O cantor Lucas Lucco acumula nove anos de carreira e é conhecido em todo o Brasil, com hits como ‘Mozão’, ‘Vai Vendo’, ‘Posto 24h’ e o mais recente ‘Vou Virar Peão’. Ele também vem investindo na carreira de ator, e estrela o longa ‘Rodeio Rock’, que será lançado em 2023.
Um dos lugares especiais para Lucco é Santa Catarina e a região de Balneário Camboriú, que sempre exalta quando vem fazer shows. Na última sexta-feira (11) ele esteve na SHED Club, na Barra Sul de Balneário, e conversou com o Página 3. Acompanhe:
JP3: O seu mais novo hit, ‘Vou Virar Peão’, é uma mistura do sertanejo com o funk. Esse ‘mix’ de ritmos vem fazendo sucesso, assim como os feats entre artistas, algo que você também investe…
Lucas Lucco: Eu sou o rei dos feats (risos) e misturar o funk com o sertanejo é uma parada que eu sempre acreditei. Eu nasci disso. ‘Princesinha’, com o Mr. Catra [falecido em 2018] foi a primeira música que fez sucesso primeiro regional e começou a ser nacional, e depois veio ‘Mozão’ (música com a qual ele estourou nacionalmente), mas ‘Princesinha’ fez parte dessa construção e foi uma parte bem importante, inclusive. Depois tive outras músicas com funk, uma que gravei inclusive em Balneário, com o MC Bin Laden, ‘Tá Tranquilo, Tá Favorável’. Agora experimentei essa nova sonoridade, um funk agro, que começou com Luan Pereira, Ana Castela… essa galera que veio do PR, MS, e está bem em alta. Acho que rolou uma química entre a nossa musicalidade, eu e DJ Chris no beat, tanto que ‘Vou Virar Peão’ foi a primeira música que lancei do meu novo DVD.
JP3: Você tem nove anos de carreira e agora está participando do seu primeiro filme… como foi a experiência?
Lucas Lucco: Gravar filme é bem diferente. É diferente da experiência de fazer novela, por exemplo (ele participou de produções como Malhação: Seu Lugar no Mundo, Rock Story, Sol Nascente, A Dona do Pedaço, e da série de comédia Os Roni). O filme é algo bem mais trabalhoso, mais intenso. O processo é bem mais lento também, você grava às vezes duas cenas por dia, dois minutos do filme leva o dia todo de gravação. O processo todo durou quase dois meses.
JP3: E o que o público pode esperar do filme?
Lucas Lucco: Vai ficar lindo! Realmente fizemos um ‘puta’ esforço. Vai sair no segundo semestre do ano que vem. Será uma comédia romântica, dirigida por Marcelo Antunez, e eu contracenei com a Carla Diaz. O filme é inspirado na obra ‘O Príncipe e o Mendigo’ e eu darei vida a dois personagens, Hero (um roqueiro falido) e Sandro (um astro do sertanejo), que são muitíssimo diferentes e ao mesmo tempo idênticos (risos).
JP3: O Brasil está muito em alta internacionalmente, com a cantora Anitta acumulando prêmios [ela foi indicada ao Grammy, na última terça, 15], levando a cultura brasileira para o mundo. Como você vê a importância da música nacional estar tão forte lá fora?
Lucas Lucco: Eu acho muito foda! Nós temos condição de levar o português para fora, e a Anitta está fazendo isso. Ela volta e meia coloca palavras, frases em português, nas músicas; e é incrível! Ela conseguiu colocar uma música [Envolver] no top 1 do mundo. Todo artista sonha… é muito legal, né! Eu acho bacana a gente estar chegando agora com mais força, ainda mais com as plataformas digitais, que democratizaram essa parada – todo mundo tem a chance de lançar música, em qualquer lugar no mundo, e estar ali, para qualquer um ouvir, basta chamar a atenção, ser diferente. Eu acho que isso [a música brasileira fazer sucesso mundialmente] só tende a crescer. Acho que a tendência é os artistas se juntarem cada vez mais, fazendo mais feats, entre músicos de países diferentes… eu acho que isso vai ser ainda mais presente.