O verão e suas altas temperaturas é propício para a propagação de pragas urbanas, como ratos, baratas, carrapatos (que afetam principalmente os cães, por isso é preciso muito cuidado em casa) e caramujos, fora as pombas, que circulam por toda a cidade durante todas as estações e podem transmitir doença. A veterinária Vera Suzana, do Centro de Controle de Pragas Urbanas (CCPU) de Balneário Camboriú, conversou com a reportagem do Página 3 sobre o assunto. Acompanhe.
.
Roedores e baratas
Segundo a veterinária, no final de 2021 e neste mês de janeiro as principais ocorrências atendidas no Centro foram relacionadas à roedores, devido ao aumento do lixo.
“Atualmente está bem controlado, mas tivemos muitas solicitações envolvendo ratos e baratas, devido o aumento do lixo nos últimos dias do ano de 2021 e nos primeiros de 2022, e isso está totalmente atrelado à higiene, por isso recomendamos que as pessoas tomem cuidado na hora de ensacar seu lixo, para que não haja vazamentos e assim não sejam atraídos roedores e outros animais, mantendo o lixo no local adequado e também cuidando com a higiene dos jardins. A limpeza ajuda muito”, explica.
Carrapatos
Carrapatos também são bastante comuns nesta época, e há áreas com problemas pontuais, como nos costões das praias.
“Colocamos placas informando moradores e turistas sobre a presença de carrapatos”, diz.
Porém, também é comum carrapatos em quintais de casa, e tutores de cães devem ficar atentos, porque o parasita transmite a doença do carrapato, que tem cura, mas se não tratada pode ser fatal. Há diversos produtos específicos para se livrar do parasita de forma segura e eficaz, disponíveis em pet shops, além de em casos extremos ser aconselhado dedetização completa.
Caramujos
.
Sobre os caramujos, Vera lembra que é preciso atenção, porque não é recomendado utilizar sal, técnica difundida por muitos como uma forma de acabar com a presença dos animais.
“Tivemos muitas ocorrências entre novembro e dezembro, e em cima disso trabalhamos na questão da educação ambiental, distribuindo informativos para a comunidade. Por exemplo, se há proliferação em um terreno baldio, distribuímos materiais pela vizinhança. A maneira correta de retirar o caramujo é com a mão, envolta em saco plástico. O sal não é recomendado porque você vai salinizar o seu terreno e nada mais vai crescer ali”, comenta.
Pombas
As pombas são uma das maiores ‘preocupações’ do CCPU, alvo de um trabalho intenso e constante.
“Fazemos educação ambiental junto das pessoas tentando modificar o comportamento daquelas que alimentam os pombos, que acham que estão fazendo algo positivo, e a alimentação é um dos principais problemas. Se há alimento, as pombas permanecem no local, como na praia central”, conta.
Segundo a veterinária, também há prédios pela cidade que ‘favorecem’ a permanência das aves e de seus ninhos, e nesses casos o Centro dá dicas de medidas corretivas para que seja possível modificar a arquitetura do edifício e assim impedir que os animais fiquem nesses lugares.
“Mas o principal problema é o pessoal alimentar mesmo, e hoje não há uma política punitiva nesse aspecto e muitas pessoas não sabem os riscos que os pombos transmitem”, completa.