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Balneário Camboriú
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Enquete sobre a importância da dança na vida das pessoas

Bailarinos e artistas desta expressão corporal manifestaram suas ideias para lembrar o Dia Internacional da Dança

Instituído há mais de quatro décadas (1982) pelo Comitê Internacional da Dança (CID) da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), o Dia Internacional da Dança é uma oportunidade para lembrar e homenagear uma das manifestações mais antigas que existem. 

É uma expressão do movimento do corpo, que mexe com a mente. É uma manifestação das tradições culturais de todos os povos. É  uma ação que integra, que movimenta, que interage, que desperta sentimentos e que todos conhecem desde pequenos.

O dia escolhido – 29 de abril – é uma homenagem a um mestre do balé francês, Jean-Georges Noverre (1727-1810).

Waldir Coral e bailarinos (Foto Mayara Magalhães)

Em Balneário Camboriú, a data é lembrada através da Semana de Dança BC, uma realização da Câmara Setorial de Dança, da Fundação Cultural, com participação de artistas de todos os estilos. Ela é realizada neste final de semana, com várias atividades, entre elas, sete ‘flash mobs’ espalhados em locais públicos e uma mostra de dança no Teatro Municipal (clique aqui).

Semana da Dança de Balneário Camboriú: grupos de bailarinos surpreenderão o público em locais públicos

Na segunda-feira (29), a data será lembrada pelo Stúdio Adriana Alcântara (Rua 1926, 647) com uma aula gratuita de Jazz Dance, às 20h., ministrada pela coreógrafa e proprietária do Stúdio, Adriana Alcântara. Inscrições pelo link na bio do perfil do Instagram @studioadrianaalcantara.

Para falar sobre a data, o jornal Página 3 ouviu os ‘atores’ desta manifestação sempre animada para perguntar a eles: 

(Foto Alceu Bett)

Adriana Alcântara – Bailarina desde criança e ainda adolescente fundou o Stúdio Adriana Alcântara que no ano passado completou 30 anos. É coreógrafa e professora  pós graduada em Dança Cênica, com especialização em Jazz Dance e formada pela metodologia para professores de balé clássico da Escola Nacional de Ballet da República de Cuba.

“A dança emotiva, anima, nos provoca sensações indescritíveis e tem o poder de transformar  vidas. Dançar é uma terapia e emoção, traz o sentimento de liberdade.   Quando dançamos damos uma chance para o corpo de expressar aquilo que você não precisa dizer ou não sabe como falar. Dançar é libertador! Sentir a música através da alma e dançar como se não houvesse amanhã é a melhor forma de liberar todas as nossas boas energias para o mundo”.


(Foto Letícia Passos)

José Waldir Coral dos Santos (Waldir Coral) – Artista com mais de 30 anos de experiência, é sócio proprietário da Escola PraDança e diretor artístico e coreógrafo da Waldir Koral Cia de Dança.

“O dia 29 de abril foi escolhido como Dia Internacional da Dança para homenagear o mestre francês Jean-George Noverre que nasceu em 29.04.1727. Foi uma figura de extrema importância para a dança, ele escreveu uma série de cartas que mudaram as formas de pensar e fazer dança, e gerou as bases do balé clássico, como conhecemos hoje.

A data tem importância como espaço de mobilização dessa arte, para o aumento da visibilidade em torno da dança, e como forma de sensibilizar as pessoas sobre sua relevância. Não só as pessoas, mas também o poder público, na expectativa de atrair investimento para a área. Em nosso país ainda existe um preconceito muito grande em relação à dança, e a arte em geral, sua importância na vida das pessoas vai muito além do entretenimento, influenciando nos aspectos físicos, sociais, políticos e psicológicos.

Fortalece os músculos, trabalha a coordenação motora, estimula o cérebro, combate a depressão, promove socialização diminuindo o isolamento social, além de melhorar a autoestima, esses são apenas alguns dos inúmeros benefícios que a dança pode promover na vida das pessoas.

Para comemorar a data vamos participar de uma série de atividades juntamente com a Câmara Setorial de Dança de Balneário Camboriú que inclui aulas abertas, flash mobs, mostra de dança e a apresentação do nosso espetáculo “O Início, o fim e o meio” que apresentou como tema o pai do rock nacional Raul Seixas. No caso buscamos realizar um trabalho que saia da lógica de coreografias de três minutos com um tema que conduz toda a obra. Viva a Dança!”


(Arquivo Pessoal)

Fátima Folchini – Coreógrafa do grupo de dança da Terceira Idade Balanço das Ondas e Professora do Programa Maturidade Saudável da FMEBC, com turmas de ritmos e ginástica na praia

“Dançar é se libertar! Sonhe com os pés, dance com o coração! Dançar é a melhor forma de liberar todas as nossas boas energias para o mundo!”


(Arquivo Pessoal)

Roberta Prado Guimarães – Artista da Dança, professora, coreógrafa, bailarina, produtora cultural. Licenciada em Dança pela FURB, sócia fundadora da Escola PraDança, coreógrafa do Grupo de Dança Recriarte, bailarina da Waldir Koral Cia de Dança. Começou a dançar no início dos anos 90 na academia Gaya, com a professora Adriana Alcântara. Durante a minha formação fiz aulas de jazz, balé clássico, dança de salão, danças urbanas, sapateado e dança contemporânea. Atualmente leciono na Escola PraDança e no Colégio Recriarte.

“A Dança é como um grande guarda-chuva, um conjunto de ações para alcançar objetivos técnicos e artísticos, com foco no desenvolvimento saudável e autônomo do ser. Nas aulas de dança é possível desenvolver habilidades físicas e também sociais, já que estabelece relações entre os indivíduos. É possível por meio da dança alimentar as relações saudáveis, perceber o outro, o mundo em que ele vive e o seu lugar nele, perceber também a si mesmo, se conhecer, lidar consigo mesmo. Então a importância da Dança é possibilitar o desenvolvimento global do indivíduo, físico, psicológico e social por meio da arte”.


(Arquivo Pessoal)

Juliana Moreno Franco da Silva – começou a dançar com 12 anos no projeto Artenomia, na escola Presidente Médici. Há 15 anos segue a profissão da sua primeira professora Fátima Folchini. Atualmente é professora de dança na rede privada.

“A importância da dança na vida das pessoas vem de diversas formas. Ela ajuda na autoestima, na saúde mental, traz um mundo novo, inspira e encoraja. Faz a pessoa sentir sensações únicas. A dança alimenta a alma”.


(Arquivo Pessoal)

Bia Mattar – Dança desde os 4 anos de idade, é profissional da área há 45 anos; mestre em dança e produtora cultural. Proprietária do Escritório de Projetos da Economia Criativa. Membro da Câmara Setorial de Dança do Conselho Municipal de Política Cultural de BC; Vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura e  Coordenadora da Setorial de Dança do Estado de Santa Catarina

“A importância da dança na vida de uma pessoa se refere à busca do autoconhecimento, é estar em plenitude da consciência com seu corpo em movimento ao se expressar técnica, estética e poeticamente”.


(Arquivo Pessoal)

Sam Carvalho – Atua há mais de 20 anos na Dança em Balneário Camboriú e Região. Começou a dançar pelo CEAC Projeto Oficinas em 2001, ao terminar a faculdade de Educação Física onde ganhou bolsa extensão pelo Grupo de Dança Univali em Itajaí, retornou ao CEAC como professor, nos anos de 2014 a 2019, somando mais de 300 alunos atingidos. Com a Companhia de Danças Urbanas Elite Unit, nos seus 10 anos de existência, coordenou 70 adolescentes.

Hoje atua como Produtor Cultural, Arte-Educador no Palácio das Artes no bairro das Nações e gratuitamente na Fundação Cultural de Camboriú. É ativista das Políticas Públicas de Cultura LGBTQIAPN+ como Delegado Nacional de Cultura pelo estado de Santa Catarina, Conselheiro Cultural de Balneário Camboriú e Presidente da Câmara Setorial de Dança de Balneário Camboriú.

“A Câmara de Dança de Balneário Camboriú, formada por um coletivo de artistas da nossa cidade, organizou a 5a. Semana da Dança de Balneário Camboriú, que iniciou dia 22 com aulas gratuitas, política pública de cultura, espetáculo, FlashMobs e roda de dança. Encerramos segunda-feira (29), com a Mostra de Dança no Teatro Bruno Nitz. É um momento para reconhecer a importância da dança não somente como uma das primeiras artes, mas também como forma de expressão, comunicação entre culturas, um registro histórico e antropológico vivo sobre a existência através do movimento humano em nosso município”.



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