de novo… e eu acho que essa mudança, mesmo que mude o presidente agora, não vai ser da noite para o dia. Eu sempre sou a favor do povo se conscientizar e ajudar o povo, e a gente vai cuidando do Brasil. Eu fico triste, porque o meu país é um país de tanta coisa bonita – é o país da festa, da arte, do futebol. Não sou a favor que se dê arma para o país da festa, entendeu? Eu acho que a gente gosta de tomar uma cerveja, o brasileiro gosta, e se você vai tomar uma cerveja, não tem que ter arma! Eu sou o ‘DesArmando’ (risos). Não vamos entrar em mérito de candidatos, vocês já devem saber qual é a minha preferência, mas… é isso!

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