A obra da terceira ponte no Rio das Ostras [na Rua Maria Mansoto, no Bairro São Judas Tadeu] deve ser finalizada em 20 dias. O projeto original previa quatro grandes pontes, mas acabou não sendo necessário segui-lo, com a Emasa e a empresa responsável, Penascal Engenharia e Construção Eireli, optando por construir somente três.
A expectativa era que a obra custasse R$ 20 milhões e fosse finalizada somente em 2022, mas com as readequações ela será finalizada ainda neste ano e deverá fechar em cerca de R$ 6 milhões.
Duas etapas feitas no mesmo momento

O diretor-geral da Emasa, Douglas Beber, explica que a obra compreende a execução da limpeza das margens, dragagem e readequação de calha do Rio das Ostras, totalizando 2.820,00 metros divididos em sete trechos, e ainda a construção das três pontes – sendo que duas já foram finalizadas [uma entre as ruas Pedro Pinto Felipe e Sargento Mário Manoel Rodrigues, e outra na Rua Adaci Santos Gomes, ambas no Bairro da Barra].
“O projeto original previa quatro grandes pontes, mas acabou não sendo necessário fazer naquela proporção e optamos por fazer essas três, que são as principais. A ideia inicial era dividir as obras em duas etapas: a primeira seria a dragagem, desassoreamento e readequação da calha, e em um segundo momento faríamos as pontes, mas conseguimos identificar que seria possível fazer as duas etapas no mesmo momento”, explica.
Obra antecipada e com orçamento menor

Douglas aponta que optaram por fazer galerias que teriam a mesma vazão que pontes, com custo menor e obras muito mais rápidas de fazer.
“Se fossem duas etapas, terminaríamos só no final de 2022, que era a previsão inicial. A obra custaria R$ 20 milhões, mas com os ajustes e aditivos estará fechando em torno de R$ 6 milhões. Iniciamos no começo do ano e estaremos finalizando em 10 meses. Acreditamos que a obra da terceira ponte será finalizada em 20 dias, e a obra de limpeza deve avançar até outubro. Não adiantaria apenas limpar o rio, porque quando chove forte a água continuaria passando pelas pontes antigas e avançaria pela via”, acrescenta.
A situação do Rio das Ostras causa dor de cabeça para os moradores da região sul de Balneário Camboriú há décadas – e a expectativa de que com essa obra é que o problema seja ao menos amenizado.
“É uma intervenção muito solicitada, o rio estava muito abandonado. A comunidade está nos dando um retorno muito positivo, os moradores estão acompanhando de perto, muitos não imaginavam que faríamos algo dessa estrutura e tão rápido”, pontua.
Intervenções futuras podem ser necessárias
O diretor aproveita para lembrar que foi feito um pedido de licenciamento ambiental junto ao IMA, em 2020, quando a Defesa Civil de SC veio a Balneário e analisou com um lado que a obra do Rio das Ostras era urgente; após isso, o prefeito Fabrício Oliveira fez o decreto de emergência e as obras iniciaram no começo deste ano.
“Continuamos com um processo de licenciamento no IMA, porque na região há mangue e achamos muito delicado fazer uma grande intervenção ali sem ter análise de órgão ambiental. Há outras ações no rio que podem vir a ser necessárias. Quando finalizarmos a obra vamos seguir analisando a partir das chuvas que virão para saber se atingimos o resultado esperado. A partir dessa avaliação podem ser que venham a ser necessárias novas intervenções”, completa.