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Balneário Camboriú
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Projeto identificou pontos críticos de lixo nos costões de Balneário Camboriú

Limpeza não pode parar e ações educativas precisam entrar em cena urgente, diz oceanógrafo Everton Wegner

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Durante um ano, equipes do Laboratório de Mergulho Científico da Escola do Mar, Ciência e Tecnologia, da Univali, vasculharam 13 pontos do litoral de Balneário Camboriú, previamente demarcados, em áreas emersas e submersas, junto aos costões, capturando todo tipo de lixo encontrado.

(Divulgação/Projeto Univali)

O projeto ‘Identificação dos Pontos Críticos de Escape de Resíduos, Limpeza dos Costões de Balneário Camboriú e Quantificação dos Resíduos Coletados’ terminou em junho, mas o resultado foi apresentado à Secretaria do Meio Ambiente (Semam) esta semana.

A Univali foi contratada através de um chamamento público aberto pela Semam. 

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Plástico domina

(Divulgação/Projeto Univali)

A pesquisa registrou 15.654 itens. 

Desse total, 38% do material era plástico (sacos plásticos, tampinhas de garrafa, copo, embalagens, hastes de cotonete, entre outros), seguido de plástico espumoso (19%), vidro/cerâmica (18%) e material de pesca (11%). 90% dos itens estavam emersos. 

O material coletado pesou 1.229,42 quilos, 64% estava fora da água. Considerando apenas as coletas subaquáticas, predominou material de pesca (68%), seguido de plástico (18%).

“Limpeza sempre”

(Divulgação/Projeto Univali)

O projeto foi coordenado pelo oceanógrafo Everton Wegner. Ele disse que é importante dar sequência através de orientações e ações nas escolas e junto aos pontos mais preocupantes da orla.

“O lixo no mar é um problema mundial. Diversas ações vêm sendo feitas para conter a chegada do lixo ao mar e também para retirar o material que já se encontra lá. A Secretaria de Meio Ambiente tomou protagonismo e promoveu esse estudo para limpar e quantificar os resíduos em 13 locais da costa do município, tanto na parte emersa quanto na parte submersa destes locais”, disse o oceanógrafo.

(Divulgação/Projeto Univali)

A reportagem do Página 3 conversou com Everton sobre o projeto e suas conclusões. Acompanhe:

JP3 – Quais foram os aspectos que mais chamaram tua atenção, após um ano de trabalho?

Everton – Em primeiro lugar, a quantidade de material recolhido. Foram mais de 15.000 objetos amostrados na pesquisa, equivalente a 1,29 ton. de resíduos. Além desses foram localizados muitos objetos de grande porte que não puderam ser retirados em função da logística não estar preparada para esse tamanho de resíduos.

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*A quantidade de material retirado na parte submersa dos costões. Esse é um resíduo que a maioria das pessoas nem sabe que existe. Foram cerca de 1500 objetos recolhidos dentro da água e que representaram mais de 30% do peso total das coletas.

*Os locais de coleta apresentam características distintas. 

Nos locais próximos ao Rio Camboriú e Laranjeiras predominam restos da atividade de cultivo, redes e petrechos de pesca. 

Na ilha das Cabras foi encontrado uma grande quantidade de material elétrico como transformadores, cabos elétricos, luminárias, suportes. Material usado na iluminação da Ilha que foi substituído e descartado lá mesmo. 

Na região das praias agrestes predominam os resíduos oriundos dos materiais de pesca e espumas espandidas (isopor).

JP3 – Como aplicar na prática o que o projeto está mostrando?

Everton – Em primeiro lugar, o projeto mostrou a necessidade de se fazer a limpeza destes locais.

*A continuidade deste trabalho vai mostrar a taxa de reposição dos resíduos na costa do município e da necessidade de se implantar uma limpeza periódica nessa área.

*Promover ações de educação ambiental nas escolas do município, usando amostras do material recolhido e as imagens obtidas durante as atividades de campo da pesquisa para sensibilizar as novas gerações sobre essa problemática.

*Promover ações com as lojas de materiais de pesca e camping para se evitar o descarte das embalagens, baterias, chumbadas, etc nos locais de pesca.

JP3 – O que mais esse projeto mostrou?

Everton – Essa pesquisa possibilitou à equipe de trabalho mergulhar em grande parte do litoral do município e foi uma grata surpresa ver também que existem locais muito bem conservados com muita diversidade e uma vida marinha exuberante. 

Registro do branqueamento de corais (Divulgação/Projeto Univali)

Por outro lado foram registrados vários locais onde está acontecendo o branqueamento dos corais “moles” (fenômeno de abrangência mundial que causa a morte dos corais), presença de algumas espécies invasoras como o marisco branco e uma espécie de crinóideo (aranha do mar). 

Além disso, também presenciamos redes de pesca abandonadas que continuam matando organismos no fundo marinho.

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