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SC tem primeira representante presidindo a Comissão da Diversidade Sexual e Gênero da OAB Nacional

Margareth Hernandes quer implementar políticas públicas e de legislação que assegure direitos, por meio do Estatuto da Diversidade Sexual e de Gênero

No Dia Internacional do Orgulho LGBT, celebrado nesta terça-feira (28), Santa Catarina conduz pela primeira vez a Comissão da Diversidade Sexual e Gênero da OAB Nacional. 

A advogada de Florianópolis, Margareth Hernandes é a nova presidente da comissão, e um dos focos do seu trabalho no plano nacional é acompanhar e buscar a aprovação do Estatuto da Diversidade Sexual e de Gênero, que tramita como Projeto de Lei no Senado (PLS 134/2018). O conjunto normativo estabelece princípios, garante direitos, criminaliza atos discriminatórios e impõe a adoção de políticas públicas para a população LGBTI+.

Na última década este público conquistou importantes garantias e direitos, como a união estável, a adoção de crianças por casais homoafetivos, a permissão para alteração do nome e do gênero na certidão de nascimento diretamente no cartório, sem a necessidade de autorização judicial ou de realização de redesignação sexual ou hormonização (terapia hormonal), e a criminalização da homofobia e da transfobia. No entanto, todos os avanços são decorrentes de decisões judiciais proferidas pela Suprema Corte brasileira ou Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sem que estejam previstos em lei.

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“O Estatuto efetivamente vai consolidar nossos direitos, assegurando de forma efetiva o respeito à dignidade, aos direitos humanos, o direito à liberdade e à igualdade para a população LBGTI+”, destaca Margareth. 

A advogada preside desde 2013, a Comissão de Direito Homoafetivo e Gênero da OAB/SC, pela qual alcançou a projeção nacional. 

Em 2019, realizou o primeiro Congresso Nacional de Direito LGBTI+ em Santa Catarina, que durante três dias debateu temas de vanguarda sob o aspecto jurídico. Foi por intermédio do trabalho na Seccional catarinense que Margareth colaborou na elaboração do Estatuto da Diversidade Sexual e de Gênero, redigido por um grupo de juristas de todo o Brasil com a participação também de movimentos sociais. E, posteriormente, dos atos que promoveram a entrega da proposição no Senado e a sua defesa.

Mortes violentas

A cada 27 horas, uma pessoa LGBTI+ é morta de forma violenta no Brasil. O dossiê anual produzido pelo Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+ mostra que 316 pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexo foram mortas de forma violenta em 2021, um aumento alarmante de 33,3% em relação a 2020, quando foram registradas 237 mortes. 

Das 316 registradas no ano passado, 28 ocorreram na Região Sul, sendo 5 em Santa Catarina, 5 no Rio Grande do Sul e 18 no Paraná.

Os dados são do “Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil”. 

As principais fontes do levantamento são casos noticiados e/ou levados ao conhecimento de organizações que atuam na questão, com indicativo de que a estatística compilada ao final seja subestimada, ante a ausência de dados governamentais específicos sobre violência contra esse público (íntegra do dossiê aqui).

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O monitoramento mostra que desde 2019 as estatísticas de violência contra esse público só crescem, sendo que os crimes violentos representam 90,19% das causas dos óbitos relacionados à orientação sexual e identidade de gênero no País. 

O público mais afetado pelas mortes violentas é formado por homens gays, travestis e mulheres trans, em sua maioria, seguido por mulheres lésbicas, homens trans e bissexuais. 

O “Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil” é elaborado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) e Grupo Gay da Bahia (GGB).

Média de vida= 35 anos

Além disso, pesquisas realizadas há cinco anos pela ativista Bruna Benevides, que esteve no Congresso LGBTI+ em Florianópolis, mostram que a média de idade da pessoa trans no Brasil é de 35 anos. 

Bruna é mulher trans, se tornou conhecida depois de ser demitida do cargo de sargento na Marinha por causa da redesignação sexual, e hoje é referência no País na coleta e sistematização de dados e na defesa do direito desse público. O País também registrou em 2021 o assassinato da pessoa trans mais jovem do mundo, a cearense Keron Ravach, de 13 anos, morta a pauladas. 

“É inadmissível que essa população tenha ainda tamanha vulnerabilidade e invisibilidade. Essa violência precisa ser combatida e uma das formas é consolidando de forma legal nossas garantias e direitos na sociedade”, considera Margareth.

Conquistas & Direitos

  • 2011 > reconhecimento da união estável (Supremo Tribunal Federal – STF)
  • 2013 > Conselho Nacional da Justiça (CNJ) autoriza os cartórios extrajudiciais a celebrarem casamentos homoafetivos
  • 2015 > autorização da adoção de crianças por casais homoafetivos (STF)
  • 2016 > admissão e regularização do uso do nome social por decreto presidencial
  • 2018 > permitida a alteração de nome e gênero na Certidão de Nascimento, em cartório, sem necessidade de laudo médico, autorização judicial ou de ter havido redesignação sexual ou hormonização (STF)
  • 2019 > criminalização da homofobia e transfobia (STF)

Fonte –  Alvo Conteúdo Relevante

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