Embora integrantes do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú e Bacias Contíguas costumem anunciar que está próximo o início da construção do Parque Inundável, para reservação de água bruta, isso não é verdade pois faltam licenciamentos ambientais e dinheiro para pagar a obra.
Em novembro de 2019 uma estimativa -e não um estudo detalhado-, calculou que seriam necessários R$ 150 milhões para construir o reservatório, sendo dois terços deste valor para desapropriações e o restante para as obras de engenharia.
Para corrigir este valor não basta aplicar um índice de inflação, porque o mercado imobiliário de Camboriú, onde estaria localizado o reservatório, passou por expressiva valorização no período, portanto é razoável supor que a obra custe neste momento mais de R$ 200 milhões.
Na época, estimava-se que Balneário pagaria quase 70% da obra, mas o Censo 2023 mostrou que a população de Camboriú é 103.074 pessoas e a de Balneário Camboriú é 139.155, portanto a obra deve ser rateada em 60% para Balneário e 40% para Camboriú.
O dinheiro não existe, será necessário contrair empréstimo, efetuar algum tipo de parceria com a iniciativa privada ou concessionar o serviço, tudo isso sob escrutínio de duas câmaras de vereadores e outras dificuldades políticas.

Também há problemas de licenciamento, pois após quatro anos de trâmites foi obtida apenas a Licença Ambiental Prévia, faltando a mais complexa, a Licença Ambiental de Instalação.
Obtidas as licenças e o dinheiro, é necessário executar a obra, que deve demorar entre dois e meio e três anos.
O crescimento populacional acelerado, em especial de Camboriú, impõe a necessidade de reservar água bruta, para reduzir a insegurança de depender apenas do Rio Camboriú.