A comunidade da Praia dos Amores está se movimentando para pedir que a prefeitura de Balneário Camboriú desista de vender um terreno localizado na Rua Clarice Lispector com a Avenida Rui Barbosa, com área de 448,88 m². A sugestão é que o governo municipal faça no local um equipamento público, como praça, creche ou posto de saúde. O projeto da desafetação (Emenda N.º 1 ao Projeto de Lei Ordinária N.º 73/2022) estava em pauta na Câmara de Vereadores na quarta-feira (3), mas foi adiada a votação a pedido da comunidade.
O presidente da Associação de Moradores da Praia dos Amores, Valdir de Andrade, explica que o terreno, que é um polígono irregular, é conhecido da comunidade e que é ideal para construir uma creche, posto de saúde ou praça – equipamentos que hoje o bairro não tem.
“Ele é da prefeitura, estão desafetando para vender, e não ouviram a comunidade. Eram três lotes (um terreno na Rua 990, no Centro; um na Rua Dom Abelardo, no Bairro Vila Real; e um na Rua 971, também no Centro) no projeto original, mas na Emenda 01 apareceu o nosso lote polígono. Nos causou estranheza porque o vereador Anderson Santos nos visitou recentemente, falamos da intenção de fazer um dog park no terreno próximo da elevatória da Emasa, na Avenida Carlos Drummond de Andrade, através da Construtora Absoluta, pelo programa Adote Uma Praça, e falamos do polígono, que poderia ser utilizado pela prefeitura para instalar equipamentos para a comunidade”, explica.
Valdir foi na Câmara no fim da tarde de quarta-feira e pediu para os vereadores adiarem a votação. Na sexta-feira (5) ele terá uma reunião com o prefeito Fabrício Oliveira para tratar do convênio náutico (que trata da fiscalização de festas em lanchas – saiba mais aqui) e também falará sobre o terreno polígono.
“Não vamos permitir a venda dele. Se precisar, vamos entrar no Ministério Público, vamos nos manifestar… fizemos uma pesquisa e ninguém aprovou a venda dele. Queremos uma área de integração. Não tem um morador que defendeu a venda, todos estão pedindo para ser construído algo bacana para a comunidade”, acrescenta, questionando ainda por qual motivo a prefeitura quer vendê-lo.
“Para pagar folha de pagamento? Ou o valor seria investido no bairro? Aí poderíamos conversar, mas não acho que isso aconteceria. Esperamos que o prefeito entenda, porque é um pedacinho de terra que para a nossa comunidade representa muito”, pontua.