- Publicidade -
- Publicidade -
12.2 C
Balneário Camboriú
8 julho, 2025, 10:11

‘Isso não é Saigon’, diz Casa Branca

Página 3 no Instagram
- Publicidade -
- Publicidade -

Leia também

Balneário Camboriú tentará quebrar recorde de maior pizza linear do Brasil

A Pizzaria Big Itália irá produzir uma pizza de 61 metros de comprimento, uma referência ao aniversário de Balneário...

Jovem de 21 anos foi vítima de acidente em Balneário Camboriú

Grazieli Ferreira, de 21 anos, faleceu em um acidente de trânsito no último sábado (5), no km 138 da...

Novo trecho da Avenida Martin Luther foi liberado e terceira obra já foi sancionada

A inauguração do segundo trecho da Avenida Martin Luther aconteceu no domingo (6) e na ocasião, também foi sancionada...
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -

“Secretário Blinken, como o presidente Joe Biden entendeu isso tão mal?”, perguntou o âncora da CNN americana, Jake Tapper, ao secretário de Estado americano neste domingo, 15, ao abrir uma entrevista sobre a tomada de Cabul pelo Taleban. O apresentador deixou clara a percepção geral no país – e na equipe de Biden – conforme os acontecimentos no Afeganistão se acumulavam: as coisas saíram do controle antes do imaginado.

Ao longo do domingo, nos bastidores e publicamente, autoridades americanas defenderam a retirada dos soldados, mas disseram ter havido um erro de cálculo. A expectativa do governo americano era de que o Taleban levasse meses até conseguir tomar Cabul, após a retirada das tropas. “Aconteceu mais rapidamente do que esperávamos”, disse Antony Blinken na televisão.

Da casa de campo presidencial em Camp David, Biden participou de uma teleconferência com a vice, Kamala Harris, Blinken e seu time de segurança nacional. Em férias de verão, ele não alterou os planos de voltar antes de quarta-feira à Casa Branca até o momento. Também não fez pronunciamentos públicos e nem deu entrevistas. Coube ao Departamento de Estado a tarefa de explicar publicamente o posicionamento do governo.

A Casa Branca divulgou uma fotografia do democrata, de camisa polo, em sua sala de controle diante das telas através das quais falou com sua equipe. Mas a imagem que rodou o mundo foi justamente a que Biden prometeu que não se repetiria: a de soldados americanos evacuados do Afeganistão pelo telhado da embaixada, em avião militar. A imagem rapidamente foi associada à de Saigon, no Vietnã.

“Isso não é Saigon”, rebateu Blinken, ao vivo na televisão. “Fomos ao Afeganistão há 20 anos com uma missão, e essa missão era lidar com as pessoas que nos atacaram em 11 de setembro (de 2001). E nós tivemos sucesso nessa missão”, disse o secretário de Estado.

- Continue lendo após o anúncio -

O atoleiro afegão

O recém lançado livro The Afghanistan Papers: A Secret History of the War, do jornalista investigativo Craig Whitlock revela que os americanos sabiam que a manutenção do governo afegão era insustentável. Todos sabiam que era uma questão de tempo, mas o governo democrata apostava que esse tempo tardaria mais a chegar

Funcionários do governo americano, respondendo a críticas sobre a retirada rápida do Afeganistão, afirmavam que os militares afegãos superam o Taleban, com cerca de 300.000 soldados para 75 000. “Eles têm uma força aérea, uma força aérea capaz”, algo que o Taleban não tem, disse John F. Kirby, o secretário de imprensa do Pentágono, na sexta-feira. “Eles têm equipamentos modernos. Eles se beneficiam do treinamento que oferecemos nos últimos 20 anos. É hora de usar essas vantagens.”

No fim de junho, os relatórios da inteligência americana estimavam que o governo afegão se segurasse no poder por algo entre seis e 12 meses após a retirada completa dos soldados americanos, prevista para 31 de agosto. O prazo veio sendo encurtado, mas dias antes do estopim deste domingo os americanos ainda apostaram em uma manutenção do governo de Ashraf Ghani por alguns “meses”. A quinze dias do prazo final para saída das tropas, Ghani deixou o país.

O argumento de Blinken à CNN, ao qual o governo Biden se apega, é o de que é errada a ideia de que manter as tropas no país seria o suficiente para evitar que o Taleban retomasse o controle do Afeganistão. A retirada dos soldados tem raro apoio bipartidário nos EUA, com maioria de eleitores democratas e republicanos a favor do fim da guerra que já dura 20 anos.

- Continue lendo após o anúncio -

O colapso do governo afegão mais rápido do que o esperado, com o consequente uso de militares para a retirada imediata de pessoal americano e a tomada de Cabul pelo Taleban coloca em xeque não só a decisão de retirar as tropas, mas a estratégia usada pelo governo Biden. “Todo mundo viu isso se aproximando, menos o presidente”, criticou o líder republicano no Senado, Mitch McConnell. Parlamentares democratas também pressionaram Blinken e outras autoridades do governo Biden, ao serem atualizados sobre a situação pelo telefone.

No sábado, Biden culpou Donald Trump por ter assinado um acordo com o Taleban no qual se comprometeu com a retirada das tropas ainda neste ano. O acerto do antecessor com o grupo extremista, segundo Biden, colocou o Taleban na “posição militar mais forte desde 2001”. Ele disse: “Eu herdei um acordo feito por meu antecessor” que “deixou o Taleban na posição mais forte militarmente desde 2001 e impôs um prazo de 1 de maio de 2021 às forças dos EUA”.

O presidente submergiu em Camp David enquanto as manchetes do mundo estamparam a volta do Taleban e seu governo é apontado por críticos como culpado pela queda do governo afegão. Ao longo da semana, conforme o Taleban avançava no país, ele disse que não se arrependia de sua decisão: “Mais um ano, ou mais cinco anos, de presença militar dos Estados Unidos não teria feito diferença “

O democrata – e a Casa Branca – lembram a todo o tempo da responsabilidade compartilhada entre os dois partidos dos EUA pelos 20 anos de guerra. “Fui o quarto presidente a presidir uma presença de tropas americanas no Afeganistão – dois republicanos e dois democratas. Eu não iria, e não irei, passar esta guerra para um quinto”, escreveu Biden, um dia antes da tomada de Cabul.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, reproduzidas sob licenciamento pelo Jornal Página 3.

- publicidade -
Clique aqui para seguir o Página 3 no Instagram
Quer receber notícias do Página 3 no whatsapp? Entre em nosso grupo.
- publicidade -
- publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas