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Tensão cresce na Argentina após confrontos violentos na marcha dos aposentados

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BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – A Argentina vive o rescaldo daquele que foi o confronto mais violento entre manifestantes e policiais da era de Javier Milei, que recém-completou 15 meses na Presidência. Mais de uma centena de manifestantes foi detida, e, entre dezenas de feridos, há um fotojornalista hospitalizado na capital em estado grave de saúde.

Altos ministros do governo afirmaram a canais de TV que houve tentativa de golpe de Estado e culparam “grupos de esquerda” pela escalada de violência registrada na quarta (13), quando membros de torcidas organizadas de futebol (os “barra bravas”) se somaram a aposentados em uma marcha no Congresso pelo aumento das pensões.

A tensão pós-manifestação se estendeu até para os tribunais. Ao menos 114 pessoas foram presas por agentes federais e pela polícia de Buenos Aires, mas já nas primeiras horas da madrugada foram liberadas por um juizado penal que criticou a repressão e a prisão em flagrante.

A resolução da juíza de primeira instância Karina Giselle Andrade, enviada à reportagem, diz que as prisões “colocaram em jogo o direito constitucional fundamental de protesto e de manifestação na democracia e a liberdade de expressão em um dia no qual até os setores mais vulneráveis do país, como os idosos, participavam”.

A ministra da Justiça, Patricia Bullrich, no entanto, afirma que a centena de detidos será formalmente acusada na Justiça e poderá enfrentar penas de até 20 anos de prisão. Ela diz que a acusação se dará sob a nova Lei Antimáfias, que atua para punir membros de organizações criminosas com penas de 8 a 20 anos de detenção.

O caso de maior comoção nacional é o do fotojornalista Pablo Grillo, 35, atingido na cabeça por uma bomba de gás lacrimogêneo enquanto cobria o protesto nos arredores da praça em frente ao Congresso. Ele foi operado no final da quarta-feira e uma campanha por doação de sangue em seu nome foi organizada.

Seu pai, Fabián, disse que ele trabalhava de forma independente na cobertura do protesto e que toda a família também é formada por militantes sociais. A ministra Bullrich, na TV, disse que Grillo era “um militante kirchnerista [a esquerda de Cristina Kirchner]”.

O chefe de gabinete de Milei, Guillermo Francos, por sua vez, disse que a situação de Grillo foi “uma lamentável consequência”. O presidente não comentou.

O governador da capital, Jorge Macri (primo do ex-presidente Mauricio Macri), informou na manhã desta quinta-feira (13) que foram 25 manifestantes feridos, além de 20 policiais. Dois carros de patrulha policial e quatro motos foram destruídos, alguns, incendiados. Mais de 80 contêineres e lixo públicos foram destruídos. O custo para a cidade será de 260 milhões de pesos (R$ 1,4 milhão).

“A cidade sofreu uma tarde de violência de rua absolutamente inaceitável”, disse Jorge Macri. “Alguns delinquentes profissionais, que fazem da violência seu modo de vida, atacaram as forças policiais com pedras, paus, materiais incendiários e até com armas de fogo.”

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O protesto de aposentados no Congresso argentino ocorre todas as quartas-feiras, com poucas interrupções, há décadas. Mas ganhou força no governo de Javier Milei, quando essa camada social pagou um alto preço pelo ajuste fiscal do governo. Os aposentados estão praticamente na linha divisória da pobreza.

Neste mês, as aposentadorias ficaram em 279 mil pesos (R$ 1.525). Junto a um bônus de 70 mil pesos dado pelo governo, o valor chega a 349 mil pesos (R$ 1.900). Segundo a medição argentina, em janeiro (últimos dados disponíveis), um cidadão que ganha menos de 334,5 mil pesos (R$ 1.827) está abaixo da linha da pobreza.

Em outros protestos já da era Milei, houve repressão e cenas de idosos agredidos por agentes de segurança. O confronto escalou nesta semana quando membros de torcidas organizadas e agrupações de esquerda decidiram se somar à manifestação.

O último dia de violência semelhante à desta quarta-feira ocorreu em junho passado, também nos arredores do Legislativo argentino, quando os senadores deram luz verde para um pacote de leis de Milei para desregulamentar a economia, a chamada Lei de Bases ou Lei Ônibus. Na ocasião, cerca de 30 pessoas foram detidas, ao redor de 1/3 do número do protesto desta semana.

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