O Instituto Federal Catarinense (IFC) está com as inscrições abertas, até o próximo dia 20 de outubro, para o processo seletivo de candidatos a usuários de cães-guia.
Para participar, o interessado deverá residir em Santa Catarina e estar inscrito no Cadastro nacional de candidatos à utilização de cães-guia (Chamada Pública SDH/PR 11/2014, publicada no DOU de 06 de agosto de 2014) e no Cadastro regional Sul (Chamada pública 107/2018, do Instituto Federal Catarinense).
Segundo o IFC, a formação de duplas será realizada pelo Centro de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-guia e Inclusão do IFC – Campus Camboriú. Até o momento, o Centro já realizou 44 entregas de cães-guia para a comunidade cega.
Saiba como se inscrever
As inscrições para o processo seletivo são gratuitas e feitas exclusivamente on-line, por meio do link disponível em: https://bit.ly/usuariocaoguia. O Centro não garante o cronograma e quantitativo de cães disponíveis, pois a graduação como cão-guia depende de critérios técnicos, de aptidão natural e física.
Como será feita a seleção
A seleção das pessoas com deficiência visual será realizada pela Comissão Técnica Interdisciplinar de servidores do IFC, com base nos critérios a seguir:
Etapa 1
Apresentação de informações e documentos dos candidatos (carteira de identidade e CPF; comprovante de endereço, comprovante de idade ou emancipação; declaração de condições financeiras; atestado de saúde e aptidão física; laudo médico; vídeo de orientação e mobilidade);
O candidato deverá residir na região em que se inscreveu há pelo menos um ano;
Idade mínima de 18 anos ou 16 emancipado;
Ter condições financeiras para arcar com os custos de manutenção do cão (alimentação, saúde, bem-estar e segurança);
Apresentar atestado de saúde e aptidão física;
O candidato deverá apresentar laudo atestando deficiência visual (cegueira ou baixa visão);
O candidato deverá enviar um vídeo para comprovar ter orientação e mobilidade, ou seja, ter a capacidade de deslocamento de forma independente, sem o auxílio de guia vidente. A gravação deverá seguir os critérios estabelecidos no edital;
Declaração de disponibilidade de tempo para ficar hospedado no alojamento do IFC, com custos por conta do candidato, exceto as despesas de alojamento.
Etapa 2
Após cumpridos os critérios acima, o candidato avançará para a etapa 2, composta por entrevista avaliativa on-line, com a Comissão Técnica Interdisciplinar. Em caso de necessidade, a Comissão poderá realizar visita domiciliar para entrevista presencial dos candidatos aprovados.
Etapa 3
Os aprovados nas etapas anteriores irão realizar o “Curso de formação de dupla”. Durante o curso, o candidato deverá ficar hospedado no Centro de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-guia e Inclusão, localizado no Instituto Federal Catarinense (IFC) – Campus Camboriú.
Durante o período de, aproximadamente, 30 dias, o candidato e o cão farão o curso de formação, acompanhados pelos treinadores e instrutores de cães-guia do IFC.
Para saber mais sobre o processo seletivo, confira o edital em: https://bit.ly/editalcaoguia. Quem tiver dúvidas, pode entrar em contato por e-mail com: [email protected].
IFC Camboriú discute fundação de Federação Ibero-Americana de Cães-guia
O IFC Camboriú é referência com seu Centro de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-guia e Inclusão. Na última semana, a instituição recebeu a visita de Alberto Calcagno, presidente da Escola de Cães-guia Fundappas, do Uruguai.
O presidente esteve no Centro de Formação para discutir sobre um futuro acordo de cooperação técnica para intercâmbio de material genético para aprimoramento do plantel de cães.
Segundo a coordenadora do Centro, Marinês Kerber, o intercâmbio é essencial para a manutenção de padrões físicos e comportamentais condizentes com a função de guia.
Ainda de acordo com a coordenadora do Centro, as duas instituições também estão consolidando a intenção de fundar a Federação Ibero-Americana de Cães-guia. “A ideia é que as escolas de formação de profissionais da área e também aquelas que trabalham exclusivamente com a formação de cães, tanto no Brasil quanto nos países da América do Sul, tenham maior representatividade perante a Federação Internacional de Cão-Guia (IGDF)”. Com a relevância da Federação Ibero-Americana, conseguiremos aprimorar a questão do intercâmbio genético e da adoção de protocolos-padrão na área”, finalizou a coordenadora.