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Balneário Camboriú

“Foi a maior conquista do esporte na minha vida”

Velocista Anny Caroline de Bassi, de Balneário Camboriú, sobre as conquistas no Mundial Universitário na China

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“Estar na final das quatro provas que disputei pelo país e conquistar medalha de prata no revezamento 4x400m, foi realmente a maior conquista do esporte na minha vida. Ainda não consegui dimensionar o tamanho da conquista e da história que o time do revezamento alcançou chegando em segundo lugar neste Mundial”, avaliou a atleta, de 25 anos, que neste Mundial representou a Univali, onde estuda Biomedicina.

Anny é tricampeã brasileira universitária nos 100m rasos e foi premiada como ‘Melhor Atleta Universitária da temporada 2022, em cerimônia realizada em março deste ano, em Brasília.

A 31a. edição dos Jogos Mundiais Universitários foi realizada em Chengdu, na China, de 28 de julho a 6 de agosto, com quase 10 mil atletas de 150 países. 

O Brasil conquistou 13 medalhas, das quais 7 de prata e 6 de bronze e a 37a.posição no quadro de medalhas.

O time Brasil, vice-campeão mundial (Arquivo Pessoal)

Anny disputou 100m e 400m rasos e os revezamentos 4x100m e 4x400m. Em todas as provas passou na fase eliminatória e na semifinal, mas não conseguiu fazer suas melhores marcas. 

Dois dias antes da competição, Anny caiu no treino, machucou o joelho, ficou ansiosa e preocupada com seu desempenho. Foi atendida por uma fisioterapeuta que aliviou a dor. A queda no treino pode ter contribuído no rendimento, mas o importante é que ela chegou em todas as finais que disputou.

Os resultados nas finais renderam o título de vice-campeã mundial no Revezamento 4x400m (junto com Letícia Lima, Marlene dos Santos e Giovana dos Santos); quinto lugar no Revezamento 4x100m; sexto lugar nos 400m rasos e oitavo lugar nos 100m rasos.

O time Brasil vice-campeão do revezamento 4x400m junto com as campeãs (Polônia) e o terceiro lugar (Suíça) (Arquivo Pessoal)

Na sua volta a Balneário Camboriú, a atleta conversou com a reportagem do Página 3 sobre esta experiência única e já anunciou que os próximos objetivos são o Pan-americano no final do ano e os Jogos Olímpicos de 2024.

Acompanhe:

“Um sonho realizado’

“Foi muito importante, me senti representando muita gente lá…Estou feliz, é um sonho que vem desde a infância, desde que comecei a treinar venho sonhando, a gente não sabe se vai chegar, mas não sabia se chegaria lá…mas sempre acreditei. Ao longo destes anos, vi muitas pessoas parando pelo caminho, porque precisaram trabalhar ou por que não tinham ou se lesionaram, então eu vi pelas redes sociais que muita gente viveu esse momento comigo, através de mim…talvez por não ter conseguido estar lá, mas viveu esta experiência comigo. Isso é gratificante”.

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“Tenho deficiência, mas conquistei meu lugar no esporte convencional”

Anny tem Síndrome de Poland com agenesia da mão esquerda (Arquivo Pessoal)

“Outra emoção que senti veio de pessoas com deficiência, porque eu sou uma pessoa com deficiência, apesar de não poder competir no atletismo do paradesporto, eu tenho deficiência. Então foi uma emoção muito grande, eu estar lá, conseguir esta medalha, apesar de não poder competir no paradesporto. Não é que eu nunca quis competir no paradesporto, porque sou uma pessoa com deficiência física, às vezes parece que não tenho uma deficiência física porque não estou no paradesporto…é um conflito meu…mas foi uma experiência muito legal, porque apesar de ter sido ‘negada’ dentro do paradesporto, eu consegui conquistar meu lugar no esporte convencional”.

“Experiência diferente de qualquer outra”

(Arquivo Pessoal)

“Participar deste Mundial foi diferente de qualquer outra experiência em competições que já tive, porque são quase 10 mil atletas de 150 países, disputando 18 modalidades, então é muito grande, se compara a uma competição de nível olímpico, em questão de infra-estrutura. Ficamos na Vila dos Atletas, que parecida um bairro, de tão grande, ali tinha  atletas do mundo todo, várias atividades de interação, refeitório com cozinhas de diferentes gastronomias do mundo, comida sempre disponível 24h por dia, transporte para se deslocar dentro da Vila, transporte que levava para outras competições não só para a sua, mas para outras que você quisesse assistir. Dentro da Vila, sempre de crachá, identificado como atleta,  treinador,  médico, terapeuta, as pessoas sabiam quem é quem. Tudo pensado para o atleta. Trabalharam no evento mais de 15 mil voluntários, todos muito receptivos e simpáticos.

“Divido a conquista com quem sempre acreditou em mim”

“É uma conquista super importante, porque eu estava lá não só por mim, também pelos meus pais, irmãos, pessoas com deficiência, treinadores, colegas de equipe, pessoas que estão sempre junto comigo, lutando, sonhando, acreditando em mim”.

“Os chineses queriam bater fotos com os brasileiros”

No Santuário dos Pandas  (Arquivo Pessoal)

“Tudo lá é muito diferente, eles são muito educados, receptivos. Andamos bastante de metrô para passear depois da competição, eles queriam sempre bater fotos com os brasileiros…As estruturas funcionam muito bem por lá, é tudo muito grande, à noite tudo muito iluminado, muito mesmo,  muita gente passeando de noite, mas o comércio fecha cedo…restaurantes fechados e muita gente na rua…

Não provei muitas comidas de lá..antes, por medo da competição e também porque passei mal comendo comidas habituais,  tenho estômago fraco, azia, gastrite ainda mais em competições e na Vila tinha restarantes com várias gastronomias, eu pegava o que era mais parecido com o nosso…O idioma mais falado depois do chinês é o inglês. Achei engraçado um costume deles, quando esperam em algum lugar, no metrô por exemplo, eles não sentam, ficam de cócoras, crianças, adultos, todos, muito diferente. Pontos turísticos, eles tem o maior shopping do mundo, conhecemos o Santuário dos Pandas, todos que estavam na Vila dos Atletas tinham direito a dois passeios gratuitos”.

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“Treinar para classificar para o Pan e para Olimpíada”

(Arquivo Pessoal)

“Estou bastante animada e com expectativa, sempre nos 100m e 400m, agora migrando um pouco mais para os. Meu foco agora são as próximas competições, principalmente me classificar para o Pan-Americano no final do ano e seguir trabalhando forte de olho nos Jogos Olímpicos do ano que vem. Agora quero, mais do que ,ir para a Olimpíada e poder viver uma experiência parecida com essa, ainda melhor e maior”.

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