Através do Fundo Municipal de Turismo (Fumtur), a prefeitura de Balneário Camboriú deverá pagar R$ 250 mil para a realização do Carnaval de Rua, no lugar da produtora Take, que iria pagar o valor, mas agora teria decidido arcar somente com os 10 mil abadás.
A Take Produtora estaria desistindo do contrato, que prevê a realização do Carnaval da cidade e também da Arena Verão, montada no Pontal Norte.
O assunto é estranho, um dos patrocinadores disse ao Página 3 que pagou R$ 3,5 milhões à Take Produtora.
Foi publicado, na tarde desta sexta-feira (13), no Diário Oficial, o chamamento público da prefeitura de Balneário Camboriú para blocos carnavalescos e escola de samba (leia aqui: https://www.diariomunicipal.sc.gov.br/arquivosbd/atos/2023/01/1673636928_chamamento_carnaval_2023_extrato.pdf).
A assessoria da prefeitura informou que o secretário de Turismo, Thiago Velasques, irá se manifestar após um parecer da Procuradoria Jurídica, sobre a vontade da rescisão contratual por parte da Take.
Também através de sua assessoria, a Take confirmou apenas que os 10 mil abadás previstos no contrato estão garantidos, sem citar se os R$ 250 mil serão pagos – mas não devem ser, já que a prefeitura publicou o chamamento público.
O que diz a Liga Carnavalesca
O Página 3 conversou com o vice-presidente da Liga Carnavalesca de Balneário Camboriú, Evandro Rocca, que explicou que a questão da verba era uma negociação entre a prefeitura e a Take, e que a Liga e a Secretaria de Turismo estiveram sempre organizadas para fazer o Carnaval acontecer.
“Estamos prontos para sair na avenida e o Carnaval vai acontecer. A única coisa que altera é que quem ‘bancaria’ os R$ 250 mil seria a empresa, e agora tende a ser a prefeitura. Mas acreditamos que os 10 mil abadás prometidos ainda podem vir, e gostaríamos que viessem, iria nos ajudar muito. Enviamos alguns já e ficamos sabendo que teriam sido pagas uma ou duas parcelas com a empresa que está confeccionando eles”, disse.
Evandro destacou que possuem a garantia de que a verba virá, mesmo que tenha que ser através da prefeitura, como comumente acontece.
“Mas o que lamentamos é que a prefeitura não deve realizar os shows nacionais, que estavam no contrato da empresa, porque para nós é muito importante, já que qualifica ainda mais o nosso Carnaval e atrai mais turistas. Mas o que altera, é que a verba não viria da empresa e sim da prefeitura”, completou.