As pessoas que costumam frequentar o Cemitério Municipal da Barra somente no Dia de Finados vão encontrar novidades este ano.
A diretora de Patrimônio da Secretaria de Gestão Administrativa de Balneário Camboriú, Claudineia da Costa Wolff (Zezé) disse que em março ficou pronto o cemitério vertical que tem 377 lóculos, dos quais 80 ocupados. Ela citou a reforma na Capela, que foi ampliada, ganhou nova cozinha e novos banheiros e destacou a construção do cruzeiro entre as duas partes do cemitério. O cruzeiro não existia há mais de 10 anos e agora ganhou até iluminação cênica.
Falta espaço: ‘estamos respirando’, diz Zezé
Com a construção do cemitério vertical e com os três ossuários, além das cremações sociais, o velho problema de ‘falta de espaço’ no cemitério municipal, deu uma ‘acalmada’.
“Estamos respirando’, disse Zezé sobre o problema.
Ela acha que nos próximos dois, três anos a situação está sob controle, mas é preciso aproveitar este período para planejar o que será feito.
Cemitério vertical
“O cemitério vertical está com uma ocupação média baixa, porque muitos preferem usar os túmulos da família. Dos 377 espaços entregues em março, quase 80 foram ocupados em sete meses”, disse.
No vertical pode permanecer por 3 anos. Então é exumado e a família escolhe se quer colocar no ossuário individual ou no coletivo. Muitas vezes a família decide levar para o cemitério de sua cidade natal”, disse.
Desde meados de 2017 quando foram construídos os ossuários, foram feitas quase 700 exumações. Para exumar, tem todo um processo, começando pela autorização da família.
“A falta de espaço é geral, todos os cemitérios enfrentam esse problema. Ninguém quer perder seu túmulo na Barra, mas é preciso fazer manutenção. Quando ele é abandonado ou seja quem não faz a manutenção, será exumado com amparo legal e claro com autorização da família”, segue a diretora.
A Estação de Tratamento de Efluentes de Necrópole foi instalada no cemitério vertical, para fazer o tratamento correto ecologicamente dos resíduos e gases, provenientes do processo de decomposição dos corpos.
Cremações sociais
“As cremações sociais continuam, mas não é um serviço que prestamos sempre, porque muitas famílias não querem cremar por questões religiosas.
Somente neste ano foram feitas 52 cremações sociais. A pessoa é velada no cemitério ou em alguma igreja e depois o corpo é cremado em Itajaí. A empresa que venceu a licitação cobra R$ 970,00 e a despesa é por conta da prefeitura. Este benefício é destinado a pessoas de baixa renda ou que se encontram em vulnerabilidade.
É um procedimento simples, não há cerimônia especial de despedida, nem revoada de pombos. Por isso, as pessoas que têm condições preferem o Crematório Vaticano”, disse Zezé.
Cruzeiro&Velário
Mais de uma década depois, o Cemitério da Barra ganhou novamente um Cruzeiro, um espaço para acender velas e prestar homenagens. Zezé disse que o espaço era bastante requisitado e que ganhou uma iluminação diferente.
“À noite fica bem bonito, as pessoas estão até fotografando”, comentou.
Investimentos
Desde 2017, a prefeitura vem investindo em melhorias no Cemitério Municipal. Fez obras de drenagem para conter alagamentos, construiu três ossuários para abrigar os restos mortais dos túmulos abandonados e contratou uma empresa para fazer limpeza, manutenção, sepultamentos e exumações do cemitério.
Desde 2017, a prefeitura vem investindo em melhorias no Cemitério Municipal. Fez obras de drenagem para conter alagamentos, construiu três ossuários para abrigar os restos mortais dos túmulos abandonados e contratou uma empresa para fazer limpeza, manutenção, sepultamentos e exumações do cemitério.
“Me sinto feliz por todo trabalho realizado. Isso tudo só foi possível graças as ferramentas que nos foram disponibilizadas e a equipe de funcionários comprometidos que temos”, finalizou Zezé.