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Uma década sem Wando, o ícone do brega

“Você é luz/É raio, estrela e luar/Manhã de sol/Meu iaiá, meu ioiô”. Se você viveu no Brasil entre as décadas de 1980 e 1990, é praticamente certo que leu – ou ouviu – este trecho da música Fogo e Paixão no ritmo cantado por Wando, um dos principais nomes da música brega no Brasil, que nos deixou há exatos 10 anos, em 8 de fevereiro de 2012.

O cantor, lembrado também por “colecionar” calcinhas que suas fãs atiravam no palco ou por morder maçãs durante seus shows, vendeu mais de 10 milhões de discos em vida.

Nascido Wanderley Alves dos Reis, ganhou o apelido Wando de seu avô desde pequeno. Natural de Cajuri, no interior de Minas Gerais, foi criado em Juiz de Fora e também morou em Volta Redonda, no Rio, e em São Paulo, capital, quando jovem. Entre diversos empregos, chegou ser entregador de leite e de jornal, feirante e caminhoneiro. Fez aulas de violão erudito, mas encontrou seu apelo na música popular. Começou a ganhar os primeiros trocados com a música junto a seu grupo Os Escaravelhos, que tocava em bailinhos.

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As coisas começaram a mudar quando, vivendo na Rua dos Timbiras, no centro paulistano, foi apresentado ao crítico musical Antonio de Almeida, que o incentivou a mostrar suas composições a Jair Rodrigues. Já renomado, Jair gravou O Importante é Ser Fevereiro, o que marcou entrada de Wando no mundo musical.

Em 1975, a música Moça emplacou, impulsionada pela presença na novela Pecado Capital, exibida pela Globo. O disco de mesmo nome vendeu 1,2 milhões de cópias. Uma década depois, Chora Coração também chamou atenção na trilha sonora de Roque Santeiro. Ainda em 1985, quando o cantor beirava os 40 anos, surgiu o sucesso Fogo e Paixão.

A fruta icônica estava presente na letra de Gosto de Maçã (1989) e Mordida na Maçã (1995). Foi na época de Tenda dos Prazeres (1990), alusão à roupa íntima feminina, que começou a história do cantor com as calcinhas. O álbum de mesmo nome ainda trouxe Eu Acho Que Eu Estou Perdendo Você. A temática sexual estava presente em tantas outras canções, como Safada (1996).

Em 8 de julho de 1988, Wando disse ao Estadão: “o mundo está se esvaziando de modismos. Veja o rock e o pagode. Principalmente no caso do rock, os veículos de comunicação reforçam os modismos vindos do exterior. No caso da gente, que chamam de brega, fazemos um trabalho que atinge o ego do brasileiro. A música romântica bate forte em todo mundo. Eu falo da carência das pessoas, e o mundo inteiro é carente.”

O ícone do brega passou seus últimos dias em um hospital. Em 27 de janeiro de 2012, quando estava acima do peso e tinha uma vida sedentária, sofreu um enfarte e passou por uma angioplastia. Se recuperou bem por cerca de dez dias, mas acabou passando por uma piora e morreu em 8 de fevereiro.

O legado musical de Wando continua bastante apreciado. Apenas no serviço de streaming Spotify, o cantor soma mais de 317 mil ouvintes mensais atualmente. No YouTube, também é comum se deparar com visualizações na casa dos milhões em suas músicas.

(Por André Carlos Zorzi/AE)

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