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Dia dos Pais: Quais são os maiores desafios que eles enfrentam nestes novos tempos de criação?

Pai que troca fralda, dá banho, alimenta, leva ao médico, ao colégio, participa de reuniões de pais na escola, ajuda nas tarefas escolares, brinca com os filhos, algumas das tantas atividades que antigamente eram ‘exclusivas’ de mães, representam uma visível evolução nos dias atuais.

A sociedade vem acompanhando esses novos tempos e comportamentos, que precisam evoluir muito ainda, não é tarefa simples quebrar padrões que colocavam o pai como ‘provedor’ de recursos e a mãe como ‘cuidadora’ dos filhos, o que também ainda é comum de encontrar nos dias atuais. 

Por isso, apesar da sociedade olhar os pais com ‘outros olhos’, ainda existem muitos desafios, que continuam chegando com as mudanças socioculturais, a mulher no mercado de trabalho e mais ausente do lar, os novos arranjos familiares e outros avanços contemporâneos…

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Neste Dia dos Pais, a reportagem perguntou para pais experientes, pais de primeira viagem, pais de idades variadas: “Qual é hoje o maior desafio de ser pai? 

Acompanhe:

“Hoje já vemos os pais se envolvendo muito mais na construção com seus filhos”

Arquivo Pessoal

David Ricardo Prezzi, 31 anos, gerente de redes, pai da Nicole, 14, da Cecília, 6, e do Pedro, 2 – Antigamente, os pais não assumiam as responsabilidades da criação dos filhos de uma maneira igualitária, onde acabava a maior parte das responsabilidades ficando para a mãe. Claro, ainda temos muito que evoluir, mas hoje já vemos os pais se envolvendo muito mais na construção com seus filhos. 

Diferente da nossa infância, hoje nossos filhos têm acesso a tecnologia a todo momento, e um dos maiores desafios tanto na paternidade quanto na maternidade é saber usar isso a nosso favor. 

Na nossa casa, o acesso às telas é limitado, sabemos que não dá pra proibir, mas tentamos permitir o uso de uma maneira saudável. 

Nós procuramos ter atividades lúdicas, levar ao parquinho e fazer atividades ao ar livre no geral para ocupar o tempo deles de uma maneira mais saudável e fortalecer ainda mais nossos laços.


O maior desafio é continuar sendo ‘interessante’ para a filha

(Arquivo Pessoal)

Diego duSol, 37 anos, artista, é pai da Sofia, de 11 anos – “Em cada fase/idade da Sofi, eu percebo que é um desafio diferente. Hoje ela tem 11 anos, e o que eu percebo que é mais desafiador, é continuar sendo interessante para ela. Normalmente nessa fase da pré-adolescência, eles tendem a se afastar dos pais, pois se identificam mais com os amigos e menos com os “coroas” (ainda se usa esse termo? haha). 

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Por isso eu tento sempre demonstrar interesse pelos interesses dela, músicas, o que ela gosta de assistir, de ler. Poder ter um conteúdo para que possamos ter uma troca e uma boa comunicação. 

Entre outras coisas importantes num âmbito geral, como o problema das redes sociais, primeiras descobertas e etc”.


“A paternidade mudou demais”

(Arquivo Pessoal)

Flávio Junior Pavan, 50 anos, é corretor de imóveis e ‘paidrasto’ da Aline Müller Pasetti, de 32 anos – “Quando conheci minha filha ela estava completando 9 anos, e como qualquer criança tinha suas desconfianças, ciúmes da mãe, mas ao mesmo tempo estava em uma fase de praticar esportes. E como eu sempre gostei, comecei a acompanhar os treinos de handebol, de futebol, em casa brincava com bola de meia, ajudava com os trabalhos de feira de ciência, depois na adolescência pedia conselhos dos namoradinhos e do futuro, e com isso já estou ‘paidrasto’ há 23 anos. 

Se transformou em um amor gigante que não tem como explicar, e o orgulho que dá de ver aquela menininha se transformar nessa grande mulher que é hoje, sempre vibrando com cada vitória, continuo pegando no pé, sempre quero saber de tudo e ela sabe que se ela precisar pode estar aonde estiver que vou correndo ajudar, e sempre agradeço por ter a chance que ela e a mãe [a empresária Ciça Müller] me deram de ser pai. 

Vejo que a paternidade mudou demais, antigamente era aquela coisa de ‘pai é pai e mãe é mãe’ e tinha que fazer o que mandava, não tinha conversa, a cinta já comia solta (risos) e hoje os pais são amigos dos filhos; fora que a molecada está muito evoluída e antenada nas tecnologias, muito adiantada… acho que tudo está bem diferente”.


“Um misto de desafios para proporcionar os melhores exemplos”

(Arquivo Pessoal)

Diogo Dias Gamboa, 40 anos, técnico de atletismo, pai de Clara, 3 anos – “Ser pai primeiramente é algo muito gratificante e prazeroso, um misto de desafios constantes na busca de proporcionar os melhores exemplos e referências para minha filha. 

Hoje graças ao mundo digital temos muitas facilidades, informações e acesso a tudo na palma da mão, porém isso também gera um preço à criação dos nossos filhos, pois manter boas referências com um monte de informações que chegam a todo instante aos nossos filhos é um grande desafio. Manter princípios e boas condutas é o que prezo para que minha filha se torne uma pessoa que transmita e faça o bem, acredito que isso é o caminho para gerar um mundo melhor”.


“Mudança de cultura e presença na vida do filho, os grandes desafios”

(Arquivo Pessoal)

Douglas Costa Beber, 42 anos, diretor geral da Emasa, pai Pedro Lucca Lorensatto Costa Beber, 2,5 anos – “Eu acredito que o maior desafio da paternidade nos dias atuais seja a mudança da cultura do bater. 

Mudar o conceito e as atitudes de repreender a criança com a agressão física, tratando a figura do tapinha na bunda como forma de educação, quando na verdade é uma forma de agressão física.

Eu converso muito com a Giulia (esposa e mãe do Pedro) sobre isso. Essa cultura ainda está enraigada em todos nós. Mas, se queremos a mudança no outro devemos ser essa mudança. E para isso acontecer, nós lemos muito sobre o assunto, nos policiamos e mesmo em meio a todas as dificuldades, tentamos estabelecer o diálogo com o Pedro. Mas, não é nada fácil!

Para mim, pai de primeira viagem, essa mudança, aliada ao fato de saber que a presença é a maior demonstração de amor para um filho, são os grandes desafios dos dias atuais, em que vivemos sempre correndo e deixando o que realmente importa para depois.


“O conselho de um pai amigo vale muito mais do que o de um pai rígido”

(Arquivo Pessoal)

Eloir Carlos Ponath, 45 anos, Pastor da Igreja Luterana Martin Luther, pai de Alice, 13 anos e Lucas, 8 anos – “Lembro do meu tempo de infância, criado no sítio. Uma vida de liberdade! Corríamos e brincávamos por toda parte. Ao ir crescendo, íamos na escola, nos bailes e andávamos pela região livremente, de bicicleta, em trilhas e nas estradas.

Hoje em dia, especialmente na cidade, mas também em toda parte, temos que nos preocupar muito mais com a segurança. Não dá mais pra deixar nossas crianças e adolescentes terem toda a liberdade que tivemos no passado. Tentações, drogas, perigos de sequestros de menores e roubos são fatos. Desafios grandes para nossos tempos!

Além disso, no campo sentimental e relacional, nos tempos de hoje, vale muito mais um bom diálogo, muito conselho, paciência e, sobretudo, como pai, envolvimento na vida e no mundo dos filhos. 

É preciso viver o sentimento deles e sentir o que eles sentem. Do contrário, acabamos nos distanciando, mesmo convivendo diariamente.

Converse com seu filho, com sua filha! Pergunte sobre seus sentimentos, sobre seu dia; e apenas ouça, sem julgamento. Seja amigo acima de tudo. O conselho de um pai amigo vale muito mais do que o de um pai rígido”!


“Maior desafio hoje é saber onde erramos no passado”

Da esquerda para a direita, a neta Yule, Ana Carolina e Maria Fernanda; atrás, Lucas, Sylvia e Fernando (Arquivo Pessoal)
Com o primogênito, Cristiano (Arquivo Pessoal)

Carlos Cesário Pereira, 77 anos, advogado aposentado, pai de Cristiano, Sylvia, Lucas, Fernando, Maria Fernanda e Ana Carolina e avô de Yule “Penso que o maior desafio da paternidade nos dias atuais é exatamente saber onde, nós pais, erramos na educação de nossos filhos deixando-os tão afastados dos valores familiares, éticos e morais que nos foram passados pelos seus avós. Somente a partir daí será possível corrigir os rumos e evitar a catástrofe da degradação familiar, moral e social”.


“Hoje os pais têm desafios diferentes”

(Arquivo Pessoal)
(Arquivo Pessoal)

Wellington Fernandes, 47 anos, empresário e pai de Lorraine Cruz Fernandes, 26 e Lucas Cruz Fernandes, 23 anos “A criação dos meus filhos foi na mesma linha de criação que o meu pai me deu. Vejo que nos dias de hoje, os pais têm desafios diferentes, a liberdade e a facilidade tem levado muitos pais a não conseguirem educar seus filhos da maneira correta”.


“Ter um tempo com qualidade ao lado do filho”

(Arquivo Pessoal)

André Furlan Meirinho, 40 anos, administrador e vereador, pai de Adam Persin Meirinho, 1 ano e 6 meses – “Penso que o maior desafio da paternidade atualmente, é ter um tempo com qualidade ao lado do filho. Cada etapa da conexão entre pai e filho é única, e passa rápido. Por isso, procuro estar presente, aprendendo diariamente. Sem dúvida, o tempo é fundamental para essa que considero a maior missão que um homem pode ter”.

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