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Queda no desmatamento da Amazônia se consolida sob Lula, mas derrubada é recorde no cerrado

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Amazônia registrou queda de 7,4% nos alertas de desmatamento de agosto de 2022 a julho de 2023 em relação ao mesmo período anterior (2021-2022). A área de floresta derrubada no período foi de 7.952 km², o menor valor desde o intervalo 2018-2019. Ao mesmo tempo, porém, o cerrado alcançou o recorde de avisos do histórico do Deter, com 6.359 km² derrubados —16,5% a mais que no período anterior.

A atualização positiva para a floresta e preocupante para o cerrado ocorre dias antes da Cúpula da Amazônia, que ocorrerá na próxima semana em Belém, no Pará.

A comparação entre o segundo semestre de 2022 e o primeiro de 2023 também ilustra essa discrepância entre o que acontece nos dois biomas.

Nos seis primeiros meses do último ano, durante governo de Jair Bolsonaro (PL), os alertas na Amazônia cresceram 54,1%, enquanto no início de 2023, na gestão Lula (PT), houve queda de 42,5%. Já no cerrado, o aumento que era de 15,7% cresceu para 20,7% na gestão petista.

Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (3) pelos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima e da Ciência, Tecnologia e Inovação. Como vem ocorrendo nos últimos meses, a taxa mensal de desmatamento foi anunciada em uma entrevista coletiva em Brasília. Anteriormente, tais as informações mensais eram somente atualizadas na plataforma do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

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Os dados de alerta de desmate são referentes ao sistema de monitoramento Deter (Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Inpe, atualizado constantemente. O Deter foi desenvolvido para servir de apoio a operação de fiscalização contra crimes ambientais. Mas dados produzidos pelo sistema têm ajudado a mostrar tendências no nível de desmate dos biomas.

Os alertas de desmatamento na Amazônia para o mês de julho foram de 500 km², o valor mais baixo desde 2017 (458 km²). No consolidado dos últimos 12 meses, é o mais baixo desde 2018/2019.

E a tendência na Amazônia nos últimos meses tem sido de queda em relação aos mesmos meses do ano anterior, o último do governo Bolsonaro. Houve momentos de diminuição expressiva, como em junho (redução de mais de 40% em relação a junho de 2022) e abril (redução de quase 68%).

Mas, ao mesmo tempo, dentre os primeiros sete meses do governo Lula, o mês de maio teve registro de derrubada superior a 800 km² e houve um recorde mensal, em fevereiro (mais de 320 km² derrubados), com um salto de 62% de destruição em relação a fevereiro anterior.

Olhando para o dado anual de alertas de desmate, é o terceiro intervalo seguido de queda na derrubada de floresta amazônica, sempre segundo o Deter, após o pico alcançado de agosto de 2019 a julho de 2020, sob a gestão de Bolsonaro e de Ricardo Salles, então ministro do Meio Ambiente.

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Parte dos dados aqui apresentados é referente ao segundo semestre do ano passado, ainda sob Bolsonaro, governo marcado pela explosão do desmate na Amazônia. A equipe de transição ambiental do governo Lula chegou, inclusive, a discutir a possibilidade de separar os dados dos últimos meses do governo anterior da taxa de desmate anual Prodes (programa dedicado exclusivamente à mensuração da derruba de mata) divulgada próximo ao fim do ano.

Segundo Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, a redução relativamente rápida vista no desmate pode ser relacionada a ações de comando e controle. Mas ela aponta também uma combinação de fatores. “Tem o discurso de desmatamento zero, planejamento com o PPCDam [Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal], os órgãos ambientais podendo trabalhar (sem a capacidade necessária, mas estão onde precisam trabalhar), e isso combinado com um sinal claro para os agentes econômicos”, diz Unterstell. “É uma equação muito bem montada. Se o resultado não fosse esse, seria estranho.”

DESTRUIÇÃO NO CERRADO CRESCE PELO 3º ANO

O alerta de desmatamento de 6.359 km² do cerrado representa um aumento de cerca de 16% em relação ao intervalo anterior (sempre medido de agosto a julho do ano seguinte). A série histórica do Deter para o bioma, com início em 2018, alcança o seu maior registro e, na contramão da Amazônia, seu terceiro aumento anual consecutivo.

Considerando apenas o mês de julho, os alertas dão conta de 612 km², o segundo mais alto já registrado, atrás apenas de 2021 (674 km²).

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Segundo o Código Florestal, propriedades privadas no cerrado, bioma que concentra intensa atividade agropecuária, podem desmatar —após autorização pelos órgãos ambientais competentes— áreas maiores do que o permitido na Amazônia. Enquanto nessa última deve ser conservada em pé (o que é chamado de reserva legal) 80% da área das propriedades privadas, para o cerrado esse valor é de 20% ou de 35% (caso de áreas de cerrado localizadas na Amazônia Legal).

O governo atualmente prepara um plano de combate ao desmatamento específico para o cerrado, o chamado PPCerrado, semelhante ao que é feito na Amazonia, o PPCDam.

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