A presença das conchas de várias formas e cores que estão chegando a praia tem chamado atenção, mas não é incomum, segundo a secretária do Meio Ambiente da cidade, Maria Heloísa Lenzi, pois a areia que está sendo dragada neste momento é a camada mais superficial do fundo marinho, e é neste local que existem conchas [detritos biológicos de moluscos e crustáceos].
De todas as formas, tamanhos e cores (Foto Patrícia Silveira) 
Muitas pessoas ‘catando’ na praia (FotoLuiz Carlos de Souza / NSC TV)
Nesses primeiros ciclos, é comum que elas [as conchas] venham junto. Conforme a draga for aprofundando, a areia fica mais purificada e as conchas desaparecem”, diz.
Muitas pessoas ligaram perguntando sobre o ‘fenômeno’ e leitores informaram ao Página 3 que a draga também está trazendo plástico para areia. A secretária disse que viu uma única garrafa no primeiro ‘jorro’ de areia, no domingo.
“Ela deve ter ficado no tubo, alguém pode ter esquecido, e como ficou na tubulação veio junto. Mas não tem nem como pegar plástico, são 35m de profundidade, é muito improvável que tenha, foi um evento muito pontual da própria obra”, acrescenta.
Heloísa também aproveitou para falar sobre a cor da areia, que tem gerado comentários por estar bastante escura.
“Quanto mais dragar, mais límpida e pura é a areia, esta que está sendo dragada também vai clarear. Nos perguntam quando, e isso não temos como saber. Ela precisa secar, ficar mais solta vai clarear com certeza, só precisamos de tempo. Estamos só no quinto dia de obra! Com o tempo, as coisas vão se acomodando e vão se adequar aos estudos. Estudamos muito a jazida e temos certeza da qualidade da areia, que é muito próxima do grão nativo”, afirma.
Uma empresa está acompanhando a obra 24h e seguirá após a finalização.
“São 21 programas que monitoram a praia o tempo todo, viram as conchas, monitoram a pluma de sedimentos que se forma ao redor da draga, coleta de água, de organismos marinhos, animais marinhos, tudo acompanhado de perto por biólogos e especialistas”, completa.