Após o resgate bem sucedido de seis tripulantes que desapareceram no naufrágio de um barco pesqueiro, no litoral de Santa Catarina, a Marinha do Brasil intensificou a busca por outros dois desaparecidos, neste domingo, 18. De acordo com o comandante do 5.º Distrito Naval, vice-almirante Sílvio Luís dos Santos, relato dos sobreviventes resgatados dá conta de que os outros tripulantes teriam um bote e coletes salva-vidas quando desapareceram no mar.
O barco BP Safadi Seif levava oito pessoas quando afundou, no início da noite de sexta-feira, 16, a 130 km de Garopaba, na costa sul catarinense. Cinco foram resgatados num bote, no sábado e o sexto agarrado a salva-vidas, no domingo.
O barco naufragou após enfrentar condições adversas no mar, apesar dos repetidos alertas que haveria um ciclone extratropical.
Ciclone deixou ao menos 13 mortes no Rio Grande do Sul
A passagem do ciclone deixou ao menos 13 mortos no Rio Grande do Sul. Quatro pessoas seguem desaparecidas, todas em Caraá, município de 8,4 mil habitantes no litoral norte e um dos mais impactos pelas fortes chuvas e rajadas de vento.
Mais de 2,4 mil pessoas precisaram ser retiradas pelo Corpo de Bombeiros de residências, unidades de saúde e outros espaços.
A corporação registrou cerca de 1,7 mil ocorrências. Segundo a Defesa Civil do Estado, mais de 3,7 mil pessoas estão desabrigadas e 697 estão desalojadas.
Os óbitos foram confirmados nos seguintes municípios: Maquiné (três) e Caraá (três), no litoral norte; São Leopoldo (dois), Novo Hamburgo (um), Gravataí (um) e Esteio (um), na Grande Porte Alegre; e Bom Princípio (um) e São Sebastião do Caí (um), ambos no Vale do Caí.
Municípios do litoral sul de SC também foram afetados
Em Santa Catarina, a passagem do ciclone também impactou em diferentes municípios no litoral sul. Um dos mais afetados foi Praia Grande, onde moradores ficaram ilhados por mais de 18 horas até serem resgatados pelo Corpo de Bombeiros.
Segundo a corporação, ao menos 60 dos desalojados foram encaminhados para um ginásio local.