Santa Catarina registrou na noite desta segunda-feira 55 mortes por covid-19; mais 4.446 doentes e UTIs lotadas em todo o Estado, mas mesmo assim o governador Carlos Moisés cedeu à pressão da hotelaria liberando ocupação de 100% a partir de 21 de dezembro.
O argumento por trás da liberação é que os hotéis e pousadas podem oferecer maior controle sanitário do que outras formas de hospedagem.
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O maior problema da hotelaria não era o limite imposto pela covid-19 e sim a falta de consultas e reservas, o desinteresse das pessoas em viajar num país com a pandemia fora de controle e sem coordenação entre União, Estados e Municípios.
Nesta segunda-feira, a janela de reservas média no Brasil, o tempo decorrido entre o hóspede realizar a reserva e se hospedar, estava em 4,4 dias, ou seja, a decisão de viajar está sendo tomada quase de última hora o que deixa os hoteleiros à beira de um ataque de nervos por não poderem fazer previsão alguma.
Pior, a média de consultas para novas hospedagens, está no nível experimentado em março, quando a pandemia iniciou.
UTIs LOTADAS
O descontrole da pandemia continua mantendo as UTIs lotadas em toda Santa Catarina. Em Balneário Camboriú, sobram apenas dois leitos de UTI no anexo do Hospital Ruth Cardoso e no Hospital Marieta, em Itajaí, também restam apenas duas vagas.