A Fundação Municipal de Esportes de Balneário Camboriú (FMEBC) oferece atualmente 18 escolinhas gratuitas em horários e locais que variam conforme a modalidade e o bairro. Elas são frequentadas por aproximadamente mil alunos entre crianças e adolescentes, mas esse número pode variar conforme o período e a demanda por modalidade.
As atividades ocorrem de segunda a sexta-feira, nos períodos matutino e vespertino, em ginásios, escolas, campos de futebol e centros comunitários.
As modalidades são: atletismo, basquete, bocha, boxe chinês, futebol, futsal, ginástica rítmica, handebol, jiu-jitsu, judô, karatê, kickboxing, luta olímpica, taekwondo, voleibol, vôlei de praia, skate e xadrez.
O presidente da Fundação Municipal de Esportes, Diogo Catafesta, disse que as escolinhas mais procuradas atualmente são as de voleibol, futsal, futebol de campo e artes marciais.
“Por exemplo, o vôlei conta com aproximadamente 150 alunos e já revelou talentos que foram pré-convocados para a seleção catarinense”, disse.

Organizadas por faixas etárias e categorias específicas, há turmas para crianças de 7 a 16 anos no futebol de campo, e categorias como Sub-10 e Sub-11 no vôlei, por exemplo.
“A maioria das escolinhas é direcionada para crianças/adolescentes, com o objetivo de promover a iniciação esportiva e o desenvolvimento de habilidades desde cedo”, afirmou o presidente. Ele acrescentou que embora o foco principal sejam crianças e adolescentes, a Fundação também oferece atividades para adultos, com a participação em eventos como os Jogos Abertos da Terceira Idade (JASTI), que incluem modalidades como dança e bocha para a população idosa.
Futuros campeões

As escolinhas podem revelar futuros campeões e Balneário Camboriú tem muitos exemplos.
“As escolinhas desempenham um papel fundamental na formação de atletas, proporcionando a base necessária para o desenvolvimento esportivo. Basicamente, as escolinhas da FMEBC não apenas promovem a prática esportiva, mas também contribuem para o desenvolvimento social, disciplina e saúde dos participantes. A Fundação continua empenhada em expandir e aprimorar suas atividades, buscando atender cada vez mais a comunidade”, declarou Diogo Catafesta.
Escolinha com plano de continuidade é o caminho

A afirmação é do técnico Diogo Gamboa, do Instituto Atletismo Balneário Camboriú e Fundação Municipal de Esportes, que conhece bem o ‘caminho das pedras’, quando a escolinha é capaz de produzir atletas talentosos.
Dois exemplos de atletas de rendimento, treinados por ele, começaram nas escolinhas, participavam de eventos escolares: os velocistas Douglas Hernandes Mendes que disputou a última Olimpíada e Anny Caroline de Bassi, que já disputou campeonatos mundiais. Os dois já integraram várias seleções brasileiras e o técnico deles, afirma com segurança: eles são resultado das escolinhas com plano de continuidade.

“Não são somente Douglas e Anny, temos exemplos em diversas modalidades, em esportes de quadra, individuais, lutas e tudo parte do trabalho de iniciação que são as escolinhas que o município oferece. Hoje vemos com grande importância o trabalho da Fundação, visto que além destes já consagrados como Anny, Douglas e outros, temos sempre jovens talentos que vem despertando, como André Bessa na marcha atlética e semana passada, nossa atleta Nola, que venceu duas provas no Estadual Sub-12, Sub-14, mostrando que a fonte não seca, sempre estamos renovando e assim vamos mantendo Balneário um celeiro de grandes atletas de diversas modalidades, tudo partindo das escolinhas”, afirmou Diogo.

Ele acompanha o empenho da Fundação Municipal com as escolinhas há muitos anos e por experiência, diz que os atletas de carreira são fruto de um bom trabalho de iniciação.
“Salvo excepcionalidades de atletas que, com pouco mais idade, iniciam no esporte e já conseguem aderir ao rendimento com qualidade, mas senão tudo parte de uma construção segmentada por parâmetros que a iniciação vai colocando. Posso afirmar que a única chance de continuarmos tendo um esporte forte e vencedor é com olhar específico direcionado para escolinha com continuidade, não apenas a escolinha, mas ela deve ter um plano de continuidade, isso é o que nós buscamos. Não basta apenas descobrir talentos, levar atletas para os Jesc, Olesc, é preciso ter um plano de continuidade, como foi feito com a Anny e o Douglas e outros tantos, esse é um caminho que dá certo”, finalizou.