Os funcionários de presídios de Santa Catarina, policiais penais e agentes de segurança socioeducativos, pretendem se recusar a receber presos a partir desta terça-feira (20) em todo o Estado. O ato é contra a superlotação nos presídios catarinenses e a reforma da previdência proposta pelo Governo do Estado.
Uma reunião em Florianópolis acontecerá nesta terça-feira para definir a ‘dimensão’ da adesão.
O Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, que fica no Bairro Canhanduba, estaria superlotado: a penitenciária que tem capacidade para 1.160 detentos abriga hoje 1.523 homens; e o presídio, em vez de abrigar 696 presos, tem 1.129 detentos.
A situação se repete em todo o Estado e, por isso, o Sindicato dos Policiais Penais e Agentes de Segurança Socioeducativos, está liderando o movimento.
A partir das 14h desta terça-feira policiais penais e agentes de segurança socioeducativos pretendem montar um ‘acampamento’ com barracas em frente à Alesc, em Florianópolis.
O presidente do Sindicato, Ferdinando Gregório, disse que até o momento os pedidos da classe não foram atendidos pelo Governo de SC e ‘todos os meios de conversação e negociação’ estão ‘esgotados’. Por isso, partem agora para atitudes mais drásticas, para chamar a atenção de políticos e do governo.
A Polícia Civil irá realizar uma assembleia extraordinária para determinar quais medidas serão tomadas, mas policiais penais já se posicionaram a favor de não receberem mais presos a partir desta terça-feira.