O professor da Universidade do Vale do Itajaí (Itajaí), André Barreto, é um dos dez brasileiros que representam o país na Reunião Anual do Comitê Científico da International Whaling Commission (IWC) – Comissão Baleeira Internacional, que acontece até 3 de maio, em Bled, na Eslovênia.
Cerca de 300 especialistas de quase 90 países participam desta edição, que discute temas relacionados às baleias e golfinhos, incluindo as estimativas populacionais mais recentes e a conservação das baleias francas do Hemisfério Sul.
A pauta central das sessões plenárias e discussões é a revisão do Santuário do Oceano Antártico.
Barreto explicou que as atividades são divididas em subcomitês diferentes e em cada um deles são tratados assuntos que vão desde a abundância, captura por populações aborígenes, poluição e diversos impactos que os seres humanos podem ter sobre estes animais.
“O objetivo da reunião é compilar as informações que vêm sendo geradas por pesquisadores do mundo todo para criar um relatório que sirva de base para a atuação política dos governos nas relações internacionais”, disse.
A delegação brasileira é liderada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) e inclui, além de pesquisadores, representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Barreto é biólogo marinho e doutor em Oceanografia Biológica. O professor leciona nos cursos de Ciências Biológicas, Oceanografia e no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da Univali. Esta é a quinta vez que o pesquisador representa o Brasil no evento.
Os resultados das reuniões dos subcomitês e das sessões plenárias serão entregues para representantes governamentais que irão se reunir em setembro no Peru. Neste encontro, serão abordadas as relações internacionais e os aspectos econômicos, além da conservação das espécies de baleias e golfinhos.
“O relatório que será gerado pelo Comitê Científico vai orientar posicionamentos e decisões da plenária da IWC, que é o momento em que os representantes dos governos se reúnem para tomar decisões ligadas ao uso e à proteção dos cetáceos. Nosso trabalho envolve colaborar com este processo, trazendo informações de qualidade e fazendo recomendações que entendemos que serão importantes para a conservação das diferentes espécies”, completa o professor.