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Apae de Balneário Camboriú precisa de ajuda urgente para reformar a sede e terminar obra do novo prédio

Defesa Civil esteve na sede atual que precisa de muitas reformas para continuar atendendo

A Apae de Balneário Camboriú fará 40 anos de atuação em novembro deste ano e 29 deles na atual sede, localizada na Rua 1926, que apesar de ser um prédio espaçoso necessita de reformas, pois está com infiltrações, banheiros com azulejos soltando, piso com desnível e rachaduras nas paredes. 

A sede pertence a associação, mas uma nova está sendo construída desde 2022, e serviria de apoio à atual, porém a obra está paralisada desde setembro do ano passado, com 70% pronta, por falta de verba.

A reportagem do Página 3 esteve nesta semana na Apae e foi acompanhada por Margid Rinnert Buckstegge, presidente da Apae; Gerusa Linhares, diretora financeira e Joyce Weber Santana, auxiliar administrativa, que mostraram a situação que o local vive. 

A nova, com obra parada desde setembro (Foto Renata Rutes)

Salas interditadas

Na sede atual três salas estão interditadas em consequência de danos no telhado, mas o dinheiro que a instituição tem hoje, não dá conta dessas e outras necessidades.

A Apae recebe auxílio mensal da prefeitura, mas para pagar os funcionários. O valor não pode ser utilizado em outras demandas. 

Existem gastos fixos que ultrapassam os R$ 70 mil/mês, por isso a a necessidade de apoio da comunidade e de empresas -como construtoras, que poderiam auxiliar na reforma ou a terminar a nova sede.

Pedágios

A Apae realizava pedágios, mas foram interrompidos supostamente por falta de apoio do público – o último arrecadou R$ 26 mil, valor inferior ao que era arrecadado antes, cerca de R$ 42 mil. 

Segundo a presidente Margid, antes a Apae conseguia mais pontos e voluntários para realizar o pedágio, mas na última vez foram impedidos de atuar em locais de grande movimento, como a Avenida Atlântica. 

“Com falta de pontos bons e número de voluntários não vale mais a pena. Já fomos ofendidos, nos mandam ir pra casa trabalhar, mandam pedir para o presidente da vez, Lula, Bolsonaro… Também fazíamos lanches e chás, mas está complicado, pois o lugar onde fazíamos (Infinity Blue) fechou. Veio a pandemia, atrasou muita coisa para nós”, falou a presidente.

Defesa Civil na área

“O caixa da Apae não tem muito recurso e não podemos usar e ficar sem recurso para emergência. Temos carro próprio, mas manutenção e gasolina é conosco. Agora surgiu essa emergência, a Defesa Civil veio na última semana, assustaram a gente falando de interdição, mas não foi interditado. Não podemos ficar sem a sede, mas também não podemos arriscar nossos alunos. Três salas fazem falta, assim como os banheiros. Hoje alunos de três salas estão em uma. A nossa piscina também deu problema e precisou ser esvaziada. Hoje atendemos 244 alunos, de bebês com poucos meses a idosos de 80 anos”, explica Margid.

Obra da nova sede parou

A diretora financeira, Gerusa, aponta que a sonhada nova sede, que era para ter sido finalizada em dezembro/2023, está na realidade parada desde setembro/2023 por falta de verba. 

Gerusa, Joyce e a presidente Margid (Foto Renata Rutes)

“Conseguimos fazer 70% da obra, poderíamos pedir aditivo de R$ 600 mil, mas não dá pra finalizar a obra, ainda assim faltariam mais R$ 300 mil. Desde 2020 pedimos apoio toda vez que tem emenda parlamentar. Quando pedimos o termo aditivo foi para o então governador, Carlos Moisés, mas precisava chegar em 70% da obra finalizada, que conseguimos chegar – então mudou o governo e o Jorginho Mello prometeu nos repassar, mas desde setembro/2023 estamos esperando e com a obra parada”, diz.

A Apae conseguiu apoio recente do vereador Lucas Gotardo, que repassou emenda de R$ 150 mil (está em trâmite), através do deputado federal Gilson Marques, e há ainda outra emenda tramitando, mais R$ 150 mil, do deputado Carlos Humberto. A emenda de Gotardo será utilizada para as demandas do prédio atual e a de Carlos Humberto para a obra da nova sede.

(Foto Renata Rutes)

“Já pedimos para vários deputados, enviamos ofícios e alguns nem retornam. Houve vereadores que nos visitaram e prometeram ajudar. O vereador Nilson Probst nos visitou nesta semana e ele também já nos repassou R$ 100 mil, através do Rafael Pezenti. Compramos o que necessitávamos na época para a obra, e ainda portão e ar-condicionado que estávamos sem”, relembra Margid.

Mais ajuda = mais atendimentos

A presidente comenta ainda que as duas casas são próprias, tanto a que precisa de reforma como a que está sendo construída. Uma fica de frente para a outra e ambas na Rua 1.926. Com as duas em operação, a Apae conseguiria ampliar os seus atendimentos e prestar com uma qualidade ainda maior. 

“Os atendimentos que fazemos são vários – oficinas, ecoterapia, fisioterapia, musicoterapia, coral, banda e fanfarra, psicólogo, assistente social, fonoaudióloga, temos duas médicas – neuropediatra e psiquiatra, professores, coordenadores, cozinheira, serviços gerais, recepcionistas, monitoras, motoristas. São 80 funcionários ao total, contratados pela Apae, pelo município e efetivos. Sem parceria não teria como funcionarmos. Muitos pais dependem da Apae. Se tivesse mais ajuda, conseguiríamos trabalhar melhor. Priorizamos o bom atendimento aos alunos, eles não podem ser afetados”, completa.


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