O Instituto do Meio Ambiente de SC (IMA-SC) divulgou na sexta-feira (21) que 100% da Praia Central de Balneário Camboriú estava imprópria para banho (veja aqui). A coleta das amostras foi realizada na segunda-feira (17), quando choveu. A Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) contesta o resultado. Acompanhe.
“Nenhum esforço”
O diretor da Emasa, Douglas Beber, explica que através de laboratório credenciado no IMA-SC, foram realizadas coletas dois dias depois, na quarta-feira (19), com 100% dos pontos da Praia Central estando próprios para banho.
“O grande problema é que o IMA não faz nenhum esforço para tentar melhorar o serviço que presta. A orientação nas normas no site deles é de que nas próximas 24h ou até 48h após chuva forte, não se deve entrar no mar. Por quê eles fazem coleta 24h após chuva ou até mesmo menos de 24h após”, questiona.
Desserviço
Douglas cita que o IMA não faz nada para corrigir essa maneira errônea de coleta, que não é de hoje, e que acaba interferindo significativamente nos municípios litorâneos e consequentemente trazendo problemas até para o Governo de SC.
“A praia é o principal apelo turístico de municípios como Balneário, Itajaí, Bombinhas, Itapema e Porto Belo. As pessoas vêm justamente em busca de aproveitar as belezas naturais, quando o IMA faz uma análise sem entender essas características, essas peculiaridades, sem obedecer o que eles mesmos estão pregando para a população, prestam um desserviço para os municípios, pois as pessoas procuram informação nesse órgão”, aponta.
Balneário tem apenas um ponto impróprio
O diretor salienta que, na coleta da Emasa, realizada no último dia 19 por um laboratório que é creditado pelo IMA, a Praia Central apareceu 100% própria para banho.
“Inclusive o laboratório que faz as coletas para nós obedece mais normas do que o próprio IMA, já que não coletam em dia de chuva ou 24h após. Eu bato nisso há pelo menos quatro anos e a imprensa, inclusive o Página 3, há muito mais. Hoje o único ponto impróprio para banho em Balneário é a Lagoa de Taquaras, um ponto crítico há anos, que inclusive é monitorado com orientação do IMA para saber se vai se auto recuperar ou se precisaremos fazer alguma intervenção”, acrescenta.
Douglas disse que a prefeitura de Balneário espera que o IMA reveja a forma de coleta.
“É um desserviço, pois nós respiramos turismo e a população fica sem saber se acredita na Emasa ou no IMA. Enquanto o IMA estiver coletando independente de dia e hora, sem mudar como fazem a coleta, os dados sempre vão ser discrepantes. Esperamos que eles [IMA] sejam sensíveis e mudem a coleta, ou então nos autorizem a fornecer dados para eles”, finaliza.