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Wimbledon adapta regras do branco para equilibrar tradição e conforto

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Foi só a primeira rodada de Wimbledon, e Victoria Azarenka e Linda Fruhvirtova já fizeram história. As atletas de Belarus e da República Tcheca foram as primeiras a aderir a uma importante e rara mudança de regras no torneio de tênis mais tradicional do mundo.

A partir desta edição, que começou na segunda-feira (3), o rígido código de vestimenta que determina que a roupa seja toda branca foi revisto, e mulheres podem usar shorts de cor escura por baixo do uniforme. Era um pedido antigo de tenistas que ficavam preocupadas em vestir cores claras durante o período menstrual. Azarenka e Fruhvirtova escolheram shorts verde-escuros em suas respectivas estreias.

“Foi algo bem pensado, porque há situações óbvias em que [jogar de branco] pode ser complicado e desconfortável”, disse Azarenka, ex-número um do mundo e atual 20ª do ranking da WTA, a associação internacional das tenistas.

Segundo os organizadores, o tema surgiu depois de conversas com as atletas, e a mudança foi aprovada por unanimidade no conselho da entidade que administra o campeonato.

“Acreditamos que este ajuste nas regras vai ajudar as jogadoras a eliminar uma fonte de ansiedade e permitir que foquem puramente a performance”, afirmou Sally Bolton, diretora-executiva do All England Club.

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A regra de usar branco vem desde o fim do século 19. Transpirar era considerado inapropriado, e uma roupa clara disfarçaria melhor as manchas de suor. O código de vestimenta em Wimbledon tem uma lista com dez pontos que explicam que até roupas creme são proibidas e detalhes coloridos –por exemplo, uma linha na gola da camisa– podem ter no máximo 1 cm de espessura.

Há décadas, tenistas alertam sobre a angústia que o branco pode causar. A lenda do tênis Billie Jean King já disse em entrevista que a geração dela tinha ansiedade em pensar que a menstruação pudesse “vazar” na roupa.

Coco Gauff afirmou que competir menstruada em Wimbledon no ano passado foi estressante e que a medida é um alívio. Campeã olímpica no Rio de Janeiro em 2016, Monica Puig já falou sobre o “estresse mental de jogar de branco em Wimbledon, rezando para não estar menstruada durante as duas semanas de competição”.

A jornalista Molly McElwee, que cobre esporte feminino para o jornal britânico The Telegraph, aprovou a decisão dos organizadores e disse acreditar que é possível equilibrar tradição e conforto.

“Todos gostam da tradição de Wimbledon, mas às vezes mudanças podem ser boas. É fundamental que as tenistas se sintam mais confortáveis em quadra. Elas poderão jogar em mais alto nível se não estiverem ansiosas por causa do período menstrual”, disse à reportagem.

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Como a nova regra determina que a peça de roupa escura seja mais curta que o short ou saia do uniforme branco, ela só é perceptível em situações específicas, por exemplo, na hora do saque.

“No caso da Azarenka, eu só percebi depois de alguns games. Por isso, mesmo que pareça uma mudança muito grande, e tem se falado muito sobre ela, na realidade, visualmente, não acho que nada [de tradição] tenha sido perdido”, afirmou McElwee.

O debate já ocorre em outros esportes. Neste ano, o calção do uniforme da seleção feminina de futebol da Inglaterra mudou de branco para azul, também a pedido das jogadoras.

Mas algumas tenistas ainda hesitam. A tunisiana Ons Jabeur, finalista de Wimbledon no ano passado, afirmou que só vai adotar shorts escuros se outras competidoras usarem, caso contrário “todo o mundo vai saber que você está menstruada”. Ainda assim, segundo, ela, “é ótimo que Wimbledon esteja tentando ajudar mulheres a se sentirem mais confortáveis em quadra”.

No primeiro dia do torneio, a minoria aderiu, com a reportagem contando duas jogadoras com shorts escuros entre as 60 que estiveram em quadra.

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“Acho que o uso não precisa ser apenas durante o período menstrual, porque outras jogadoras já falaram sobre como shorts brancos são transparentes, menos confortáveis. Acho que qualquer mulher que tenha que usar shorts brancos sabe como uma cor escura pode simplesmente ser mais confortável”, afirmou McElwee.

“A esperança é que, com o tempo, o uso se torne natural. Foi algo que virou o foco neste ano, todos estão de olho. Eu, por exemplo, estou contando quantas estão usando. Mas acho que nos próximos anos não será um fator importante, e a esperança é que as atletas possam seguir com suas vidas discretamente”, acrescentou.

No segundo dia de torneio, nesta terça-feira (4), a norte-americana Shelby Rogers e a atual campeã, Elena Rybakina, do Cazaquistão, usaram shorts escuros por baixo das saias brancas ao se enfrentarem na quadra central.

O britânico David Turner, que já foi diversas vezes a Wimbledon e estava entre os espectadores, defendeu o novo regulamento: “Tradições às vezes precisam ser quebradas, e regras, mudadas, porque este é o sinal de uma sociedade progressista –o fato de que se possa caminhar adiante, porque a sociedade precisa progredir”.

O torneio de tênis de Wimbledon vai até o dia 16 de julho. Os brasileiros Beatriz Haddad Maia, 13ª do ranking mundial, e Thiago Monteiro, 95º do mundo, estreariam nesta terça contra a cazaque Yulia Putintseva e o norte-americano Christopher Eubanks, respectivamente, mas as partidas foram adiadas por causa da chuva.

(LONDRES, INGLATERRA – FOLHAPRESS)

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