A temporada de verão em Balneário Camboriú inicia em dezembro e a Emasa ainda não tem uma definição de como será feito o tratamento de esgoto.
No verão passado, o sistema funcionou precariamente, causando mau cheiro permanente na Barra Sul e poluição na praia central.
A expectativa é que, se nada for feito, isso volte a ocorrer.
O diretor geral da Emasa, Douglas Costa Beber Rocha, disse ao Página 3 que está esperando uma resposta do Instituto do Meio Ambiente (IMA), para poder usar a lagoa de aeração, mesmo ela estando com problemas, sob o argumento de que é melhor com ela do que sem ela.
A lagoa polui o lençol freático e a Emasa firmou compromisso com o Ministério Público e o IMA, para sanar o problema, mas depois de três anos não conseguiu fazê-lo.
Pedir que o IMA autorize o funcionamento de algo que polui parece ser remar para o lado errado, mas a Emasa não tem muitas opções no momento.
Uma delas seria colocar uma manta de isolamento no tanque de aeração, mas isso já foi feito uma vez e não deu certo, causando pesados prejuízos aos cofres públicos.
Outro tipo de tratamento será construído, mas provavelmente não estará pronto antes do final de 2024.
IMA
Procurado pela reportagem, o gerente regional do IMA, Rafael Xavier, respondeu por escrito que:
“A solicitação de Licença Ambiental de Instalação (LAI) para execução de nova impermeabilização no tanque aerado da Estação de Tratamento de Efluente (ETE) Nova Esperança foi solicitada pela EMASA ao Instituto do Meio Ambiente (IMA) em 22 de setembro de 2023.
O IMA solicitou esclarecimentos quanto aos projetos apresentados pela EMASA. Desta forma, após a apresentação destas complementações, o IMA decidirá sobre a emissão da LAI, a qual autorizará o início das obras.
Ressaltamos que o IMA analisa todos os processos de forma responsável e célere para atender todas as exigências impostas pela legislação e o cumprimento do pleno controle ambiental para salvaguardar o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável no Estado de Santa Catarina”.